Pandemia freia investimentos no Distrito Industrial

Sports Nutri está ampliando instalações. Foto: Reportagem

Desde o início da pandemia da covid-19 no Brasil em final de fevereiro deste ano, os investimentos que as empresas estavam fazendo ou cogitando fazer, começaram a cair de forma drástica em todo o Brasil, com os reflexos sendo sentidos também nos pequenos municípios.
Em Vargem Grande do Sul, algumas empresas que estavam prontas para investir em novas instalações no Distrito Industrial, também estão dando um tempo até a situação clarear um pouco. Uma destas empresas é a Mecânica Costa Indústria e Comércio do empresário Ivanildo da Costa dos Santos, que em junho do ano passado, recebeu o terreno junto ao novo Distrito Industrial e ainda não iniciou a construção da nova fábrica no local.
Segundo o empreendedor informou ao jornal, com o advento do coronavírus, os contratos que tinha com as empresas para fabricação dos seus produtos, principalmente fornos para cerâmicas, tiveram de ser revisto, pois todos pediram para suspender os pedidos até a pandemia passar. Ele disse que está com a estrutura do barracão comprada e acredita que com a retomada dos investimentos até o final do ano, vai priorizar a construção da sua nova fábrica no distrito industrial. De acordo com o contrato que consta em lei, ele tem 24 meses para colocar a empresa em funcionamento.
Outra empresa que recebeu três terrenos no Distrito Industrial José Aparecido da Fonseca-Tota em agosto do ano passado e também tem dois anos para construir no local, foi a empresa Risso Encomendas Centro Oeste Ltda-EPP. Empresa do ramo de transporte, ela pretende construir uma filial em Vargem Grande do Sul. Segundo apurou o jornal junto a um representante da Risso, com a pandemia houve uma redução de mais de 40% no movimento da empresa e a dispensa de centenas de funcionários. Os planos de expansão tiveram de ser suspensos e só serão retomados no ano que vem quando a pandemia estiver sob controle e os investimentos voltarem ao normal.
Em entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande, o atual presidente da Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI), o chefe de gabinete da prefeitura Celso Bruno, afirmou que devido à covid-19, como acontece em todos os municípios brasileiros, os investimentos pararam e só devem retornar quando a pandemia estiver sob controle.
Ele disse que as empresas que receberam terrenos para construir no novo distrito industrial tem prazos a serem cumpridos, mas que a CDI vai estudar cada caso e devido à pandemia, vai ter que haver flexibilização nestes prazos. “Vamos procurar preservar as empresas que querem investir no município, gerando receitas e principalmente empregos. É um momento muito difícil que o mundo todo atravessa e temos de ter o respeito à lei, mas também o cuidado para preservar a geração de empregos que será um dos principais problemas que Vargem e o Brasil vão enfrentar”, afirmou.
Outra empresa que foi beneficiada com terrenos em junho do ano passado, foi a Comercial Della Alimentos Eireli-EPP do empresário Marcos José Della Torre, que no local construirá sua nova sede empresarial. Ela foi contemplada com mais de 4.500m2 de área e pretendia investir na época R$ 2 milhões nas obras. O jornal não conseguiu contatar o sócio proprietário da empresa, mas no local deu para ver que já foi feito a sondagem do terreno e há início de construção da obra. Mas, a chegada da pandemia deve ter feito com que os investimentos fossem contidos até passar os momentos mais difíceis da economia brasileira.
Uma empresa que apesar da crise do coronavírus tem mantido o seu cronograma de investimentos no novo distrito industrial, é a Sports Nutri Indústria, Comércio e Importação Ltda, do empresário Paulo Sérgio Dei Agnoli.
Em janeiro deste ano, através de lei aprovada pela Câmara Municipal, o empresário adquiriu o barracão da empresa AD2000 no Distrito Industrial José Aparecido da Fonseca- Tota e está ampliando o mesmo para transferir sua empresa que atua no segmento de suplementos alimentares para Vargem Grande do Sul. Os planos iniciais do empresário era para se mudar para o novo distrito entre o final deste ano e início de 2021.
Quando estas empresas estiverem todas em funcionamento, a previsão é de gerar quase uma centena de novos empregos na cidade, além de aumentar a arrecadação do município.

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