Casal pede mudança em transporte para escolar

Casal pede mudança em transporte para escolar. Foto: Imagem Ilustrativa / Reprodução Internet

O casal Sirlei Cristina Arrigoni e Antônio Carlos Ribeiro, residente na chácara Vista Linda, em frente ao Free Motel, tem duas filhas. Uma de 16 anos estuda na Escola Estadual José Gilberto de Oliveira Souza. A mais nova, de 12 anos, que estudava no Benjamin Bastos, segundo a família é especial. No entanto, ela foi transferida para a escola Achiles Rodrigues e desde o início do ano, não consegue voltar a escola.

Segundo os pais, a menina não se adaptou à escola. O casal já procurou a prefeitura, mas não obteve solução. Pediram a mudança para o Departamento de Educação, que informou aos pais através do ofício 25/2019, que os alunos da zona rural tem direito de transporte até a escola mais próxima, que neste caso, seria a Achiles Rodrigues ou Nair Bolonha, não atendendo o Benjamin Bastos, que fica em outra extremidade da cidade. Alegou ainda que a prefeitura paga o transporte por km rodado e orientou os pais a procurarem a direção da escola Achiles Rodrigues e se for o caso, a Diretoria Regional de Ensino. Os pais no entanto, informaram que não possuem condições de levar e trazer a filha na escola e que por conta deste problema, não consegue voltar à escola, ficando reclusa em seu quarto boa parte do dia.

Procurada pela Gazeta, a prefeitura informou que a escola, através do sistema de matrícula do aluno, indica se o estudante tem direito ou não ao transporte de acordo com o endereço cadastrado, ficando de inteira responsabilidade da escola a qual o aluno foi matriculado. “No caso citado, a Escola Benjamin Bastos, conforme decreto municipal e a resolução do Estado, não pode indicar o transporte para a referida aluna, uma vez que de acordo com o endereço cadastrado, a escola mais próxima seria a Achiles Rodrigues”, finalizou a prefeitura.

Proposta

O casal voltou a procurar a Gazeta nesta semana para buscar uma alternativa. Eles relataram que o ônibus que leva as crianças da Zona Rural para o Benjamin Bastos passa próximo a um areeiro, segue até o Pedregulho para pegar mais alunos. Quando retoma o sentido de Vargem, para em um ponto próximo ao Free Motel para apanhar mais estudantes e segue depois até o Benjamin.

Os pais da garota questionam a prefeitura se eles poderiam deixar a menina neste ponto, o que facilitaria a locomoção e também permitira a filha a estudar normalmente. Eles informaram que se comprometem levar e pegar a menina todos os dias neste ponto, que fica próximo à sua residência. Disseram inclusive que já conversaram com a direção do Benjamin e que a vaga da menina na escola está garantida.

Em resposta à proposta dos pais, o Departamento de Educação respondeu que o aluno é cadastrado pelo endereço e deve estudar na escola mais próxima de sua residência. Quando utiliza o transporte escolar, o mesmo deve ser cadastrado no veículo que faz o percurso levando o aluno de seu endereço até a escola a que tem direito. Essas rotas são todas cadastradas no sistema da Secretaria da Educação, que confere se o aluno está cadastrado na rota certa, no horário certo etc. Ainda de acordo com a Educação, a escola Benjamin pode garantir a matrícula da criança, mas não pode se responsabilizar pela indicação no transporte escolar, e sem a escola fazer essa indicação, o aluno não pode ser cadastrado no sistema de transporte.

“Por outro lado, não podemos deixar um aluno num ponto longe de sua residência, mesmo os pais se responsabilizando em buscá-lo todos os dias, pois se um dia, por um motivo qualquer, os pais não estiverem aguardando a chegada da criança no ponto e o ônibus desembarcar essa criança porque ele tem que seguir seu itinerário sem atrasos. De quem será a responsabilidade?”, questionou

“Seguimos a resolução da Secretaria do Estado da Educação e o Decreto Municipal que estabelece critérios para o transporte escolar. São normas legais e não podemos descumprir”, reiterou a responsável pelo Departamento de Educação, Renata Taú.

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