A inauguração do espaço permanente para a Exposição do Cangaceiro aconteceu na sexta-feira, dia 30, pelo Departamento de Cultura e Turismo. A mostra apresenta diversas fotos, roupas, acessórios, maquetes, pinturas e objetos relacionados as gravações do filme que aconteceu em Vargem Grande do Sul e conquistou as telas do mundo todo
A cerimônia aconteceu na Biblioteca Municipal Victor Lima Barreto e foi conduzida pela diretora do Departamento de Cultura e Turismo, Márcia Ribeiro Iared, que abriu a exposição falando sobre o escritor e diretor Lima Barreto, sua vida e a importância na literatura Brasileira. Ela contou um pouco sobre as gravações do filme, os locais onde foram realizados e a grande repercussão que houve na época, mobilizando toda a cidade que praticamente parava nos dias das gravações. “O filme foi exibido dezenas de vezes, pois todos iam assistir várias vezes para ver se identificava alguém conhecido”, contou Márcia.
Na ocasião, o diretor geral da Câmara Municipal de Casa Branca (SP), Sérgio Scacabarozi, comentou sobre a vida e obra de Victor Lima Barreto, e sobre a relevância do trabalho realizado pelo Departamento para manter viva a obra para as próximas gerações. “É muito importante o apoio do prefeito em manter viva a história e Cultura do Município, parabéns pela iniciativa e participação no evento” disse Sérgio. Os irmãos Marcelo e Mateus Fiorini também falaram sobre o documentário que fizeram sobre o filme.
Em seguida Diana Rodrigues e Lucas Buzato cantaram e interpretaram “Sodade meu bem, sodade”. O grupo de Teatro ArbitrioArte apresentou um cordel infantil sobre Lampião e Maria Bonita e também emocionou o público com a exibição teatral de um trecho da obra de João Cabral de Melo Neto, “Morte e Vida Severina”.
O descerramento da fita inaugural foi realizada pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), a diretora de Cultura Márcia e o sr. Antônio Fiorini, que acompanhou as gravações do filme na época.
Todos puderam apreciar a exposição, rica em detalhes e conhecer um pouco mais da história do escritor e diretor Lima Barreto e a importante obra “O Cangaceiro”, além de degustar alguns quitutes tradicionais preparados para o evento, como paçoca de carne seca, rapadura e mandioca com melaço ao som das apresentações musicais do Projeto Guri do Município.
Além da Sala de Exposição Permanente, foi elaborado um projeto de Sala de Estudos sobre o Filme, com computadores e arquivos sobre o longa, que podem ser usados para trabalhos de escola ou Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
De acordo com Lucas Buzato, Assessor de Imprensa do Departamento de Cultura e Turismo, o intuito da sala permanente é manter juntos todos os arquivos, dados e fotografias computados pela diretora Márcia Iared em São Paulo.
Segundo ele, na ocasião, o Museu da Imagem e Som, que tinha direito sob as fotos, cedeu com exclusividade mais de 600 imagens para o Departamento, sendo uma conquista muito importante para preservar a cultura vargengrandense. “Na exposição, há também objetos novos e refizemos em uma maquete a cena em que o índio presenteia o casal com um colar de dente de onça. Para a cidade, isso amplifica mais ainda o conceito de importância do filme e do que representa ‘O Cangaceiro’ aqui em Vargem, pois não podemos achar que é apenas mais um acontecimento sem importância tanto no conceito histórico, quanto no conceito cultural da cidade”, pontuou Lucas.
O acervo permanente foi montado no prédio onde funcionava o Banco do Povo, à Rua José Bonifácio, nº 630. Veja mais fotos da inauguração na página da Gazeta no Facebook.