Rossi e Amarildo falam sobre suas propostas para Educação

A Gazeta de Vargem Grande entrevistou nesta semana os candidatos a prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) e José Carlos Rossi (PSD) sobre seus planos para a Educação na cidade.
Os candidatos falaram sobre os efeitos da pandemia da Covid-19 no setor, o desempenho das escolas municipais no Ideb, falta de vagas em creche, entre outros. Leia as entrevistas:

José Carlos Rossi é candidato a prefeito pelo PSD. Foto: Divulgação

Gazeta: Atualmente, há ainda falta de vagas em creches para crianças. Como pretende sanar este problema?
Rossi: Existem no município duas obras que há tempos estão paralisadas, deteriorando-se ao relento, dinheiro jogado fora. São elas, a creche do JD. Paraíso II, e outra no JD. Ferri. Quando fui prefeito, construímos a creche D. Anita, no JD. Paulista, a qual, anos depois, foi desativada e hoje funciona como arquivo da prefeitura. Vamos reativar a creche D. Anita, concluir as duas obras paralisadas e implantar gradativamente no município, escolas de período integral, onde a criança entra de manhã, e sai de tarde.

Gazeta: As escolas municipais têm obtido boa avaliação no Ideb 2019, uma das maiores da região. No entanto poucas unidades ainda ficaram abaixo da meta para o ano. Como pretende trabalhar este tema?
Rossi: Uma das escolas com nota alta no IDEB, tem professores de uma outra gestão municipal, e isso ninguém fala. Mas vamos lá: As aulas de informática e de inglês foram retiradas, e pode apostar que isso contribuiu para essas notas abaixo da média. Atualmente, os professores e os demais profissionais da educação, não são livres para escolher qual apostila de ensino eles julgam ser adequada. Se o próprio profissional não tem essa liberdade, como podemos exigir melhores resultados? Vamos adequar as escolas à tecnologia, disponibilizando melhores recursos aos alunos e aliviar a sobrecarga que hoje o professor carrega em suas costas. Serão revisados os direitos dos profissionais da educação, e tudo aquilo que dentro da lei nos for permitido, será feito.

Gazeta: O ano de 2021 será de grandes desafios para a educação, uma vez que o ano letivo está suspenso por conta da pandemia. Como planeja atender a demanda reprimida, colocar o conteúdo em dia, sem prejudicar alunos, pais, professores, etc?
Rossi: O ano de 2021 foi atípico, por medidas de seguranças, alunos foram privados de frequentar o ambiente escolar. Temos ótimos educadores, uma brilhante classe do magistério, acredito que não teremos grandes prejuízos. Temos uma categoria bem preparada e comprometida com o ensino. Um planejamento bem feito, assistência com aulas de reforço e principalmente ajuda em sala de aula é o caminho para nos recuperarmos. O professor bem assessorado e com condições dignas de trabalho, mantém sua motivação. Nesta pandemia, os professores estavam trabalhando acuados, com medo das horas devidas para a prefeitura, e mesmo diante tal absurdo, fizeram um excelente trabalho. As crianças têm facilidade em aprender, acredito que vão estar bem assistidos no próximo ano com a competência de nossos professores.

Gazeta: Quais os projetos voltados para os professores? Como irá valorizar a categoria?
Rossi: A valorização começa quando você ouve e discute planos de melhorias e soluções com os profissionais. Equiparar a defasagem salarial dos últimos anos; Dar condições dignas de trabalho; Procurar atender a grande demanda de vagas em creche; Uma educação inclusiva e com preparo, voltada às nossas crianças com dificuldades e transtornos. Há hoje, diversos casos onde essa responsabilidade é deixada nas mãos de professores, sem que esse receba apoio para lidar com situações delicadas como essas, e são casos onde é necessária a ajuda de especialistas ou até mesmo de professores especializados. Buscamos o aprimoramento e a inovação com as novas tendências educacionais, isso traz resultados positivos, tanto para os professores quanto para os alunos.

Gazeta: Com a instalação da Univesp, Vargem passou a ter ensino superior gratuito. Planeja pleitear mais cursos de ensino superior para a cidade? De que forma?
Rossi: A Univesp é uma excelente ferramenta educacional que o estado disponibiliza aos municípios, e pretendemos sim ampliar sua utilização. Também sabemos das dificuldades e os entraves de trazer uma faculdade, então entraremos em contato com várias instituições de ensino superior, no sentido de viabilizar a instalação e funcionamento de uma unidade em nosso município. Cidades bem menores de que Vargem, possuem faculdades estaduais, e até federais. Tudo se resume na competitividade comercial. Não adianta propor incentivos para instituições que já estão presentes em nossa região, isso não é interessante para elas. Devemos buscar por seus concorrentes, esses sim terão interesses em discutir propostas de parcerias.

Amarildo é candidato à reeleição. Foto: Arquivo Pessoal

Gazeta: Atualmente, há ainda falta de vagas em creches para crianças. Como pretende sanar este problema?
Amarildo: Ao assumirmos já fizemos os reparos necessários na Creche D. Zinha Cordeiro no Fortaleza que havia sido inaugurada sem condições de atendimento e a colocamos em funcionamento. Estamos construindo duas novas creches, uma no Jardim Ferri e outra no Jardim Paraíso II. Com as novas creches, serão oferecidas cerca de 300 vagas zerando a fila de espera que diminuiu muito na nossa administração. Também ampliaremos a capacidade da creche D. Cezarina na Vila Santana cujo terreno para isso já foi comprado e a obra está em licitação. Também foi implantado o sistema de meio período para quem não trabalha, assim podendo atender mais crianças. E é claro, vamos continuar o trabalho buscando recursos para construir mais creches.

Gazeta: As escolas municipais têm obtido boa avaliação no Ideb 2019, uma das maiores da região. No entanto poucas unidades ainda ficaram abaixo da meta para o ano. Como pretende trabalhar este tema?
Amarildo: Em 2009 implantamos o sistema apostilado e expandimos para Educação Infantil; mantivemos a qualidade do material e a capacitação da equipe; contratamos professores especialistas, psicopedagogo e fonoaudiólogo. Na pandemia professores, aos quais agradecemos a dedicação e empenho, seguiram remotamente com os alunos para o aprendizado não parar. Das 7 escolas do município, 3 ficaram pouco abaixo da meta do IDEB; mas graças à equipe, no geral ficamos acima da meta e temos escolas que atingiram metas de 2021. Como professor, tenho convicção que a Educação é a base de tudo. Estamos terminando obras e construindo a maior escola do município em período integral. Vamos ampliar a entrega do material escolar e retomar o programa de uniformes. Temos um dos melhores IDEB da região e seguiremos esse trabalho.

Gazeta: O ano de 2021 será de grandes desafios para a educação, uma vez que o ano letivo está suspenso por conta da pandemia. Como planeja atender a demanda reprimida, colocar o conteúdo em dia, sem prejudicar alunos, pais, professores, etc?
Amarildo: Os professores continuaram trabalhando remotamente durante a pandemia, mas os desafios para os próximos anos são muitos. Ampliamos escolas no município e os professores e funcionários receberão todo apoio necessário para enfrentar as situações adversas que surgirem, pois os déficits da pandemia não serão supridos apenas em um ano. O contato com os pais foi contínuo, o que facilitará a retomada do ritmo das atividades. Os professores já estão mapeando os conteúdos para planejar a reposição para o próximo ano, de forma a minimizar os déficits de aprendizagem. Há um planejamento para reposição dos conteúdos do próximo ano, bem como o atendimento ao reforço para que a rotina possa ser retomada, agora com uma nova realidade devido à pandemia que esperamos, até lá, esteja totalmente controlada.

Gazeta: Quais os projetos voltados para os professores? Como irá valorizar a categoria?
Amarildo: Investiremos na formação continuada e na oferta de recursos tecnológicos que favoreçam o aprendizado do aluno e o trabalho do professor, como aquisição de datashow e notebooks para todas as salas de aula, melhorando o ambiente escolar com aparelhos de ar condicionado para conforto dos professores e alunos para melhor rendimento da aprendizagem e concentração. Trabalhamos com salas de aula com número reduzidos de alunos, seguindo os parâmetros nacionais de qualidade.

Gazeta: Com a instalação da Univesp, Vargem passou a ter ensino superior gratuito. Planeja pleitear mais cursos de ensino superior para a cidade? De que forma?
Amarildo: A UNIVESP foi um grande avanço e vamos pleitear o aumento dos cursos superiores oferecidos gratuitamente de acordo com a demanda do município, já que montamos toda uma estrutura para isso. Também vamos buscar a FATEC, que pertencem ao Centro Paula Souza, o mesmo da nossa ETEC que foi trazida em 2008 para Vargem pelo nosso vice, Celso Ribeiro. Vamos buscar agora a FATEC para nossa cidade. Destacando ainda que o ensino técnico com o oferecimento de cursos que fizemos em toda a nossa administração, deve continuar e ser ampliado, dando mais oportunidades de formação de mão de obra especializada.

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