Praça foi inaugurada em 1918

Primeira igreja Matriz de Sant’Ana, que posteriormente foi ampliada
Virgílio Forlin retratou boa parte da história de Vargem

A praça central de Vargem Grande do Sul foi inaugurada em 1918, 44 anos após a fundação da cidade, ocorrida em 26 de setembro de 1874. Ponto de referência para o crescimento do povoado, a praça foi o cenário de inúmeros eventos históricos, comemorações, comícios políticos, festejos e desfiles que marcaram Vargem Grande do Sul. Na série de artigos “Passeio pela Pérola da Mantiqueira”, Mario Poggio Jr, escreveu sobre a fundação e a história da praça.

Ela foi demolida para dar lugar a atual igreja


Com o falecimento de sargento mor José Garcia Leal, a partir de 1828, surgem questões jurídicas para a divisão da fazenda Vargem Grande. Em 1873, há nova divisão da Fazenda “Várzea Grande”, terminada em 26 de setembro de 1874, data oficial da fundação da cidade. Ainda em 1874, o coronel Francisco Mariano Parreira conseguiu licença para construir uma pequena capela, instalada na atual Praça João Pinto Fontão, em torno da qual agruparam, aos poucos, os moradores que deram início ao povoado.
A construção da primeira Igreja Matriz iniciou em março de 1893 e terminou em setembro de 1894, e para sua inauguração, o coronel Francisco Mariano Parreira e o major Antônio Oliveira Fontão idealizaram uma banda para tocar em sua inauguração. Para isso, reuniram músicos amadores da cidade, que ensaiaram e se apresentaram em público junto ao Maestro Aquilino de Mello, convidado para a ocasião.

Cenas da construção da nova Igreja Matriz de Sant’Ana

Em 1905, a prática do futebol chegou até a praça. Conforme crônica de José Leal e confirmação do professor Pedro dos Santos Tatoni, tudo começou por iniciativa de Arthur D’Avila Ribeiro, que trouxe uma bola de futebol e se reuniu com amigos para jogar bola no local. Logo, alguns dias depois, formaram o primeiro time da cidade. Arthur foi árbitro do jogo entre os Camisas Vermelhas e os Camisas Azuis, o primeiro da cidade.
Conforme relato do professor Gilberto Giraldi, em 1918 havia dois cinemas no largo do jardim, o Sant’Anna e o Recreio. Como na época o cinema era mudo, segundo o professor João Wilson Forlin, durante as exibições dos filmes, os músicos tocavam, fazendo efeitos especiais. Nos anos seguintes, outros cinemas foram criados em volta da praça, para que os casais de namorados passeassem e sentassem-se nos bancos de madeira, após assistirem os filmes.

Foto de Virgílio Forlin mostra população ao redor do coreto da Praça Central
Ao redor da praça, também funcionava a sede do jornal A Imprensa
Imóvel que pertencia à família Chiachiri e segue na Praça Capitão João Pinto Fontão, onde hoje funciona a loja Samuel Tecidos

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