Os carros, motos e bicicletas elétricas estão tomando aos poucos as ruas do Brasil e mostraram que a forma como as pessoas estão se locomovendo está mudando, devido à praticidade, sustentabilidade e economia. Os veículos elétricos já são as principais apostas dos maiores fabricantes de veículos de todo mundo.
Algumas montadoras inclusive já optaram por não desenvolver mais novos modelos de carros com motores a combustão, como é o caso da Volvo. A Volkswagen anunciou que seus atuais motores a combustão não terão sucessores. Audi, Daimler estão no mesmo caminho. A Chevrolet confirmou que terá apenas carros elétricos em 2035. A Toyota, que já trabalha há muito tempo com motores híbridos, vai esticar a vida útil deles até 2050.
O estudo Mobility Futures, realizado pela empresa de consultoria de dados e insights Kantar, entrevistou 20 mil usuários frequentes de diferentes meios de transporte em 31 cidades do mundo, incluindo São Paulo. O levantamento revelou que uma em cada quatro pessoas quer mudar a forma como se locomove. Além disso, 37% daqueles que dirigem gostariam de deixar seus carros na garagem e, entre os usuários do transporte público, 43% prefeririam ter uma alternativa de mobilidade.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), entre 2018 e 2020, o segmento de Scooters cresceu 39,6% em vendas.
Uma pesquisa sobre o uso de bicicletas elétricas, as e-books, com 400 usuários, foi realizada no final do ano passado pela Aliança Bike e pelo Laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labmob/UFRJ). A pesquisa revelou que a maioria das pessoas, sendo um total de 56% dos que agora se locomovem com o equipamento para trabalhar ou estudar antes se deslocava com um automóvel.
O relatório mostra que em 2020, 32.110 e-bikes foram vendidas, um incremento de 28,4% em relação a 2019, quando foram comercializadas 25 mil unidades.
Ciclomotores elétricos tem alta procura em Vargem
À Gazeta de Vargem Grande, o subcomandante da Guarda Civil Municipal (GCM) Flávio Agnoli contou que de fato há muitas motos elétricas, scooters e bicicletas elétricas em Vargem, uma vez que o ciclomotor está virando febre em todo o país. Contudo, observou que não há como quantificar quantos desses veículos circulam em Vargem.
Geraldino Nogues Canhedo Neto e Geraldo Luís Thezolin, proprietários das lojas da Motoka Multimarcas de Vargem, São João da Boa Vista e Aguaí, falaram sobre a febre das motocicletas e bicicletas elétricas na cidade.
“Nós estamos no ramo das motocicletas convencionais há mais de 12 anos no mercado.
Porém, desde 2018, pela demanda da necessidade da população de se ter um produto sustentável, com custo baixíssimo, sem uso de combustíveis, decidimos tomar a iniciativa de partir para este novo segmento: dos elétricos”, explicaram.
Conforme comentaram, os modelos já invadiram as grandes metrópoles do mundo e fazem parte da chamada mobilidade urbana e cidades inteligentes, em que pequenos veículos sustentáveis são utilizados para o deslocamento diário das pessoas.
“Além de garantir agilidade e eficiência na locomoção diária, possuem baixa manutenção, a recarga da bateria custa menos do que a média das passagens de transporte público no Brasil e ainda não polui o meio ambiente. Agregando valor também em alguns modelos por não possuir a necessidade de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e emplacamento”, disseram.
Na Motoka, os proprietários contam com um vasto acervo de ciclomotores elétricos. “Temos vários modelos, como patinete elétrico, scooter citycoco elétrica, overboard, moto elétrica delivery com 130 km de autonomia, patinete elétrico com banco off-roud, carrinho infantil elétrico, triciclo elétrico, bicicleta elétrica, bicicleta mountain bike assistida elétrica, mini-motos e quadriciclos infantis”, informaram.
Bike elétrica na prática
Sônia Cristina Braga, que comprou uma bicicleta elétrica há quatro meses, foi só elogios ao veículo. Ao jornal, ela contou o que a motivou a adquirir a bike. “Como eu trabalho em dois serviços, a disponibilidade para eu me locomover é mais fácil. Eu não tenho CNH, então para mim é melhor, ela é bem mais prática”, disse.
Ela contou que já pôde perceber uma economia por não gastar com gasolina e por não precisar mais de caronas. “Essa foi a melhor compra que eu já fiz e eu indico para todo mundo. Não tem nada nela que eu não gosto, ela é muito útil e mesmo não sendo de fato uma moto, eu procuro andar na mão certa para não ter problema, então para mim ela é ótima”, disse.