
Quando o prefeito Celso Ribeiro (2001/2004 e 2005/2008) assumiu o cargo pela primeira vez em 2001, tendo como vice José Ricardo Buosi, o Zé da Kibon, a situação do abastecimento de água da cidade era muito complicada e corria o risco de acontecer um grande desabastecimento, pois a cidade havia crescido muito nas últimas décadas e a captação de água era a mesma no Rio Verde.
Em 2000 havia 36.302 moradores na cidade, segundo os dados do IBGE e a estrutura de captação era ainda a mesma de quando a cidade tinha cerca de 11.000 pessoas. No projeto de Celso e sua equipe constava a construção de um novo sistema de captação, nova rede de adução, armazenamento e tratamento de água.
Para solucionar o problema, era necessário o investimento de muitos milhões de reais, muito trabalho e criatividade, dado a escassez de recursos. A busca por recursos junto aos governos estadual e federal foi intensificada, uma vez que o sistema de abastecimento da cidade estava beirando o caos.
Quando chegava a estação da seca, era necessário improvisar a colocação de sacos de areia no local da captação, pois apenas um fio de água corria pelo Rio Verde e uma pequena barragem era improvisada para que as bombas pudessem trabalhar e captar a água para ser tratada na ETA do Pacaembu.
O cenário deparado por Celso Ribeiro e sua equipe era de um eminente colapso na captação e exigiu um plano revolucionário e corajoso, o de se construir uma barragem no Rio Verde para ter água armazenada o suficiente para dar conta do consumo dos vargengrandenses.
Sem dinheiro em caixa, Celso e sua equipe tiveram de usar muita imaginação, com o chefe do Executivo procurando o Departamento de Águas e Energia Elétrica-DAEE de Ribeirão Preto para conseguir a assessoria técnica e o projeto da futura barragem, o que foi prontamente atendido. Também Celso conseguiu as máquinas necessárias para começar as escavações junto ao terreno desapropriado.
Quando do início da barragem em 2001, era diretor do departamento de Água e Esgoto Tadeu Fernando Ligabue, depois diretor de Planejamento e o engenheiro Dionísio Anselmo Cacholla era o diretor de Obras. Ainda ligado à construção da barragem faziam parte da equipe Ângelo Aparecido Mortais, mestre de Obras e Serviços; Ivor José Barion, supervisor geral de serviços, Marçal Daniel de Andrade, diretor de Serviços Urbanos e Rurais; Amarildo Duzi Moraes, diretor de Finanças, Ricardo Fiorini Cadini, diretor de Água e Esgoto; Carlos Eduardo Martins, coordenador de compras e licitação e o chefe de Gabinete, Edson Nardini Sbardelini.
Após três anos e meio de construção, com uma área alagada de 220.000m2 e capacidade aproximada de 500.000m3 de reserva de água bruta, a barragem foi inaugurada no dia 19 de setembro de 2004 e levou o nome do industrial Eduíno Sbardellini, com a população dando um grande abraço na obra que se tornaria um divisor de água na história do abastecimento de Vargem Grande do Sul.
Para construí-la a prefeitura contou com a participação do governo estadual, através do DAEE, cujos engenheiros elaboraram todo o projeto técnico; com a parceria de empresários vargengrandenses e também com verba do governo federal.
Conforme matéria publicada na edição do dia 18 de setembro de2004 pela Gazeta de Vargem Grande, o antigo sonho do prefeito Celso Ribeiro só foi construído graças à sua obstinação e também por contar na sua equipe de governo com técnicos e funcionários que abraçaram a causa. Ela foi realizada pelo departamento de Obras, sob a responsabilidade do engenheiro Dionísio Anselmo Cacholla.

Nova estação de captação
Quem conheceu a antiga estação de captação de água construída há décadas atrás, certamente ficava imaginando como não tinha ainda acontecido algo pior, com bombas e fiação antiga no cômodo todo encharcado, com um transformador ameaçando cair, colocando em risco os operadores do setor.
A nova captação em um prédio apropriado, construído junto à barragem, com novo painel de controle e cabine de força, com três bombas submersas, sendo que duas trabalhavam diuturnamente e uma ficava de reserva, foi outro passo importante na modernização do sistema de tratamento de água do município.
Para levar a água ainda bruta até a ETA do Pacaembu, Celso Ribeiro investiu em uma nova adutora, com um custo na época de R$ 265.129,76, sendo que depois de construída a nova ETA junto à barragem do Rio Verde, esta adutora é usada para levar a água já tratada para ser distribuída para toda a cidade.
Nova estação de tratamento
Para completar todo o sistema planejado, foi construída uma nova Estação de Tratamento de Água-ETA, que leva o nome do ex-diretor e vereador Marçal Daniel de Andrade, com capacidade de tratar na época 200 litros por segundo, abastecendo toda a cidade.
Ela foi inaugurada em dezembro de 2008, pelo prefeito Celso Ribeiro que estava no final do seu segundo mandato, mas o início de sua operação aconteceu em 13 de julho de 2009, já sob a administração do prefeito Amarildo, que ganhou as eleições logo após a administração de Ribeiro. Também no local, na administração de Ribeiro foi construído um reservatório de água tratada com capacidade de 1 milhão de litros. Também a construção de um reservatório de 500 mil litros no Jd. Paulista, é obra sua.
Na entrevista que concedeu à Gazeta, o ex-prefeito Celso Ribeiro disse na época que foi com satisfação que ele viu a chegada da água nos lares vargengrandenses. Ele falou da luta que foi para conseguir todos os recursos investidos no setor de água durante os oito anos em que administrou a cidade. Explicou que com a construção da nova ETA, a antiga adutora não suportava a demanda e foi necessário construir uma nova adutora para levar água aos outros bairros existentes acima do asfalto e que utilizou 2.378m de canos de 250mm e mais 2.695m de 200mm, totalizando mais de 5km de adutoras, cujos investimentos chegaram a R$ 700 mil. Foi uma obra complexa, pois a adutora saiu da ETA do Pacaembu, percorreu toda a cidade e atravessou o asfalto para levar água até os bairros mais distantes, como o Jd. Santa Marta.
Construção da ETE
Ainda para finalizar toda a transformação que realizou no serviço de captação, tratamento e distribuição de água em Vargem Grande do Sul, depois de mais de um século sem tratamento de esgoto, pois todos os dejetos produzidos pela população eram jogados sem tratamento no Rio Verde, poluindo o principal rio fornecedor de água do município, Celso Ribeiro no final de sua administração construiu a Estação de Tratamento de Esgoto-ETE, que recebe e trata mais de 90% do esgoto produzido na cidade e o devolve tratado ao Rio Verde.
Em 2000 havia 36.302 moradores na cidade, segundo os dados do IBGE e a estrutura de captação era ainda a mesma de quando a cidade tinha cerca de 11.000 pessoas. No projeto de Celso e sua equipe constava a construção de um novo sistema de captação, nova rede de adução, armazenamento e tratamento de água.
Para solucionar o problema, era necessário o investimento de muitos milhões de reais, muito trabalho e criatividade, dado a escassez de recursos e a busca por recursos junto aos governos estadual e federal, uma vez que o sistema de abastecimento da cidade estava beirando o caos.
A construção da barragem teve início em 2001
Agora em 2021, o IBGE aponta uma população em Vargem de 43.368 pessoas, aumento de 4.102 novos cidadãos em onze anos, pois em 2020 não houve Censo no Brasil. Nos últimos onze anos teríamos crescido 10,44% em termos populacionais, o que resultou em uma taxa de 0,94% ao ano.
Maior que na década passada, mas bem longe do crescimento vertiginoso ocorrido nas décadas de 70 e 80, quando Vargem cresceu extraordinários 5,23% e 4,18% respectivamente ao ano.