Após tropeço em primeiro teste, transmissão online das sessões vai bem na sexta-feira

Sessão da sexta-feira teve transmissão sem nenhum problema. Foto: reprodução youtube

Muito aguardada pela população, que lutou durante anos para que este projeto se tornasse realidade, a primeira transmissão online da sessão de Câmara em Vargem Grande do Sul, no dia 1º, acabou deixando os internautas bastante frustrados. Com atraso nas imagens, vídeo travando e muitas vezes com a transmissão saindo do ar, acompanhar a sessão pela Internet não foi tarefa fácil. Mas a empresa que fez a transmissão para mostrar o trabalho não foi a escolhida pelo Legislativo, que chamou um segundo prestador de serviço para transmitir a sessão extraordinária realizada na sexta-feira, dia 5. Essa empresa apresentou um resultado melhor e ao que tudo indica, será a contratada.
A transmissão online das sessões é uma luta da população há alguns anos. Em 2018 ganhou força, mas não foi o suficiente para convencer alguns vereadores na época da importância da sua implantação. Em 2020, o assunto voltou a ser discutido e novamente houve mobilização de internautas apoiando a medida. Dessa vez, o então presidente da Casa, Paulo César da Costa (PSB), avançou nesta questão e foi dado início ao levantamento de custos do processo.
Já na legislatura que teve início neste ano, o presidente da Casa, Celso Itaroti (PTB), colocou em pauta um projeto da Mesa Diretora para a transmissão das sessões, que foi aprovado pela maioria dos vereadores, com voto contrário de Fernando Corretor (Republicanos).
Com a aprovação do projeto, empresas que realizam o serviço apresentaram propostas e na segunda-feira, dia 1º, quando foi realizada a primeira sessão ordinária do ano, uma empresa que já oferece o serviço para o Legislativo de Casa Branca foi chamada para fazer o teste inaugural.

Travou e caiu
A transmissão da sessão teve início às 19h30, em alguns momentos chegou a contar com 80 internautas acompanhando, mas logo se mostrou bastante aquém das expectativas. Uma única câmera foi usada para a transmissão e a imagem obtida era do alto, bastante semelhante às de câmeras de sistemas de videomonitoramento. Então, o público tinha somente uma visão aberta do plenário e só sabia quem estava se pronunciando por conta do áudio.
A expectativa gerada foi ainda maior para o público, uma vez que a diretora de Educação, Renata Taú, foi chamada para tirar dúvidas dos vereadores e tratou de assuntos muito importantes, como volta às aulas, protocolos contra a Covid, merenda escolar, troca do material didático do sistema apostilado, entre outros.
Porém, pouco antes do final da conversa com a diretora, a transmissão que já vinha “engasgando”, caiu de vez. Quando o sistema voltou, foi possível ainda acompanhar a leitura dos projetos de lei apreciados e nos requerimentos elaborados pelos vereadores. No entanto, após cerca de 30 minutos, a transmissão tornou a sair do ar.

Troca de empresa
Aparentemente, a empresa chamada para fazer a primeira transmissão não passou no teste e no dia seguinte, quando os vereadores se reuniram em uma sessão extraordinária, não houve a transmissão. A Gazeta apurou que Itaroti ficou bastante irritado com os problemas da primeira sessão e preferiu dar prosseguimento ao teste com outros interessados. Assim, o processo para a contratação de uma empresa foi retomado durante a semana.

Itobi
Na segunda-feira, enquanto os internautas de Vargem apanhavam tentando acompanhar a transmissão da sessão de Câmara, os itobienses tiveram mais sorte e conseguiram assistir toda a sessão do Legislativo da cidade vizinha, que também estreava na ocasião. A empresa chamada por lá, a mesma que atua em Mococa, ofereceu um serviço mais adequado, com o uso de câmeras mais indicadas para o serviço, além de enquadramentos mais profissionais. Quem quiser assistir, basta acessar o https://www.facebook.com/camaradeitobi/live/
O Legislativo vargengrandense entrou em contato com a cidade vizinha e convidou a empresa que fez a transmissão lá, a Pro Vídeo, de Mococa, para um teste na sessão extraordinária desta sexta-feira, dia 5.
A Gazeta falou com a Câmara de Itobi e foi informada que ainda não fecharam com esta empresa, que ainda iriam fazer mais alguns testes, mas que tinham ficado satisfeitos com o serviço apresentado na primeira sessão.

Contratação
Tanto em Itobi, quanto em Vargem, a expectativa é contratar a empresa para o serviço com dispensa de licitação, uma vez que os orçamentos obtidos estão abaixo do montante exigido para tanto pela Lei de Licitação. De acordo com o averiguado pela Gazeta, a empresa que fez o teste na segunda-feira em Vargem ofereceu um orçamento de R$ 1.490,00 para fazer a transmissão das sessões ordinárias, extraordinárias e audiências, além de mandar o conteúdo gravado. Já o que tem sido discutido com a empresa de Mococa giraria em torno de R$ 1,4 mil ao mês, valor ainda não oficial. Foram procuradas empresas de Vargem e de cidades da região, mas os valores pedidos ficavam acima disso.

Sessões às terças
Foi aprovado na sessão extraordinária de sexta-feira, um projeto mudando a data das sessões ordinárias das segundas para as terças-feiras. Conforme o informado, a mudança atende à manifestação de alguns vereadores que teriam um dia a mais para apresentarem proposições e também para que fosse possível ter um técnico da empresa trabalhando na sessão para acompanhar a exibição e garantir que nada saia errado, uma vez que representantes da empresa atendem outras localidades às segundas.

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