Logan 2020 oferece desempenho e conforto

Vitor Matsubara/ Uol Carros

Beleza nunca foi um atributo associado ao Renault Logan em seus 11 anos de história no mercado brasileiro. Mas justiça seja feita: esse problema foi praticamente sanado em 2015, quando o modelo ficou bem mais bonito do que antes. A linha 2020 não trouxe atualizações visuais expressivas, mas outras boas novidades vieram, como a aguardada transmissão CVT. Bem melhor do que o câmbio automatizado, ela veio acompanhada de um visual aventureiro nas versões Intense e Iconic.

Suspensão elevada e molduras de plástico nos para-lamas são elementos típicos de um aventureiro como o Stepway. Mas em um Logan? Bom, é a primeira vez que isso acontece. Os itens identificam as versões equipadas com câmbio CVT (Intense e Iconic).

Só que a justificativa vai além de uma mera estratégia de marketing. A fabricante diz que a instalação da transmissão continuamente variável diminuiu significativamente a altura em relação ao solo. Assim, a saída foi colocar a mesma suspensão do Stepway.

Seja como for, o Logan “altinho” ficou diferente de ver – e dirigir também. Encarar a buraqueira das grandes cidades com mais confiança é uma das maiores virtudes. Ponto negativo? O estilo ficou um pouquinho desengonçado. Mas não é feio – pelo menos na minha opinião.

A principal qualidade do Logan está do lado de dentro. Nenhum sedã compacto à venda no mercado brasileiro é tão espaçoso assim. O modelo é um dos raros casos em que cinco adultos conseguem viajar com relativo conforto. Até mesmo pessoas mais altas se acomodam com relativo conforto no banco de trás. Bagagens também vão folgadas no porta-malas de 510 litros. Falta só um pouquinho de refinamento no acabamento, que tem fiações e partes de metal expostas – algo fora do padrão para um carro que custa mais de R$ 70 mil.

Desempenho

Desempenho não é primordial em um sedã compacto, mas o Logan não decepciona. O motor 1.6 16V da família SCe entrega até 118 cv e 16 kgfm de torque máximo quando abastecido com etanol. Ele forma um bom “casamento” com a caixa CVT (que, convém lembrar, prioriza conforto em vez de esportividade), principalmente nas situações de retomada. As marchas podem ser trocadas de forma sequencial por meio de toques na alavanca de câmbio para frente e para trás. É um recurso bastante útil em determinadas situações, como em subidas mais íngremes. Até porque, neste caso, a caixa demora um pouco para reduzir a marcha e encher o motor.

 

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