Singela homenagem às Mães

Tadeu Fernando Ligabue

Sempre gosto de escrever algo no Dia das Mães. É uma homenagem singela que faço a estes seres humanos tão especiais. Lógico que ao começar a rabiscar as palavras, elas me remetem à minha adorada mãezinha Odila, que já nos deixou e dela ficamos com as doces lembranças e ensinamentos.
Este ano também me vem ao pensamento as duas mães maravilhosas que se tornaram minhas filhas Helena e Lígia, ao darem à luz ao Francisco e ao Pedro. Convivendo com elas, pude notar o quanto é sublime o papel de ser mãe.
O amor, o desvelo, a dedicação às crias, as tornam um animal ainda mais doce, iguais a tantas mães que a natureza produz e são lindas de se observarem no amor e proteção aos seus filhos.
Quer imagem mais linda que uma mãe pássaro a deixar migalhas nos bicos de seus filhotes? Ou a mãe onça carregando seus rebentos pelo pescoço para um lugar seguro?
A porção mulher de Deus, revela-se de forma estupenda e quando se torna mãe, é quase impossível de não acreditar que a humanidade tem jeito, que só o amor de mãe é capaz de superar o mesmo homem que consegue jogar uma bomba atômica e matar milhares de seus irmãos.
Será que uma mãe iniciaria uma guerra por poder, ideologia, religião e glória, sacrificando milhões de pessoas em nome do patriotismo ou outra besteira qualquer? Duvido.
Mãe é algo especial, que Deus criou para sempre lembrar que a docilidade e o amor vencem a brutalidade e o ódio. Nestes tempos de pandemia, de ódio, de armas em punho, de incitação à violência, de cerceamento à liberdade e a democracia que a sociedade brasileira vive, só o amor da Rainha do Brasil, Nossa Senhora Aparecida para nos guiar e salvar. Ela, de quem meu pai Hermes era tão devoto e que nas suas horas mais amargas recorria. Olhai por este Brasil! Oh Padroeira Aparecida.
E falando em amor de mãe, nestas despretensiosas palavras, não poderia deixar de citar a carinhosa mãe que foi dona Jenny Martins João. Ainda ressoa em meus ouvidos suas longas risadas. O riso de quem aos 93 anos, aprendeu a rir da vida.
Sempre alegre, participativa, envolvia os filhos, os netos, bisnetos e aqueles que podiam usufruir de sua presença com muito amor.
Religiosa, mãe à moda antiga, convivia com os filhos que a cercavam de mimos. Viveu uma longa vida, certamente teve seus percalços, mas soube dar a volta por cima e matriarca que era, agregar a todos sob seus cuidados.
Exemplo de mãe, de batalhadora, uma sobrevivente aos tempos difíceis de uma época em que o papel da mulher basicamente era o de ser esposa, dona do lar e mãe. Tarefas nada fáceis nos dias de hoje.
Foi-se com dignidade, cercada do amor dos seus entes queridos. Na homilia de despedida, o padre perguntou o que levamos desta vida. Certamente dona Jenny leva o que aqui semeou. Muita união, muita sabedoria, compreensão de um mundo passageiro, onde a família ainda é um dos poucos tesouros a ser compreendido e guardado com zelo, para que, quando partimos, termos alguém a derramar um pranto de amor pelo que fomos.

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