Centenário da emancipação: o que seria exatamente?

Vista da cidade de 1921. Imagem faz parte do relatório apresentado aos deputados paulistas

Márcia Iared
Um centenário de alguma coisa, de alguma pessoa, de algum lugar é sempre um fato excepcional, posto que comemorar centenário é sempre coisa rara de acontecer.
Há pessoas que perguntam o que seria exatamente o Centenário de nossa Emancipação Política. Como sempre, quem pergunta demonstra interesse e por isso merece a resposta, lembrando aqui do querido professor Flávio Iared, que dizia nas aulas que quem não tem dúvidas, não chega a lugar nenhum.
O fato da emancipação política representar o desligamento de uma vila ou distrito dependente de outro, que por lei recebe sua demarcação oficial e passa a ser reconhecido como mais um município do Estado de São Paulo é realmente uma grande conquista.
Uma vez dada a resposta, não há quem não dê a ela toda a força do seu significado, o significado que a Liberdade tem para nós.
Todos sabemos que os jornais abrem e provocam grandes discussões e os três jornais do distrito também chamado por Bairro da Porteira há alguns anos já debatiam esta questão. Era comum os argumentos do tipo “Que vila, povo ou nação não espera mais cedo ou mais tarde a sua independência?”. Ou do tipo “É hora de rompermos esse cordão umbilical”, “há muitos municípios que não têm a estrutura que temos”.
A palavra mais importante para o cidadão sempre foi Liberdade.
E foi assim que naquele primeiro dia de dezembro de 1921, dia marcado para a votação do relatório, lá estavam ansiosos Belarmino Peres, o então sub-prefeito, Quinzinho Octávio, e João Pinto Fontão, grandes lutadores por esta causa, representando vários outros cidadãos eméritos de nossa terra. Com apoio do deputado Teóphilo Ribeiro de Andrade, que dirigia a sessão, sagraram-se vitoriosos.
No dia seguinte, a alegria tomou conta de todos, não havia mais adversários, o povo irmanado comemorava! “Agora, moramos em uma cidade, que é nossa e dela devemos cuidar para que possa se destacar e desenvolver”.
Mais de dois meses se passaram nas providências das instalações.
Finalmente chega o grande dia, 24 de fevereiro de 1922, quando então, no prédio da antiga subprefeitura, ainda hoje prédio da Câmara Municipal, acontece a aguardada votação para a composição da Câmara, tendo como presidente Quinzinho Otávio que na mesma data, elege entre seus pares o empreendedor Belarmino Peres como primeiro prefeito.
Começava ali o primeiro dia destes cem últimos anos.
Que o espírito cívico dos nossos homens de fibra dos anos 20 sirva de exemplo para o futuro.

Live show pelo Youtube
E com a mesma alegria e orgulho daqueles pioneiros do futuro, comemoremos juntos assistindo a live show de sexta-feira, a partir das 20h, pelo canal da prefeitura.
Músicas, belas histórias e danças homenageando nossos imigrantes.

Sábado
Missa solene às 19h na igreja matriz, pelas almas dos que se dedicaram a esta causa. Após missa, recital da tradicional banda Zequinha de Abreu de Santa Rita.

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