Em menos de 12 horas, duas mulheres relatam tentativa de violência sexual em Vargem

Duas mulheres relataram ameaça e tentativa de estupro em Vargem Grande do Sul em menos de 12 horas. Os relatos foram publicados em páginas da rede social Facebook, como forma de alertar as vargengrandenses. A Polícia Militar destacou que para coibir situações como estas, os patrulhamentos ocorrerão em toda a cidade, com atenção aos locais onde ocorreram os casos.
O primeiro relato, sobre uma ameaça de estupro, foi publicado na noite de segunda-feira, dia 23. A vítima descreveu o autor como alto, branco, magro e de olhos claro, aparentando ter entre 35 e 40 anos.
Segundo informou, ela voltava a pé do trabalho por volta das 20h, quando foi abordada pelo homem em frente ao necrotério e Posto de Pronto Atendimento (PPA). Conforme publicou a vítima, ela achou que o rapaz pediria alguma informação, pois estava com uma mochila nas costas.
O autor parecia um pouco alterado e perguntou de onde a vítima estava vindo. Ela informou que do trabalho. “Ele começou chegar perto demais e me perguntou se eu queria fazer um filho, que era pra eu ir para atrás da árvore”, disse.
A vítima contou que, nesse momento, escondeu o celular que estava em mãos. “Ele me perguntou se eu não tinha medo de ser estuprada, abaixei a cabeça e me afastei, queria pegar uma distância e correr, mas ele vinha para cima”, relatou.
O autor ainda perguntou se a vítima namorava e, mesmo com a resposta positiva e de que o namorado morava na esquina, foi para cima da mulher. “Comecei a tremer e pedir ajuda mentalmente a Deus, pois estava sem crédito pra ligar pra alguém e não tinha ninguém passando pra me ajudar”, contou.
A vítima relatou que um garoto, que passava de bicicleta, perguntou o que estava acontecendo. O homem respondeu que a vítima estava pedindo informação sobre onde ficava o bairro Santa Terezinha a ele,
A mulher contou que olhou assustada para o menino, pedindo socorro, e perguntou se ele sabia onde ficava o bairro e se podia levá-la. O garoto, segundo informou, disse que sabia e que a levaria.
Conforme o relato, a vítima disse tchau ao homem e seguiu com o menino, quando o homem gritou para que ela tomasse cuidado, não sabendo informar se seria uma ameaça.
No relato, a mulher agradeceu ao garoto que achou a cena estranha e parou para ajudar. “Se não fosse ele, talvez não estaria publicando isso aqui. Cuidado mulheres que andam sozinhas”, completou.

Invasão
Algumas horas depois, na manhã desta terça-feira, dia 24, foi relatado mais uma tentativa de estupro na cidade. A publicação também foi feita em uma página da rede social Facebook.
Segundo o relato, o abusador que aparentava ter de 20 a 25 anos, invadiu a casa da vítima, no Jardim Paraíso 2. O rapaz, segundo o informado, tentou tocar em uma menina que estava dormindo.
Ao perceberem a presença do intruso, os moradores gritaram e segundo os relatos, a cachorra de estimação da família mordeu o autor, que fugiu, mas deixou um par de chinelos no local. Conforme o relato, o rapaz entrou pela janela que a família deixou aberta por causa do calor. “Ele não veio para roubar, tentou relar na minha irmã”, publicou a irmã da vítima.

Polícia
A Gazeta de Vargem Grande questionou a Polícia Militar de Vargem, para saber se eles têm conhecimento sobre esses fatos e o que a PM fez em relação a isso, se os rapazes foram encontrados e o que é feito para coibir essas situações em Vargem. Na Polícia Civil, apenas o segundo caso foi registrado em boletim de ocorrência, conforme o informado à reportagem.

O sargento Márcio Henrique da Costa, comandante da PM de Vargem, ressaltou que é importante que as vítimas procurem a polícia. “Soubemos dessas ocorrências através das redes sociais “Fala Vargem”, entramos em contato com a Polícia Civil, e das ocorrências expostas na citada rede social, apenas 01 fez o Boletim de Ocorrência, pois ao que consta teve a residência invadida, é de suma importância a elaboração da ocorrência por parte da vítima, sem o qual, não há campo para a persecução de resultados. Orientamos o imediato contato com 190, e também a elaboração de ocorrência na Polícia Civil, o tempo é o maior aliado para a identificação e prisão do infrator, pois o tempo que se perde em elaborar um considerável texto de indignação em rede social, favorece o infrator, e nada resolve a situação, orientamos o cuidado com a vigilância primária, evitar portões e janelas abertas independente do horário, evitar caminhar só, principalmente a noite em logradouros ermos, nos horários de pouca movimentação de pessoas e veículos, estamos a disposição da população para quaisquer dúvidas”, disse.

O sargento comentou ainda que até a tarde desta terça-feira, dia 24, a PM não havia recebido denúncias de suspeitos. “Reforço aqui a importância do contato 190, para que a viatura chegue ao local e colha o máximo de informações que a ocorrência necessite”, ressaltou. “Os patrulhamentos ocorrerão em toda a cidade, e também será dado atenção a locais onde ocorreram essas supostas abordagens”, concluiu.

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