Seção em Vargem foi sorteada para ser auditada pelo Tribunal de Contas da União

O Tribunal de Contas da União (TCU) formalizou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um ofício requisitando acesso aos Boletins de Urna (BUs) de uma amostra de 4.577 seções eleitorais do 1º turno das Eleições 2022, que foram sorteadas aleatoriamente pelo órgão para serem submetidas à auditoria. Uma das seções sorteadas foi de Vargem Grande do Sul, sendo a seção 36.
A lista de seções sorteadas foi divulgada no dia 5. De acordo com o ofício endereçado ao Cartório Eleitoral de Vargem Grande do Sul, a avaliação vai comparar os BUs recolhidos com a totalização referente ao primeiro turno das Eleições 2022 divulgada pela Corte Eleitoral, a fim de avaliar a integridade das informações dos Boletins de Urna (BU) no processo de totalização dos votos.
À Gazeta de Vargem Grande, o chefe do Cartório Eleitoral, Silvio Luís D’Amico, informou que o boletim de urna foi encaminhado por Sedex para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo e, posteriormente, será encaminhado para o TCU.
Silvio explicou que é a primeira vez que essa auditoria do TCU ocorre e acredita que os boletins de urna também serão auditados no segundo turno da votação, que escolherá o Presidente da República e o Governador do Estado de São Paulo.
Apesar do resultado ainda não ter chegado, Silvio está confiante de que não haverá indício algum de fraude. “Confio plenamente no trabalho de toda Justiça Eleitoral”, afirmou.

O sorteio
De acordo com o TSE, foram requisitados BUs de aproximadamente 2,3 mil municípios. Isso significa que cerca de 40% dos municípios com eleição, no Brasil e no exterior, terão pelo menos uma urna auditada pelo TCU. Das 4.577 seções sorteadas, cerca de 970 estão localizadas em capitais e dez no exterior. A meta mínima de conferência é de 4.161 BUs.
Conforme o informado, a amostra requisitada tem grau estatístico de confiabilidade de 99% e margem de erro de 2%, além de considerar a variância de 50%. Os parâmetros foram estabelecidos pela equipe de auditoria do TCU considerando critérios de risco. Segundo o TSE, cada uma das 472.075 seções eleitorais que funcionaram no primeiro turno do pleito tinham a mesma probabilidade de ser selecionadas.
O resultado desta fase da auditoria constará dos próximos dois relatórios a serem produzidos pelo TCU sobre o sistema eletrônico de votação. A previsão é de que sejam divulgados nos meses de novembro e início de fevereiro, respectivamente.

Auditoria do TCU
Com o objetivo de garantir a confiabilidade das informações repassadas pelas instituições públicas à sociedade, o TCU iniciou, em 2021, auditoria na sistemática da votação eletrônica brasileira. O prazo estimado para a conclusão é março de 2023.
Dividida em seis etapas, a auditoria vem, desde o ano passado, acompanhando concomitantemente a implementação das oportunidades de melhoria apontadas pelo TCU no processo eleitoral para a realização das Eleições de 2022. A sexta e última etapa consiste na consolidação das etapas anteriores e no monitoramento constante da implantação das melhorias recomendadas pelo TCU.

TSE pede resultado de auditoria
O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu em despacho ao Ministério da Defesa que o governo encaminhe uma cópia dos resultados da auditoria feita pelos militares nas urnas eletrônicas usadas no primeiro turno das eleições. O despacho foi assinado no domingo, dia 9, e divulgado nesta segunda-feira, dia 10.
Desde que foi convidado a integrar o Comitê de Transparência Eleitoral criado pelo TSE para dissipar boatos e comprovar a integridade das urnas, o ministério enviou dezenas de “sugestões” para melhorar a segurança das eleições – incluindo diversas medidas que já eram adotadas ou que não faziam sentido prático.
Questionado após a conclusão da apuração do primeiro turno, Bolsonaro evitou comentar as suspeitas que vinha lançando sobre a lisura do processo e disse que aguardaria o parecer dos militares das Forças Armadas que estiveram na ‘sala-cofre’. A sala de totalização do TSE é aberta ao governo, a entidades fiscalizadoras e aos partidos políticos. No entanto, esse parecer dos militares ainda não foi divulgado.

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