Clientes do posto não foram atingidos pelo golpe segundo a Polícia Civil, que desvendou o caso
Em entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande, o delegado de polícia Antônio Carlos Pereira Júnior confirmou que o golpe dado por funcionários de um posto de gasolina no município, aconteceu junto à Maga Rede de Serviços de Vargem Grande do Sul, com a polícia desvendando o golpe que pode chegar a R$ 300 mil de prejuízo para o dono do estabelecimento. O delegado também disse que os clientes do posto de gasolina não foram lesados pelos cinco suspeitos de desfalque na empresa.
Segundo apurou o jornal, no dia 28 de setembro um dos sócios da empresa esteve na delegacia de Vargem, noticiando que há alguns meses vinha notando que estava tendo prejuízo na sua contabilidade, uma média entre R$ 40 mil a R$ 50 mil por mês. Informou também à autoridade policial que tinha ouvido que seus funcionários estariam envolvidos no desfalque que estava ocorrendo na sua firma.
Foi então elaborado um Boletim de Ocorrência, juntado cópias dos balancetes e uma equipe da Polícia Civil de Vargem, sob o comando do delegado Antônio Carlos, começou a investigar o caso. De início, os policiais identificaram três funcionários que poderiam estar envolvidos, sendo que o que mais chamou atenção dos investigadores, foram as compras de motos, caminhonete, carros, dentre outros produtos, que os investigados fizeram nos últimos meses.
O golpe do ímã
Os três funcionários suspeitos acabaram por confessar o crime na delegacia. Eles disseram que compraram pela internet um ímã de neodímio, que era colocado sobre o dispositivo da bomba de gasolina, travando o registro da saída de combustível da bomba, que marcava a litragem vendida. Isso, segundo relatou a autoridade policial ao jornal, funcionava dentro da bomba, sem prejuízo para o consumidor que estava abastecendo seu veículo.
Citou como exemplo o delegado, que ao final do expediente a bomba marcava para o dono do posto que tinha saído 100 litros de combustível, por exemplo, mas na verdade tinha saído 150 litros. O valor desse excedente, os funcionários pegavam e dividiam entre si. O ímã era colocado por uma ou duas horas, durante o turno de trabalho dos envolvidos, depois que a gerente ia embora.
Informou o delegado Antônio Carlos que pelo que foi apurado até agora, os suspeitos estavam agindo assim desde março deste ano, tirando por dia algo em torno de R$ 1.300,00 a R$ 1.400,00, que eram divididos entre os funcionários. Dois funcionários teriam confessado que se apossaram de mais de R$ 40 mil cada um e um outro afirmou que obteve em torno de R$ 30 mil com o golpe.
Foram apreendidos R$ 15 mil em dinheiro
No transcorrer das investigações, foi apurado a participação de mais dois funcionários no esquema ilícito, totalizando cinco pessoas a agirem na fraude contra os proprietários do posto Maga de Vargem Grande do Sul. Os investigadores apreenderam a quantia de R$ 15.557,00 em dinheiro junto aos envolvidos e dez ímãs utilizados no golpe. Segundo o B.O, ainda foram apreendidos três celulares, um notebook, um aspirador de pó robô, duas correntes de aço inoxidável, 40 carteiras, além de roupas como bermudas, camisetas, meias e chinelos, todos comprados com o dinheiro proveniente do desfalque.
Compraram até caminhonete Hilux
Na entrevista que concedeu à Gazeta de Vargem Grande, o delegado Antônio Carlos Pereira Júnior disse que os envolvidos compraram quatro motocicletas, dois carros, sendo um Gol e um Golf, além de uma caminhonete Hilux.
Com as provas que a polícia tinha, o delegado representou junto à Justiça de Vargem pelo sequestro destes bens, sendo que no dia 28 de outubro, estes veículos foram sequestrados pelo oficial de Justiça, com o apoio dos policiais civis. Estes veículos ficarão depositados para a vítima, até decisão final da Justiça.
Os autores do crime deverão responder por crime de furto qualificado mediante fraude e associação criminosa. Por enquanto eles respondem em liberdade e se forem condenados, a pena por furto qualificado mediante fraude é de dois a oito anos de reclusão e a associação criminosa, de um a três anos de reclusão. Segundo o delegado, as investigações continuam. “Estamos tentando apurar o montante que foi desviado e levantar alguns outros bens que possam ter sido adquirido pelos autores do crime”, afirmou Antônio Carlos.
Fotos: Polícia Civil