Que 2022 venha com mais fraternidade

Os últimos anos foram de grande provação para a humanidade. A pandemia da Covid-19 que se iniciou no primeiro semestre de 2020 foi se intensificando e em 2021 foi devastadora. Em Vargem Grande do Sul, dezenas de pessoas perderam suas vidas, centenas de moradores ficaram doentes, muitos deles com gravidade. Felizmente, o ano termina com esperança, pela redução drástica dos casos positivos, dos meses sem nenhum óbito na cidade, mas com apreensão, pela chegada da ômicron, uma variante ainda mais transmissível do Sars-CoV-2.
O último editorial publicado em 2019 pela Gazeta de Vargem Grande na edição de 28 de dezembro do ano que terminava trazia como título “Que 2020 venha com mais empregos e geração de riquezas”.
Na ocasião, o jornal observava que a economia dava indícios de que uma boa maré se aproximava, trazendo geração de empregos e crescimento econômico. Mas esse clima de otimismo durou poucos dias e a boa maré do crescimento entornou com a pandemia da Covid-19.
Já o último editorial de 2020, da edição de 31 de dezembro do ano passado foi intitulado “Que 2021 venha com mais Saúde”. O texto pedia saúde a todos os vargengrandenses, para o enfrentamento da pandemia, para a chegada da vacina, que de fato veio em fevereiro, para que a cidade pudesse atravessar o ano com o mínimo sofrimento possível.
E o ano foi de muitos desafios. A ala Covid-19 do Hospital de Caridade lotada, muita gente precisando de leitos em Unidades de Terapia Intensiva, dificuldades em se encontrar medicamentos, apreensão com os níveis de oxigênio. Os comerciantes vendo dia a dia as contas acumularem, sem perspectiva de retomada das atividades, as famílias sofrendo com o desemprego e a necessidade de amparo da Ação Social. Foram semanas assustadoras.
No segundo semestre, com a expansão da vacina e a queda de casos, a cidade passou a sentir o alívio proporcionado pela abertura gradual das medidas de isolamento. As aulas foram retomadas, o comércio passou a ter horário de funcionamento ampliado, as celebrações religiosas presenciais puderam ser reiniciadas.
Enfim, a esperança de que o fim se aproximava tomou a todos. E mais uma vez, a pandemia veio para mostrar que não vai arredar o pé tão fácil assim. Pela primeira vez, foram registrados no mundo mais de um milhão de casos de Covid-19 em um único dia. Em 27 de dezembro, a plataforma “Our World in Data”, associada à Universidade de Oxford, anotou o recorde de 1,4 milhão de casos em 24 horas.
E por mais que os casos dessa variante não sejam tão graves, como eles são muitos, a possibilidade de voltar a ter aumento de internações e outras intercorrências, aumenta.
Assim, neste último editorial de 2021, a esperança é que 2022 seja um ano fraterno. Que as pessoas sigam solidárias, cuidando uma das outras, estendendo a mão a quem precisa. Com a Covid-19 mostrando que ainda pode causar transtornos, ´imprescindível que todos sigam buscando evitar aglomerações, usando máscara, higienizando as mãos. Essas medidas mostram que o morador se importa com a saúde de quem está ao seu redor.
Muita gente perdeu o emprego. Muitas famílias estão precisando de ajuda. Seguir com o espírito de solidariedade é imprescindível para a construção de um futuro mais justo, que começa agora, nesses primeiros dias de 2022.

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