O esforço final

O Brasil está perto de completar um ano de enfrentamento à pandemia da Covid-19, que de acordo com dados do Ministério da Saúde, já ceifou a vida de mais de 220 mil pessoas no país. Ao todo, mais de 9 milhões de brasileiros contraíram a doença e felizmente, mais de 7,9 milhões se recuperaram. Mas a volta da aceleração dos novos casos preocupa não só as autoridades nacionais, mas principalmente as municipais, que precisam proteger não apenas números de estatística, mas pessoas reais, e que numa cidade pequena como Vargem Grande do Sul, se tratam de amigos, vizinhos, colegas de trabalho e familiares.
Por isso, nunca foi tão importante manter a guarda erguida. Seguir os protocolos de prevenção, evitar sair de casa, evitar aglomerações e usar máscara, além de higienizar as mãos. A vacina já está sendo aplicada – no caso de Vargem, as doses são do Instituto Butantan (CoronaVac) e da Fio Cruz (Oxford/AstraZeneca) – mas no primeiro momento, será destinada apenas aos grupos de risco.
Mas se a luz no final do túnel foi acesa com o início da imunização, as sombras voltam a cobrir o horizonte a cada vez que o Boletim Epidemiológico divulgado pela prefeitura aponta um aumento de casos e, principalmente, o aumento de internações.
Em São João da Boa Vista, cidade vizinha e que muitos vargengrandenses visitam com frequência, seja a trabalho, seja em busca de prestação de serviços, os novos casos estão em níveis muito altos e nesta semana mais duas mortes foram registradas.
Por isso é necessário que todos tenham consciência que o perigo está muito próximo. Está na aglomeração de jovens que andam nas ruas do Centro aos finais de semana sem máscaras. Na quantidade de clientes que não respeitam o distanciamento entre pessoas nos supermercados. Nas festinhas clandestinas que ocorrem com frequência em chácaras alugadas e até mesmo nas confraternizações entre familiares, que acabam descuidando das medidas de prevenção.
Se todos fizerem esse esforço final, de seguirem à risca as medidas do protocolo contra a Covid-19, o índice de transmissão irá cair. Assim, vidas serão preservadas e haverá a possibilidade de se manter o comércio aberto por mais tempo, evitando prejuízos aos estabelecimentos, resguardando empregos e a geração de renda.

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