Vetou
O presidente Jair Bolsonaro vetou trecho da lei que previa distribuição de absorventes femininos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua. Ele justificou o veto dizendo que a lei não estabelecia fonte de custeio, o que violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), relatora do projeto, ressaltou que uma a cada quatro jovens não frequenta as aulas durante o período menstrual justamente pela falta de absorventes. Os vetos do presidente agora serão analisados pelo Congresso Nacional, que pode decidir mantê-los ou derrubá-los.
Em Vargem
Nas redes sociais, bolsonaristas de carteirinha elogiaram o veto do presidente e como sempre, usaram da esfarrapada desculpa de que a lei foi proposta por “esquerdistas”, mostrando total falta de sensibilidade com jovens pobres, cuja família tem de optar entre comprar o feijão para comer ou absorventes para suas filhas. A constrangedora opção de uma jovem estudante pobre usar papel, pano ou qualquer outro objeto na tentativa de amenizar a menstruação, não passa pela cabeça destas pessoas que nunca vivenciaram uma situação dessa e não fazem a menor questão de tornarem-se um pouco mais humanas com o sofrimento alheio. A pobreza menstrual afeta 26% das mulheres no Brasil e segundo reportagem do jornal Estadão, só piorou com a pandemia.
Enquanto isso
O “calcinha apertada”, apelido que os bolsonaristas deram ao governador Dória do PSDB, lançou no meio do ano o programa Dignidade Íntima, investindo R$ 30 milhões na distribuição de produtos de higiene menstrual a alunas de escolas da rede estadual. Segundo o governo de São Paulo, a verba será aplicada pela Secretaria da Educação por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola e vai beneficiar, principalmente, estudantes em situação de vulnerabilidade econômica e social.
Coringa
Homem de confiança do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), o atual diretor de Planejamento Celso Bruno foi designado temporariamente para ser o superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE). Celso, que já ocupou durante muitos anos o cargo de chefe de Gabinete de Amarildo, além de outros cargos de direção, conhece bem os trâmites do SAE, onde inclusive é lotado como servidor municipal.
Próximo presidente
Faltando pouco mais de dois meses para Itaroti (PTB) deixar a presidência da Câmara Municipal, segundo os burburinhos, tudo indica que o próximo presidente do Legislativo vargengrandense será o vereador Paulinho da Prefeitura (PSB), que já ocupou o cargo antes de Itaroti. A eleição de Paulinho é tida como certa, pois o grupo político ao qual pertence, já teria fechado quem seriam os presidentes durante os quatro anos da atual legislatura.