Em desentupimento de esgoto, SAE retira até animal morto da rede

Em desentupimento do PV próximo à Av. Antônio Pedro Cavalheiro, prefeitura retira muito material que não deveria ter sido despejado na rede de esgoto. Foto: Prefeitura

Basta chover com um pouco mais de intensidade, que os moradores do final do Jardim Dolores voltam a sofrer com os rompimentos da rede de esgoto.
No final de outubro, a equipe de reportagem da Gazeta de Vargem Grande esteve no local, na avenida Antônio Pedro Cavalheiro, no início da estrada que vai para a Lagoa Branca, onde mais uma vez, havia o acúmulo de água e esgoto após a chuva que atingiu a cidade naquela semana.
Segundo os moradores comentaram com a reportagem, naquela ocasião, houve um rompimento na rede, na altura do final da rua Hélio Beloni, onde ao menos uma casa teve retorno de esgoto. A água ainda escorreu pela rua Aparecido Cossi, até chegar no início da estrada da Lagoa Branca.
A Gazeta perguntou à prefeitura se o município foi alertado a respeito do problema e qual providência foi tomada. Lembrou que neste ponto, o acúmulo de água e rompimento da rede é constante, sendo questionado por moradores, debatido na Câmara e tema de várias reportagens da Gazeta.
De acordo com o superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE), Celso Bruno, o sistema de esgotamento sanitário da Avenida Antônio Pedro Cavalheiro trata-se do Tronco Coletor mais extenso da cidade, do total de três, o mesmo inicia-se no Conjunto Habitacional Homero Correa Leite, passa pelo Jardim Paulista, Jardim do Lago I, Jardim Ferri, Jardim Cristina II, Jardim do Lago II, Jardim Dolores, Jardim São Cristóvão, Parque Industrial I, atravessa a SP 215, próximo a Lajes Picolo, descendo pelos fundos do Jardim Iracema e conecta-se ao Tronco Coletor I, às margens do Rio Verde, onde segue seu percurso até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Esse tronco coletor tem a extensão de aproximadamente 4,30 km, sendo que o local do extravasamento acontece no ponto mais baixo, ou seja, o ponto crítico em que
os dejetos jogados na rede de esgoto tendem a parar, causando a obstrução e consequentemente o vazamento do efluente, sendo neste caso o Poço de Visita (PV) no final da avenida Antônio Pedro Cavalheiro.

Tralha na rede
“Sendo assim, uma das causas do constante entupimento e extravasamento do esgoto neste local é pelo fato de vários objetos que são descartados de forma indevida na rede de esgoto como animais mortos, sacos de estopas, toalhas de banho, panos de prato, cacos de telha, pedras, cabo de vassoura, galho de árvore, pé de mesa de madeira, sacolas plásticas, terra, cabelo, areia entre outras, formando uma grande obstrução, represando os efluentes dentro do Coletor Tronco, causando o vazamento no PV mais baixo, sendo o local em questão, gerando transtornos para os moradores do local”, informou o superintendente.
O SAE realiza o desentupimento constantemente do local e conforme as imagens que foram enviadas à Gazeta, foram retirados do último desentupimento deste PV e também da grade da ETE, que mostram um animal morto e um sapatão, que foram jogados na rede de esgoto.
“Conforme pode se observar nas fotos, esse problema vem acontecendo de forma recorrente, não só nesse local, mas também em outros pontos da cidade e está relacionado a ligações irregulares de águas pluviais (água de chuva) dos quintais das casas na rede esgoto, e isso é grave”, destacou Celso Bruno.
Segundo o informado, o SAE encaminhou informações ao chefe do Executivo para que sejam tomadas providências a fim de minimizar essas ocorrências, pois a rede de esgoto só pode receber efluente proveniente das casas e em hipótese alguma água de chuva, que acaba levando consigo as sujeiras citadas e observadas. “No entanto, o problema não é nas tubulações, mas o que é lançado nela sobrecarregando a rede”, observou o superintendente.

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