Acessório que passou a fazer parte do dia a dia de todo mundo, a máscara é uma das armas mais baratas que as pessoas possuem para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, causador da covid-19, doença que já matou mais de 60 mil pessoas no Brasil.
Apesar disso, seu uso correto e constante parece ser um grande desafio para as pessoas, que preferem andar por aí com elas cobrindo seus queixos ou penduradas em suas orelhas a cobrir, corretamente, boca e nariz.
As medidas de isolamento social impostas pelo governo estadual desde março, como medida de contenção à disseminação da doença, cobrou um preço muito alto da população. Não somente no aspecto financeiro, uma vez que muitos tiveram vencimentos cortados ou perderam seus empregos, mas também na sanidade mental.
Permanecer em casa por tanto tempo, sem contato próximo com familiares e amigos, tem sido doloroso. Se num primeiro momento houve quem até encarou o período como sendo “férias”, logo essa sensação deu lugar à solidão e à necessidade de trabalhar, para conseguir cumprir com o pagamento de contas e colocar comida na mesa.
Foi quando os municípios, muitos por conta dos próprios moradores, passaram a abrir um comércio, restabelecer um serviço, retomando suas atividades. Porém, para dar esse passo, sem expor a população ao risco de contrair a doença, foi necessário estabelecer medidas, que muitos sabem de cor: distanciamento de 2 metros, higienização constante das mãos e uso de máscaras.
Ou seja, para que a vida volte a ganhar um aspecto que lembre o normal, o uso da máscara como proteção é fundamental. Mas há tanta gente usando essa peça de maneira errada – ou nem usando – que o governo do estado se viu obrigado a estabelecer uma multa.
Quem sabe se doendo no bolso, as pessoas passem a entender que a situação ainda não está normal. A covid segue matando gente na ordem de centenas todos os dias. Se em Vargem Grande do Sul a doença não tem gerado um quadro mais grave isso não pode ser motivo para o descuido. Uma pessoa que não usa a máscara ser responsável por transmitir a doença para alguém é um ato tão cruel quanto qualquer outro crime. Por isso, punir quem não usa é o mínimo a ser feito.