Pai e filho realizam sonho de pescar no Rio Manso

Marinho Lodi e o sonho de fisgar um grande dourado. Foto: Arquivo Pessoal

Grandes dourados fizeram a alegria dos dois pescadores de Vargem

Quem relata os fatos da pescaria feita entre os dias 23 a 26 de julho, é Mário Lodi Júnior, mais conhecido como Marinho Filho, atualmente morando em Araxá, onde trabalha na agricultura. A ideia da pescaria de dourados teve início quando seu amigo Osmar Sandoval o convidou para pescar no famoso Rio Manso, em Mato Grosso, localizado a 100 km de Cuiabá. Um rio de águas cristalinas que é abastecido pela barragem do Rio Manso e cuja preservação tem feito a alegria dos pescadores. Osmar tinha intenção de pescar com o sogro Lúcio e conversando com Marinho Filho, as coisas foram se ajeitando e o sonho começou a se tornar realidade.

Para sua alegria, a data coincidia com o aniversário de seu pai, o conhecido Marinho Lodi. De pronto pensou em convidar o “véio” para a empreitada, que aceitou sem pensar duas vezes. Os Lodi são de tradicional família de pescadores, seu avô Mário Lodi, já falecido, era famoso pelas pescarias que realizou no Pantanal, na Ilha do Bananal e tantos outros lugares, bem como seu bisavô Luís Lodi, cujas pescarias no Canal de São Simão no Rio Paranaíba, ficaram famosas e já foram matérias na Gazeta de Vargem Grande no passado.

Pai e filho saíram de Vargem Grande do Sul até Campinas onde encontraram os amigos e juntos se dirigiram para o aeroporto de Guarulhos, pegaram o avião até Cuiabá, de onde seguiram para o Rancho do Mano, chegando de noitinha. Também no local encontraram outro amigo, o Juninho, que foi da cidade de Rio Verde pra lá.

O encontro foi celebrado com umas cervejas, um bom churrasco e todos aproveitaram para aprontar o material que o dia seguinte prometia. “Não via a hora do dia amanhecer para poder pescar com meu pai e meus amigos”, disse Marinho Filho. O primeiro dia foi só na isca artificial. O Rio Manso possui águas claras, limpas e como é abastecido pela barragem suas águas não sujam. Marinho Filho relata que era lindo ver o ‘Rei do Rio’ brigando embaixo d’água.

No primeiro dia saíram apenas pequenos e médios dourados. A dupla foi adaptando os modelos de iscas, tamanho, cor, sempre buscando aquela que o peixe estava atacando mais. Amanheceu o segundo dia e o pirangueiro chegou mais cedo, foram para o rio com a vontade redobrada de fisgar os amarelões e logo nos primeiros arremessos, seu pai fisgou um grande exemplar. “Esse foi um presente que o rio deu para o meu pai na semana do aniversário dele”, comentou com alegria Marinho Filho.

Naquele dia houve muita ação, pois passaram a pescar também com iscas vivas. Marinho Filho fisgou dois grandes exemplares e na parte da tarde mais emoção aconteceu com os dois pescadores vargengrandenses se divertindo com a fisgada dos dourados, as tomadas de linha e os pulos dos amarelos tentando soltar o anzol. Porém, o melhor estava reservado para o terceiro e último dia, onde pai e filho fisgaram mais de quinze dourados. Os amigos Osmar, Lúcio e Juninho também tiveram muita sorte e pegaram bons peixes, sendo que o troféu ficou para Osmar que pegou o maior dourado da pescaria.

Além da ótima pescaria que fizeram, Marinho Filho disse que o lugar é muito bonito, pois o Rio Manso tem muito preservada a sua fauna e flora. Um lugar limpo, com matas e animais em abundância. Outra atitude importante que os dois pescadores tomaram na pescaria de dourado, foi a prática da pesca esportiva. O pesca e solta é obrigatório e faz cerca de cinco anos que não é permitido matar dourado naquela região.

Cita Marinho Filho que nem no comércio da cidade pode-se vender dourado, tem muita fiscalização policial e até os próprios pirangueiros ajudam a fiscalizar. Agora está sendo estudado um projeto de lei proibindo também a pesca do pintado, que só poderá ser feita de maneira esportiva, no pesque e solte. O pai Marinho Lodi gostou demais da aventura. Falou da quantidade de dourados e outros peixes do Rio Manso, da preservação. “Se fizéssemos isso no nosso Rio Jaguari, se praticássemos a pesca esportiva, em cinco anos teríamos tantos dourados como lá”, afirmou.

Rio muito piscoso, o Rio Manso detém o recorde nacional de piraputanga e Marinho Filho diz que tem muito peixe no local, como pacus e muitos curimbatás, cuja pesca é muito apreciada pelos pescadores vargengrandenses.  “Mas dada à fartura, só nos dedicamos aos dourados e nos divertimos muito”, disse o pescador que realizou o sonho de dividir com seu pai uma pescaria que vai ficar para sempre na memória, a pesca do Rei do Rio.

 

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