Obras na Av. Hermeti devem prosseguir até junho

Córrego Sant’Ana ainda recebe despejo de esgoto em alguns pontos. Foto: Reportagem

Local de intenso tráfego, quem passa pela Avenida Hermeti Piochi de Oliveira, localizada junto ao Córrego Santana, já se acostumou aos desvios naquele local devido às obras que se arrastam há um bom tempo devido à construção de um emissário de esgoto no lado direito do córrego. Está sendo construída uma tubulação de 200 milímetros (mm) de PVC para captação do esgoto de parte central de Vargem Grande do Sul que caía no córrego.
Iniciada em setembro de 2020, a obra é considerada de pequeno porte e tinha previsão de término em dois meses. Ela tem como objetivo otimizar a captação de esgoto daquela região, estando prevista a construção de 14 poços de visita (PV). O investimento para a obra é de R$ 113.725.13, e o recurso estava previsto por meio de convênio com o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), da Bacia do Rio Pardo.
Há oito meses em obras, os constantes interrompimentos do trânsito testam a paciência dos motoristas e transeuntes. Também a dos muitos moradores que utilizam a via para suas caminhadas. Em entrevista ao jornal, o diretor de Obras Ricardo Luís Leonetti Bisco disse que foi dado um novo prazo de aproximadamente 25 dias para a empresa terminar os trabalhos.
Segundo Bisco, o assentamento da tubulação está concluído, a empresa está terminando os últimos poços de inspeção e fará a interligação dessa nova rede ao coletor tronco existente à margem esquerda com a tubulação atravessando o córrego. “Não tem mais surpresa na obra”, disse o diretor ao se referir aos problemas verificados durante a construção do emissário.
“No traçado da obra foi deparado com rede de adutora de água tratada que abastece o Jardim Paulista, bem como manilhas cerâmicas antigas de dreno do local e tubulações de concreto para captação de água pluvial e tudo isso exigiu remanejamento da rede e desses outros sistemas, ocasionando também o atraso da obra”, justificou o diretor de Obras da prefeitura.
Outra explicação dada pela prefeitura na matéria realizada pela Gazeta de Vargem Grande em outubro do ano passado sobre o atraso das obras, foi que em virtude da pandemia da Covid-19, muitas fábricas interromperam a produção de materiais, e naquele momento estava sendo difícil encontrar os materiais necessários para realização da obra, principalmente aqueles derivados dos plásticos, como tubos de PVC, além de atraso na liberação dos recursos por parte do Fehidro.
Tratar o esgoto de Vargem Grande do Sul tornou-se realidade com a inauguração no dia 29 de dezembro de 2008, no final da gestão do ex-prefeito Celso Ribeiro, da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Desde essa época, alguns investimentos foram feitos para eliminar o despejo de esgoto in natura tanto no Rio Verde como no Córrego Santana.
Em 2012, durante a primeira gestão do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), foi feito o outro tronco coletor junto à margem esquerda do Córrego Santana, coletando esgoto dos bairros Jardim São Luís, Jardim Itália, Plaza de España e também efluentes que acabavam caindo no Córrego Graminha, afluente do Córrego Santana.

Esgoto no Córrego Santana deverá ser eliminado
O jornal também procurou Klabin Dei Romero, superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE) e este afirmou que uma vez pronto o novo emissário, vão ser realizadas as ligações prediais existentes neste novo sistema e a tendência é eliminar todo o esgoto que atualmente é jogado in natura no Córrego Santana.
O jornal questionou o superintendente com relação ao esgoto que cai logo após a ponte existente na Avenida São João com a Avenida Hermeti Piochi de Oliveira e ele disse que este e outros pontos serão eliminados, uma vez que a carga de esgoto será canalizada na nova rede.
“Vamos conseguir, mas é um trabalho que vai demandar um certo tempo, até descobrir a origem destes esgotos, ver a questão da altura que estão as redes em relação ao nível do córrego e as alterações que deverão ser feitas”, disse.
Explicou Klabin que muitas vezes a rede entope e o esgoto acaba vazando e caindo no córrego. “Os moradores jogam muita coisa que não deveriam na rede de esgoto, como óleo de fritura, objetos como pano de prato, estopa, fraldas, e tudo isso contribui para obstruir a rede e estourar os canos”, comentou.
Outro problema sério levantado pelo superintendente é com relação à água das chuvas que são canalizadas para a rede de esgoto ao invés das redes de águas pluviais e acaba também causando danos na rede de esgoto, sobrecarregando-a. A lei proíbe este tipo de canalização e as pessoas podem ser multadas por tal ato, além de prejudicar enormemente o meio ambiente. Segundo apurou o jornal, ao final da instalação da tubulação da rede, será recuperado a base e o pavimento asfáltico da via.

Obras na Avenida Hermeti Piochi estão em fase de conclusão. Foto: Reportagem

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