Até onde a frase “veja lá o que você escreve a meu respeito no jornal” pode ser tomada como uma simples advertência ou até mesmo uma ameaça? Afinal, em se tratando de figura pública, que já se auto intitulou candidato a prefeito nas eleições que vão acontecer em outubro e que é da ciência de todos, está fazendo campanha pela cidade, o cidadão não deveria estar preparado para o jogo político que fatalmente vai acontecer não só pelo jornal, como e principalmente pelas redes sociais?
Questionado se estava ameaçando o jornalista, saiu com a frase “eu mudei”. Será que algumas pessoas mudam mesmo? Ou só se revestem de novas roupagens para conseguir suas finalidades? O que o jornal disse do pretenso candidato? Que ele é populista, que vende esperança a um povo sofrido e sabe fazê-lo como poucos? Onde está a mentira? A ofensa? Ora, levar esperança a uma pessoa é até uma qualidade.
O jornal reconhece o direito de todos os cidadãos que estão em dia com suas obrigações junto à Justiça Eleitoral, de se candidatarem e usando as armas que disponibilizam, receber os votos que os eleitores democraticamente a eles quiserem depositar.
O jornal não tomará partido nas eleições, seja quem for o candidato, mas jamais deixará de escrever dentro da lei, o que é sua obrigação, a de informar aos leitores para que possam através das análises e julgamentos que fizerem, escolher a melhor opção para governar Vargem Grande do Sul.
O jornal não se intimidará com ameaças veladas feitas por quem quer que seja. É bom quem for candidato ir se acostumando, afinal, o jogo está apenas começando e de ambas as partes, o que se deseja é uma disputa salutar, sem agressões, sem mentiras, com cada um expondo suas ideias, conquistando com as melhores propostas, os votos que os esperançosos vargengrandenses vão depositar nas urnas no dia 4 de outubro de 2020.
Afinal, aos eleitores de Vargem Grande do Sul, das poucas coisas que lhes restam, é ter esperança em dias melhores.