Há quatro anos teve início a reforma do prédio do antigo Clube Vargengrandense, localizado na Rua Quinzinho Otávio para no local abrigar o Centro de Convivência dos Idosos de Vargem Grande do Sul. Em agosto de 2018, o Clube passou a ser patrimônio público da Prefeitura Municipal. O processo do imóvel teve início em junho daquele ano, utilizando um meio jurídico previsto na Lei nº13.456/17, que permite que a Prefeitura se aproprie do imóvel para a destinação adequada. Desde o início, a intenção da prefeitura já era de reformar o local para que se torne o Centro de Convivência de Idosos.
Segundo o informado pela Prefeitura Municipal na época, constava no estatuto do antigo Clube Vargengrandense que quando o mesmo deixasse de cumprir com suas funções sociais, o imóvel e demais bens pertencentes seriam destinados a entidades assistenciais do município. O processo ofereceu chances a algum responsável ou representante do proprietário do imóvel de manter o bem em seu patrimônio, o que não aconteceu.
Ao jornal, a prefeitura informou que seria realizada a reforma das instalações, troca do telhado, adequação da parte hidráulica e elétrica, pintura, troca do piso, registro do bombeiro e demais atividades.
A reforma e recuperação do antigo Clube Vargengrandense teve início quase um ano depois, em julho de 2019. No mesmo mês, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) declarou de utilidade pública o terreno que tem frente à rua Sete de Setembro para fins de desapropriação no imóvel. A desapropriação teve como objetivo a ampliação do futuro Centro de Convivência do Idoso e a instalação da piscina, que começou a ser construída em 2022.
Sem resposta
A Gazeta de Vargem Grande contatou a Prefeitura Municipal para saber o que ainda falta ser feito na reforma e em qual etapa a equipe está no momento. O jornal ainda questionou qual a previsão de término da obra e quanto já foi investido na reforma. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
Obra
O jornal apurou que foram retirados os revestimentos das paredes, como reboco e azulejos, instalações hidráulicas e elétricas, piso, cobertura, pintura, vidros, portas e batentes, louças, metais e materiais que estavam apresentando danos ou em mau funcionamento. Todo telhado de madeira foi retirado e descartado e as lajes foram demolidas. O velho palco foi demolido e um novo foi construído no local.
No entanto, a empresa que fazia as obras no telhado não seguiu com o serviço no final de 2021 e a prefeitura precisou romper o contrato e contratar uma nova empresa, sendo que a obra foi retomada em fevereiro de 2022.
Clube Vargengrandense
O Clube Vargengrandense, inicialmente nomeado como Centro Artístico e Recreativo Carlos Gomes, foi fundado em 15 de janeiro de 1919 por Capitão Francisco Ribeiro da Costa, o Chico Ribeiro.
Um dos fundadores, Lindolfo Barbosa, organizou para que a sociedade conseguisse adquirir o prédio por meio de doações, tornando o local um ponto para a sociedade vargengrandense da época, sediando eventos e atividades na cidade.
O Centro Artístico tinha como presidente Antônio Carril Filho e a partir de 1938 foi reformado internamente, criando-se o Clube Vargengrandense, que durante muitos anos foi palcos de várias atividades, principalmente de bailes, sendo muito lembrado pelos saudosos carnavais das décadas de 70 e 80 que eram realizados em seus salões. Nos últimos anos, ele ficou desativado até passar a fazer parte do patrimônio público da prefeitura, em 2018.
Centro de Convivência do Idoso
Atualmente, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), o Centro de Convivência do Idoso “Haydeé e Antônio Longuini Neto”, está localizado na Rua Cel. Lúcio, nº 324, no Centro. O CCI oferece atividades para idosos a partir de 60 anos às terças, quintas e sextas-feiras, das 13h às 15h.
O Centro tem por foco o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social.
Além disso, a intervenção social deve estar pautada nas características, interesses e demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social.
Ainda devem incluir vivências que valorizam suas experiências e que estimulem e potencializem a condição de escolher e decidir. De acordo com o informado no site da Prefeitura Municipal, o Centro atende 235 idosos com atividades físicas, jogos, danças, grupos de discussão, passeios culturais e esportivos, participação em eventos, entre outros.
