Novembro é o mês de conscientização da prevenção do câncer de próstata

Durante todo o mês de novembro, ações são desenvolvidas no Brasil com o objetivo de chamar a atenção do homem para o cuidado com a saúde, o conhecido movimento “Novembro Azul”, alertando que o cuidado com a saúde ajuda a prevenir o aparecimento do câncer de próstata.

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, atravessada pela uretra, do tamanho e forma de uma noz. Suas funções são nutrir os espermatozoides e controle da urina, explicou o urologista Paulo César Vidale. As doenças da próstata são prostatites: que podem ser inflamatórias e infecciosas, agudas e ou crônicas. O aumento da próstata benigno se faz de modo lento e progressivo da glândula e é comum no envelhecimento.

Os sintomas urinários são jato fino e fraco, hesitação urinária (demora para iniciar a micção),  aumento da frequência urinária, sensação de resíduo após urinar e gotejamento no final de urinar.

O câncer da próstata é mais comum na zona periférica da glândula, pode aparecer em uma próstata normal, não há sintomas na fase inicial. É o segundo câncer mais comum nos homens, depois do câncer de pele (não melanoma).

De acordo com o especialista, a cada 7 minutos tem um diagnóstico de câncer de próstata. A cada 40 minutos uma morte por câncer de próstata é registrada. Os portadores de câncer de próstata morrem da doença em 25% dos casos. Cerca de 20% são diagnosticados em fase adiantada da doença. Doutor Paulo informou que quando os sintomas começam a aparecer, 95% já estão em fase adiantada.

“Não se previne câncer da próstata, mas pode-se diagnosticá-lo precocemente”, ressaltou. “Quando isso é feito precocemente, tem-se 90 % de chances de cura”, afirmou o especialista.

Segundo o médico, quando uma pessoa tem um parente de primeiro grau com o problema, a chance é de se ter também é duas vezes maior. Já quando há dois parentes de primeiro grau, a chance é seis vezes maior.  A idade, obesidade e hábitos alimentares (como excesso de carnes vermelhas e gordurosas), também aumentam a incidência. O câncer de próstata também é mais comum em homens negros.

De acordo com Paulo Vidale, é avaliado a história clínica do paciente. Além disso, o toque da próstata é muito importante. Segundo o especialista, este exame dá o diagnóstico exclusivamente de câncer de próstata em 20%. Também é verificado a dosagem do antígeno específico da próstata (PSA), enzima produzida pela próstata que auxilia na liquefação do sêmen e é um  marcador de alterações da próstata. “Em casos de toque suspeito e PSA elevado faz-se a biópsia da próstata guiada por ultrassom”, explicou.

Os exames sugeridos para complementar o diagnóstico são a ressonância nuclear magnética multiparamétrica da próstata.

Já o tratamento depende de onde o tumor está localizado na próstata, se envolve órgãos vizinhos e se tem metástases à distância. “Pode-se tratar com uma vigilância ativa (acompanhar o paciente que teve apenas dois fragmentos com câncer de próstata e volume de tumor baixo). Ou também pode ser necessário a cirurgia: prostatectomia radical (total)  aberta, laparoscópica e robô assistida.

Há também radioterapia externa e braquiterapia, que é o implante de sementes radioativas dentro da próstata, mas em próstatas pequenas, além do bloqueio hormonal: castração (retirada dos testículos) e por medicamentos. Há ainda quimioterapia e radiofármacos, explicou o médico.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda exames periódicos para detecção precoce do câncer da próstata para homens sem antecedentes familiares antes dos 50 anos de idade. Já para os que apresentam fatores de risco, a partir dos 45 anos de idade.

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