
de terrenos da prefeitura
Dinheiro será usado na compra de terreno para casas populares
A Câmara Municipal aprovou durante reunião extraordinária realizada nesta sexta-feira, dia 27 de julho, vários projetos importantes do Executivo, dentre eles, a venda de treze terrenos pertencentes ao município cuja renda arrecadada, segundo justificativa enviada pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) aos vereadores, será usada na desapropriação de áreas para implantação e construção de conjuntos habitacionais de moradia popular.
Dentre os terrenos que serão levados à venda, está um de 2.820 m2 localizado junto à ponte do Rio Jaguari, na Estrada da Cachoeira, onde foi construído um barracão que deveria ser usado como matadouro municipal, mas nunca chegou a funcionar. Também constam da lista de imóveis a serem alienados, quatro terrenos no Jardim Morumbi e outros espalhados por vários bairros da cidade, totalizando treze imóveis.
O terreno localizado no centro, em frente à Igreja São Benedito e onde funcionou durante muitos anos a rodoviária e também o mercado municipal, não será colocado à venda. O projeto de lei foi aprovado por todos os vereadores presentes à sessão. Apenas o vereador Felipe Gadiani (MDB) não estava presente.
Na sua justificativa, o prefeito disse que além de não terem atualmente utilidade para a prefeitura, os bens citados sofrem deterioração e tem um alto custo de manutenção. A compra da área para construção de moradias populares, segundo o prefeito, visa “superar o déficit habitacional existente atualmente no município”.
Itaroti tentou vender os terrenos por duas vezes
Em dezembro de 2015, o então prefeito Celso Itaroti (PTB) tentou vender onze terrenos da prefeitura, dentre eles, o do antigo mercadão municipal e antiga rodoviária, localizado no centro da cidade. A justificativa era a mesma, comprar terreno para a construção de casas populares.
Com várias denúncias na Justiça por mau uso do dinheiro público e com pedido de cassação correndo na Câmara Municipal, mais as dívidas que iam se acumulando no seu governo, a Câmara Municipal na época não aprovou a venda dos terrenos.
Também a Comissão de Finanças e Orçamento na época presidida por Wilsinho Fermoselli (DEM) questionou que passados três anos da administração de Celso Itaroti, “só agora ele começou a se preocupar com a construção de casas populares, no momento em que há total deterioração das finanças e dos bens públicos”.
Em junho de 2016, já correndo pela cidade que Itaroti seria candidato à reeleição para prefeito, ele voltou a tentar vender novamente os terrenos com a mesma finalidade, mas na reunião extraordinária realizada no dia 7 de julho de 2016, a Câmara Municipal por maioria dos votos dos vereadores, rejeitou a pretensão do prefeito Itaroti.