Vargengrandense enfrenta frio e garoa nas filas das lotéricas

Na Rua do Comércio, fila estava bem longa. Foto: Reportagem

Na última terça-feira, dia 10, as filas nas casas lotéricas da cidade estavam enormes e os clientes reclamavam da demora no atendimento. Por volta das 14h30, a reportagem da Gazeta de Vargem Grande foi até as lotéricas e conversou com algumas pessoas que estavam nas filas.

Na Conquista Loterias (antiga Lotérica Primeiro Milhão) duas senhoras que estavam na fila já perto da entrada do estabelecimento informaram que estavam lá já há cerca de uma hora esperando para serem atendidas e que chegaram a pegar chuva enquanto esperavam.

Outras pessoas que também aguardavam na fila da lotérica e estavam mais próximas do final, informaram que estavam lá há cerca de 30 a 40 minutos. Se queixaram que o atendimento estava demorando muito e haviam várias pessoas que chegaram a ficar na fila embaixo de chuva. Um homem que estava desde às 13h aguardando a sua vez de ser atendido, comentou que deveriam ter mais casas lotéricas em Vargem Grande do Sul e também mais atendentes nas já existentes.

Na lotérica Isamar as pessoas que estavam na fila mais próximas a porta do estabelecimento, também informaram que aguardavam há cerca de uma hora a uma hora e meia e que também chegaram a esperar debaixo de chuva. Eles relataram que nos primeiros dias do mês é sempre assim, com filas grandes e demora no atendimento. Pediram melhorarias no atendimento e também mais agilidade. Os clientes também falaram que na cidade deveria ter mais lotéricas e sugeriram que elas fossem nos bairros Jardim Paulista e Jardim Fortaleza.

Lotéricas

A Gazeta entrou em contato com os responsáveis pelas casas lotéricas para saber o que eles planejam fazer para melhorar esta situação.

A proprietária da Conquista Loterias comentou que terça-feira foi um dia atípico, pois teve jogo da seleção na sexta-feira e o estabelecimento fechou mais cedo, depois veio o fim de semana e segunda-feira foi feriado. Geralmente nessa época do mês o movimento já é maior do que em outros períodos e na terça acabou sendo grande também.

Para melhorar o atendimento no estabelecimento não fica mais apenas dois caixas funcionando na hora do almoço, pois a proprietária contratou mais uma atendente para cobrir o período e durante todo o expediente, os três caixas estão atendendo aos seus clientes.

Ela comentou que estão tentando aumentar o número de caixas do estabelecimento, mas que isso não depende apenas dela, pois é a Caixa quem estipula a quantidade e depende dela liberar mais caixas para as lotéricas. Ela ainda comentou que na terça-feira, ela e suas funcionárias ainda continuaram atendendo o pessoal que estava na fila após o fim do expediente, pois aqueles que ainda estavam lá, na hora de fechar elas pediram para que entrassem e fecharam as portas, para que todos fossem atendidos.

O proprietário da lotérica Isamar também comentou sobre o grande movimento ocorrido na última terça-feira. “Essa semana é a mais movimentada do mês, pois o quinto dia útil foi sexta, cujo horário bancário e das lotéricas foram reduzidos por conta da Copa. Então não é só na lotérica que há filas, na farmácia, mercado, bancos, etc, por conta do pagamento. Nas demais semanas dificilmente tem filas”, observou.

“Somos uma microempresa correspondente bancária da Caixa, portanto não somos remunerados para ampliarmos nossos espaços. Para dizer a verdade, estamos quase pagando para trabalhar de tão pouco que a Caixa repassa as tarifas pelos nossos serviços prestados. E quem determina a quantidade de terminal é a Caixa e que só não aumenta por conta do número de transações, que não atinge o mínimo para que possamos ganhar outro terminal. Não sou eu que determino o crescimento da minha empresa é a Caixa. Que não a faz por conta disso que acabei de explicar. Sem falar da grande crise que as lotéricas do país inteiro estão passando por conta da má remuneração que recebe”, disse.

“Existem várias formas de pagamento de contas sem filas, bancos e lotéricas fora da semana de pagamento, internet, caixas eletrônicos, farmácias, mercados, etc. Na minha opinião, ao invés de criticar, as pessoas tinham que ter a mínima noção do que é uma empresa lotérica. Quem não quer crescer e atender melhor? Ter mais lucros? Mas quem determina isso é o mercado. É o lucro que uma empresa dá e não a reclamação de uns ou outros por aí. Fazemos o nosso melhor sempre. Mas infelizmente, o mar não está para peixe. Então não vamos criticar, mas sim, orientar a população para que se organizem dentro do mês para ninguém ficar na fila e perder tempo. Porque isso causa transtornos para todos. Aliás, essa questão já foi amplamente discutida na prefeitura onde fomos intimados a prestar esclarecimentos sobre isso. E foi provada a inviabilidade financeira de nossas pequenas empresas”, observou.

“Eu pessoalmente gostaria de estar num ponto maior, com muito mais terminais, café, pão de queijo, todos sentados, ar condicionado, etc., porque meus clientes merecem. Mas infelizmente não ganhamos para isso”, disse.

Na Rua do Comércio, fila estava bem longa. Foto: Reportagem

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