Moradores da Cohab 6 sofrem com parcelas altas e falta de assistência

Cohab 6 foi inaugurada no final de 2014, com 256 casas. Foto: Reprodução Google Earth

A Gazeta de Vargem Grande tem recebido queixas de moradores do Conjunto Habitacional Antônio Ribeiro Filho, a Cohab 6, sobre as parcelas de casas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do Estado de São Paulo. Os mutuários têm sofrido com parcelas altas e falta de informações e assistência a respeito da situação.
Os vereadores Celso Itaroti (PTB) e João Batista Cassimiro, o Parafuso (PSD), também já foram procurados pelos moradores e elaboraram um requerimento ao Chefe do Executivo, que foi aprovado na Câmara Municipal, na sessão de 1º de junho.
No documento, eles pontuaram que os moradores do bairro reclamam do valor da prestação das casas que estão muito altas. Os vereadores pediram a intercessão do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) quanto aos aumentos exorbitantes nos valores das mensalidades das casas.
Na justificativa do requerimento, os vereadores explicaram que os moradores relatam que as mensalidades passaram, para alguns deles, para o valor mensal acima de R$ 1.200 e que muitos não conseguem arcar com o valor, que é muito alto.
Uma das moradoras que procurou a reportagem da Gazeta comentou que as prestações estão subindo muito e os mutuários estão reclamando e tentando pedir ajuda aos vereadores, advogados e ao prefeito. “Mas tudo está sendo em vão”, lamentou.
“A própria CDHU não faz nada pra nos ajudar. A minha prestação, por exemplo, está chegando a R$ 1.600,00 é um absurdo. Uma casa que não vale tanto e é igual pra todo mundo, tem quem pague, R$ 200,00, R$ 300,00, R$ 400,00. Estamos apavorados com medo de ter que sair de casa, porque não estamos com as prestações em dia e não teria como estar com esse valor”, relatou.
Ela contou que quando entraram na casa, em 2015, a prestação era de R$ 680,00. Porém, a última prestação que pagaram foi em 2019, no valor de R$ 1.173,00. “Depois disso, não tivemos condições de pagar mais. Eles dizem que sobe porque está no contrato, que na verdade está dizendo que as prestações não passariam de R$ 820,00, que esse seria o máximo que chegaria e já é muito para uma casa de Cohab”, comentou.
A mutuária explicou que tem outras pessoas passando pela mesma situação e que os moradores criaram um grupo no WhatsApp para discutir a respeito dessa situação. “Nós estávamos fazendo um abaixo assinado, que ainda não foi entregue a ninguém, porque o prefeito diz que ele não tem como fazer nada e nossa filial da CDHU é de Araraquara, mas com o problema da pandemia da Covid-19, não conseguimos ir até lá”, completou.
A Gazeta contatou a assessoria de imprensa da CDHU para tentar entender o que está acontecendo, questionou por qual razão as parcelas estão tão altas e expôs o que os moradores alegam de que por contrato as parcelas não podem passar de R$ 820,00. Além disso, foi perguntado o que os moradores devem fazer para questionar esse valor, onde eles devem procurar uma possível renegociação e o que quem deixou de pagar por conta dos valores deve fazer.
O jornal também contatou a Prefeitura Municipal para saber o que já podem falar a respeito da solicitação dos vereadores quanto às parcelas da CDHU. Contudo, até o fechamento da matéria, não obteve respostas.

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