A reforma da previdência foi aprovada em primeira votação na Câmara dos Deputados em Brasília, na última quarta-feira, dia 10, por 379 a favor e 131 contra. Na sexta-feira, os parlamentares continuavam analisando os destaques, que são propostas que podem alterar e muito o texto base aprovado. Até o fechamento da edição, ainda não havia sido concluída esta fase. A reforma da previdência ainda precisa passar por um segundo turno de votação e então segue para o Senado Federal.
A reestruturação do sistema previdenciário nacional era uma necessidade urgente. Mérito do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que tomou a iniciativa e do ministro Paulo Guedes que fez a proposta e apresentou para o Congresso. No entanto, se não fosse a articulação de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, a tramitação desta Proposta de emenda à Constituição poderia se estender por muito tempo.
A oposição lutou muito para alterar pontos que considerava prejudiciais ao trabalhador e à faixa mais pobre da população. No entanto, passou-se dois mandatos do ex-presidente Lula (PT), um mandato de Dilma Rousseff (PT), um segundo mandato de Dilma, interrompido com seu impeachment e os meses do governo Temer (MDB), sem que nenhuma proposta semelhante fosse apresentada por qualquer um desses três presidentes.
Apesar de muito celebrada, a reforma vai exigir um sacrifício enorme da população. Talvez muitos ainda não se deram conta o tanto que as novas medidas irão impactar na própria aposentadoria. E alguns dos privilégios tão criticados serão mantidos ou possuem um forte lobby para continuarem abrandados. No entanto, caso a reforma não fosse feita, o futuro do país poderia ser apocalíptico.
Como a reforma da previdência já caminha para sua conclusão, espera-se da presidência agora uma outra reestruturação, também de suma importância para o reaquecimento da economia nacional: a tributária. Ainda há muito a se percorrer.