A caxumba ficou muito tempo desaparecida, mas voltou a ser diagnosticada no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, devido à queda na vacinação da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, e tem atingido níveis abaixo do índice recomendado de 95%, a doença voltou a alarmar a população em diversas regiões do país.
Em alguns estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e São Paulo, o percentual de crianças vacinadas não chega a 75%. Em Vargem, segundo o Departamento de Saúde, a cobertura da tríplice viral é de 85,5%. As autoridades estaduais e federais não são informadas sobre os casos registrados, uma vez que a caxumba não é uma doença de notificação compulsória. De acordo com o Departamento Municipal de Saúde de Vargem, por este motivo, não há registros de quantas pessoas já contraíram a doença no município neste ano.
No entanto, no estado de São Paulo foi possível identificar que os grupos com maior incidência são formados por adolescentes e jovens que, na maioria das vezes, não atualizaram a carteirinha de vacinação.
Os principais sintomas da caxumba são febre, dor na face e aumento do volume dessas glândulas na região da mandíbula. Ela também pode provocar dor no corpo e na cabeça. Em casos graves, podem ocorrer inflamações no pâncreas e nas meninges, que envolvem o cérebro. No caso das mulheres com mais de 15 anos, essa infecção atinge os ovários; e, nos homens, os testículos.
Transmissão
A transmissão ocorre por via aérea, por meio da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Já a transmissão indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e/ou utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou boca.
O período de incubação até o aparecimento dos sintomas é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade da doença varia entre seis e sete dias antes das manifestações clínicas, até nove dias após o surgimento dos sintomas. O vírus da caxumba pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença. Uma vez infectada e curada da caxumba, a pessoa tem imunidade permanente contra o vírus. Essa proteção vitalícia também é garantida pela vacinação, que é a melhor e principal forma de prevenção.
Vacinação
A vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba. O SUS oferta gratuitamente as vacinas Tríplice Viral, que protegem contra sarampo, caxumba e rubéola, e Tetra Viral, que adiciona a proteção contra varicela, que é a catapora.
À Gazeta, o Departamento de Saúde de Vargem informou que até o momento não há nenhuma nota técnica do Ministério da Saúde para realização de campanha de vacinação especifica para caxumba.