Provedoria convida vereadores a visitarem Hospital de Caridade

Legislativo debateu a situação da entidade na última sessão e cobrou transparência. Foto: Reprodução Camara

Foi protocolado na quinta-feira, dia 18 de fevereiro, o ofício enviado pelo provedor do Hospital de Caridade, Jair Gabricho ao presidente da Câmara Municipal, vereador Celso Itaroti (PTB), convidando os vereadores municipais a fazerem uma visita à entidade. Segundo o ofício, o convite tem por finalidade apresentar os trabalhos que são realizados, as receitas auferidas e os custos para realização dos atendimentos e manutenção da entidade.
“Na oportunidade, poderemos ainda esclarecer e dirimir prontamente toda e qualquer dúvida a qual possa existir, receber sugestões e detalhar os objetivos e ações a serem implementadas pela atual mesa administrativa em relação à administração”, diz o ofício.
Jair fala também ser de suma importância que os vereadores aceitem o convite para poder demonstrar de forma cabal toda lisura, transparência e cuidados adotados em todo processo administrativo e financeiro, a capacidade técnica do quadro laborativo e apresentar aos vereadores os membros que compõem a mesa administrativa, o administrador e principais gerentes de cada setor.

Vereadores questionaram transparência da entidade
A iniciativa do vereador Fernando Corretor (Republicanos) na última sessão de Câmara, realizada na terça-feira, sugerindo que cada vereador doasse no mês que vem o seu subsídio no valor de R$ 3.867,63 ao Hospital de Caridade, levou a maioria dos vereadores a questionar a transparência da entidade para poder de fato realizar a contribuição.
Também o presidente do Legislativo, Celso Itaroti (PTB), questionou a transparência da atual diretoria ao se referir a um ofício que enviou ao Hospital indagando várias coisas e disse que não sentiu transparência nas respostas que foram dadas.
“É direito nosso de fiscalizar toda instituição que recebe verbas da prefeitura. Fiz um ofício querendo saber o salário do pessoal e ele se negou, justificando da forma que ele quis, indevidamente para mim. Vou questionar de novo, se não vier a resposta vou enviar para o Ministério Público”, afirmou Itaroti ao se referir ao ofício enviado ao provedor Jair Gabricho. “O provedor falou que estaríamos invadindo a privacidade do funcionário. Todo mundo sabe o salário do funcionário público, achei a resposta um absurdo, cadê a transparência”, indagou Itaroti durante a sessão.
Ao serem indagados por Fernando Corretor se iriam ou não fazer a doação do subsídio, a maioria se prontificou a ajudar, desde que houvesse transparência no uso do dinheiro. Três vereadores disseram não de pronto, o vereador Célio Santa Maria (PSB), justificando que quando precisou do hospital para fazer uma cirurgia não foi atendido e está na fila de espera, além dos vereadores Parafuso e Bertoleti, ambos do PSD.
Já o vereador Guilherme Nicolau (MDB) sugeriu que se todos os vereadores fossem atrás de seus deputados e conseguissem pelo menos R$ 100 mil para ajudar o hospital, daria R$ 1.300 milhão, bem mais que os R$ 30 mil a serem doados pelos vereadores.

Provedor fala sobre transparência
O jornal Gazeta de Vargem Grande entrevistou o provedor Jair Gabricho sobre a questão da transparência citada pelos vereadores na última sessão de Câmara. Jair disse que mensalmente o hospital é obrigado a prestar contas ao município de como foram feitos os gastos do dinheiro repassado pela prefeitura.
“Cada verba destinada ao hospital tem destinação certa e é aberta uma conta específica para uso e destinação daquele recurso e tudo é prestado conta e fiscalizado também pelo governo estadual e federal, quando das verbas enviadas”, falou o provedor.
Jair lembrou que a Associação Setembro no início da gestão passada quando era provedor o empresário Vagner Cipolla e tinha como vice Carlos Alberto de Oliveira Filho, custeou uma ampla e profunda auditoria no hospital e nada foi encontrado, exceto a observação feita pelos auditores que deveria ter mais funcionários pelo tamanho do hospital e pelo atendimento realizado, pois o número teria se mostrado insuficiente.
Com relação à transparência na sua gestão, o provedor afirmou que é um dos projetos da nova mesa administrativa e que em muito breve haverá um site oficial do hospital na internet e dentre os muitos conteúdos que estão sendo criados, haverá o portal da transparência no qual a população vargengrandense terá acesso a movimentação financeira sintética e analítica, a relação dos recursos recebidos e onde e como estão sendo aplicados, balancetes mensais e outros informes da entidade.
Questionado sobre a informação de quanto ganha determinados funcionários do hospital solicitado pelo presidente da Câmara Celso Itaroti, o provedor falou que existem questões que ele é proibido por lei de divulgar, sendo o salário que cada funcionário recebeu protegido por lei, de acordo com a Constituição. “O que posso informar é que os salários de todos os funcionários do Hospital estão em consonância com o mercado e o que dispõe as regras e parâmetros do sindicato de cada categoria”, disse Jair Gabricho.

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