Escolas de Vargem não abriram para reforço e seguem aguardando orientações

No Estado de São Paulo, escolas localizadas em regiões que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo e que foram autorizadas pelo seu município, podiam retornar com atividades de reforço desde o dia 8, caso desejassem e a prefeitura de cada município autorizasse.
De acordo com o balanço informado pela Secretaria da Educação do Estado, na data, 200 escolas estaduais reabriram, como nas cidades de Sorocaba, São Carlos e Piracicaba. A rede estadual tem, ao todo, 5.667 escolas. Segundo o informado, a proporção das unidades que abriram no começo de setembro em relação ao total de escolas da rede é de 3,5%.
Nesta sexta-feira, dia 18, o Governador João Doria confirmou que o plano da retomada opcional de aulas presenciais escalonadas está mantido para o dia 7 de outubro para alunos do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual.
No entanto, para as escolas que que atendem alunos do ensino fundamental, a data prevista de retorno foi alterada dia 3 de novembro. Isso porque os alunos matriculados no ensino médio, EJA e nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) são os ciclos de ensino que podem ser mais afetados pela evasão escolar, prejudicando os estudantes mais vulneráveis
De acordo com ele, tanto o calendário de retomada presencial como a realização de atividades de reforço nas escolas municipais, estaduais e privadas podem ou não ser autorizadas pelas prefeituras de cada uma das cidades, que podem adotar calendários mais restritivos, de acordo com os dados locais.
Portanto, as unidades devem apresentar planos de retomada à Secretaria da Educação e às Diretorias Regionais de Ensino. O governador pontuou que estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem permanecer em casa, cumprindo atividades remotas.
Ele também anunciou a liberação de mais R$ 50 milhões para manutenção dos prédios escolares da rede estadual, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola

Em Vargem
Em Vargem Grande do Sul, nenhuma escola retornou com os reforços, devido à volta da região para a fase laranja na semana retrasada. A Gazeta de Vargem Grande contatou as escolas de Vargem para saber se há alguma previsão de volta.
De acordo com o informado, as escolas estaduais de Vargem, Alexandre Fleming, Benjamin Bastos, José Gilberto de Oliveira Souza, Achiles Rodrigues e Gilberto Giraldi seguem sem previsão de reabertura.
Apesar da data base de 7 de outubro para o ensino médio e 3 de novembro para o ensino fundamental, as coordenações continuam aguardando orientação, uma vez que a reabertura depende da evolução da região no Plano São Paulo e da autorização da Prefeitura Municipal.
Para garantir a segurança da rede estadual neste possível retorno, há ainda, a previsão de receber os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) em breve, uma vez que já foi adquirido pelo Governo do Estado.
Segundo o explicado, o Governo deixou claro que o retorno não é obrigatório, portanto, mandará os alunos apenas as famílias que se sentirem seguras, uma vez que devem, inclusive, assinar um termo de ciência para o retorno.
O mesmo acontece com a Escola Técnica Estadual (Etec) de Vargem Grande do Sul, uma vez que as aulas na instituição continuam suspensas e sem previsão de volta.

Rede municipal
De acordo com a diretora de Educação Renata Taú, até o momento não há definição de data para o retorno das aulas presenciais.

Rede particular
As escolas da rede particular de ensino de Vargem também seguem sem aula presencial. No colégio Nova Era e Espelho Mágico já foi definido que as aulas não voltam esse ano. A previsão, segundo informou a gestão, é só para 2020.
Já no colégio Castro Alves Externato, conforme o informado, os alunos estão com 15 dias de férias, uma vez que a previsão de aula pelo Plano São Paulo está para outubro, no entanto, o colégio segue aguardando até o final de setembro o posicionamento dos órgãos competentes para prosseguir ou não com a reabertura.
No colégio Dom Pedro II, a situação não é diferente. De acordo com a coordenação, a escola segue aguardando mais informações, uma vez que Vargem, embora esteja na fase amarela, tem o número de contágios crescendo. Porém, a escola se prepara para a volta, ainda que a decisão será somente na próxima semana.
O colégio informou que é necessário muito cuidado e que a coordenação irá conversar com os pais, uma vez que há responsabilidade dos dois lados, já que um pai para mandar a criança para a escola precisa se assegurar que em casa não há ninguém no grupo de risco. No entanto, em meio a tantas incertezas, a escola assegura que está preparada para uma volta na questão sanitária.
Até o fechamento desta edição, o jornal não conseguiu contatar o colégio Vitória.

Reabertura segura
Para que ocorresse de forma segura, as escolas estaduais de Vargem já receberam da Secretaria de Educação do Estado (Seduc-SP) o protocolo sanitário com as orientações de retorno, como quantidade de alunos, distanciamento e forma de alimentação, assim como todo o Estado.
De acordo com as normas, as escolas estaduais que retornarem poderão receber, no máximo, 20% dos alunos por dia, independente da etapa do ensino.
Já as redes municipais e privadas devem seguir o decreto do governo do Estado, que prevê o limite de 35% para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, e 20% para anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Segundo a Seduc-SP, todas as unidades também ficam autorizadas a funcionar em horário reduzido.
Para quem estiver na escola é obrigatório o uso de máscara e cumprimento do distanciamento mínimo de 1,5 metros, além de que a higienização das mãos com água, sabão e álcool em gel deve ser constante. As escolas, além dos produtos de higiene, também deverão disponibilizar máscaras de tecido para servidores e alunos, protetores de face (faceshield) para servidores e termômetros para aferição de temperatura antes da entrada.
O regulamento prevê que a higienização das salas de aula deverá ser feita antes de cada turno e a higienização dos banheiros será feita a cada três horas, e na abertura e fechamento da unidade.
As escolas deverão fazer marcação do distanciamento nos pisos e os estudantes não podem compartilhar objetos e materiais. Além disso, cada um deverá ter seu próprio copo ou garrafa, caso não os possua, deverá utilizar copos descartáveis.
A entrada de pais, responsáveis ou qualquer outra pessoa de fora na escola e os intervalos ou recreios deverão acontecer com turmas fixas em revezamento de horários.
Na merenda, as escolas deverão priorizar alimentos que não necessitem de manipulação para o consumo e os eventos que causem aglomeração estão proibidos. A saída e entrada deverão ser organizadas para evitar aglomerações, preferencialmente fora do horário de pico do transporte público.
No transporte escolar, alunos e servidores devem usar máscaras de tecido durante todo o percurso e os assentos devem ser intercalados, sendo um ocupado e um livre.
Não devem ir à escola o servidor ou aluno que teve um ou mais dos sintomas, sendo eles, febre (medida ou referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos (perda do olfato), distúrbios gustativos (perda do paladar), diarreia e dor no corpo, que teve contato nos últimos 14 dias com alguém que testou positivo para Covid-19, ficando a menos de 1 metro de distância por ao menos 15 minutos, e que teve sintomas de gripe.
Pessoas do grupo de risco também não devem ir à escola e permanecer em isolamento social.

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