Gripário chegou a atender mais de 100 pessoas em um dia

Gripário passou a atender população em agosto de 2020. Foto: Reportagem

Porta de entrada para todos os pacientes com sintomas de gripe ou Covid-19 em Vargem Grande do Sul, o Gripário Municipal foi alvo de inúmeras queixas das pessoas com sintomas dessas doenças que o procuraram nas últimas semanas, quando a cidade atingiu picos da contaminação do SarsCoV2, o novo coronavírus, com mais de uma centena de doentes em um único dia procurando atendimento.
O Gripário começou a funcionar em 20 de agosto de 2020, onde antes funcionava a sala de fisioterapia municipal, ao lado do Posto de Pronto Atendimento (PPA) Alfeu Rodrigues do Patrocínio e, desde então, milhares de pessoas já passaram por ele. Funcionando das 7h às 21h, todos os dias da semana, no local trabalham três enfermeiras, um médico e uma auxiliar de limpeza que se revezam a cada 12 horas.
Em entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande, a diretora de Saúde, Maria Helena Zan comentou sobre as queixas e disse que o mês de junho foi atípico no Gripário, atingindo o pico máximo de atendimentos, o que trouxe desconforto e insegurança não só para os doentes, como também para a equipe de profissionais que nele atuam.
“Com o crescente número de contaminados que houve, também os postinhos de saúde, o Hospital de Caridade, sentiram essa grande demanda, todos lotaram e houve dias em que mais de 100 pessoas passaram pelo Gripário, quando até então, vinha se mantendo uma média de 50 atendimentos por dia e isso causou todos os transtornos, pois estávamos trabalhando com nossa capacidade máxima e tínhamos de atender a todos”, falou a dirigente.

Procedimento
Sobre as condutas que são tomadas dentro do Gripário, Maria Helena explicou que quando o paciente chega na recepção, ele é chamado a fazer a ficha de atendimento e é feito a triagem do mesmo, sendo verificado os sinais vitais, a pressão, o pulso, a temperatura e conferida a saturação de oxigênio. Feito esses procedimentos, o paciente fica aguardando o atendimento médico.
“Cada médico tem uma conduta, também depende da situação do doente e uma consulta pode demorar mais ou menos tempo. Se o paciente precisar de exames de Raio X, ele é encaminhado ao Hospital de Caridade e depois retorna para avaliação médica”, falou. Também comentou que se a pessoa não chega em bom estado de saúde no Gripário, ele pode receber soro, hidratação e também oxigênio, ficando em observação em um dos seis ou oito leitos disponíveis no local para esta finalidade.
“Se melhorar, vai para casa e se for o caso de internação, o médico encaminha para o Hospital de Caridade. Se for um caso leve, o paciente com poucos sintomas sai com a receita médica e até com os medicamentos, a depender da situação”, esclareceu a diretora.

Testagem
Uma das questões formuladas pelo jornal foi com relação aos testes para detectar o coronavírus, queixa muito frequente entre os doentes. A diretora explicou que quando o paciente chega ao Gripário com sintomas de Covid-19, é oferecido pelo sistema municipal de saúde o teste rápido. “É um teste que tem uma porcentagem muito boa de eficiência, só que o paciente tem que testar a partir do 11º dia que está com os sintomas, caso contrário ele pode dar falso negativo, a pessoa acha que não está com o vírus e está com a Covid-19 e passa a contaminar outras pessoas, se não tomar os devidos cuidados”, explicou Maria Helena.
Muitas pessoas criticam a falta de teste, mas quando o doente chega ao Gripário com 3, 4, 5 dias sintomáticos, depois de medicada, ele é apenas notificado e encaminhado para a Vigilância e a mesma comunica ao posto de Saúde ao qual pertence o paciente para que as medidas protocolares sejam tomadas. Após, o paciente será orientado quando fará o exame e vai ser monitorado. “Se sair notificado do Gripário, ele tem de ficar em isolamento até colher o exame para saber se deu positivo”, explica a diretora, dizendo que dependendo do caso, dando positivo, o paciente deve ficar de 10 a 14 dias em isolamento. “Tudo isso vai depender da conduta médica”, afirmou.
Finalizando a entrevista, Maria Helena Zan disse acreditar que a pior fase de contaminação pela Covid-19 no município parece que está declinando em relação às últimas semanas e que isso trará uma normalidade ao Gripário. Afirmou que para atender melhor os pacientes, o local recebeu uma tenda, cadeiras individuais para dar mais conforto e que além dos profissionais que lá trabalham, as pessoas devem também contribuir, mantendo o distanciamento, usando as máscaras, tendo paciência e respeitando todos os protocolos para combater esta terrível doença que atinge a todos indistintamente e que só com a colaboração e o envolvimento das pessoas responsáveis, mais a vacinação, a saúde de Vargem Grande do Sul poderá retornar ao normal mais rapidamente.

A diretora de Saúde Maria Helena Zan falou à Gazeta. Foto: Reportagem

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