Prefeitos investiram na água durante décadas

Rossi também construiu um reservatório de 1 milhão de litros no Jardim Paulista

O prefeito Homero Correa Leite, que governou Vargem de 1977 a 1982, no final do seu último ano de governo fez uma prestação de contas à população, que foi publicado na edição da Gazeta de Vargem Grande e dela consta: “No serviço de água e esgoto, voltamo-nos principalmente para a colocação de mais tubulação, onde conseguimos suprir de água as Vilas Polar, Santana e Santa Terezinha, perfazendo um total aproximadamente de 40.000 metros de colocação de canos nos serviços de água e esgoto”.
O prefeito também afirma que construiu na Vila Polar uma caixa de água com capacidade para 100 mil litros, resolvendo de vez a escassez do precioso líquido naquele bairro. “Para a Vila Santana compramos o reservatório e já há verbas liberadas para a instalação da mesma com capacidade para armazenar 50 mil litros. Vale dizer que quando assumimos a Prefeitura, era necessário fazer 30 viagens com caminhões d´água para suprir as necessidades da população carente de água. Hoje, com o aumento substancial da população, são feitas duas viagens no máximo. Triplicamos os filtros e aumentamos o número de bombas de captação”, descreve o prefeito Homero na sua prestação de contas.

Alfeu investiu em reformas e novas obras
Durante três gestões o prefeito Alfeu Rodrigues do Patrocínio governou Vargem Grande do Sul e acompanhou todos os problemas que o município viveu com a falta de água. Em 2 de fevereiro de 1985, na terceira vez que administrava a cidade, na matéria publicada pela Gazeta de Vargem Grande a principal notícia era que entrara em operação uma nova adutora construída pela administração de Alfeu, medindo cerca de um quilômetro e com capacidade de abastecer futuramente toda a cidade.
Era a segunda adutora construída por Alfeu, que em entrevista ao jornal profetizou que não iria mais faltar água na cidade e que o problema maior que sua administração iria enfrentar seria o tratamento da água, prioridade para aquele ano. “Começaremos a resolver com a construção de um novo reservatório com capacidade de armazenar um milhão de litros de água tratada”, informou na ocasião ao jornal. O reservatório que existia na época era suficiente para armazenar apenas 600 mil litros, segundo o prefeito.
Além da construção do reservatório, Alfeu pretendia restaurar a ETA, recuperando o decantador com módulo e o floculador, que já estavam quase obsoletos. “Os dosadores de sulfato e cal também deverão ser recuperados, pois estão em precárias condições”, disse o prefeito.
Alfeu também construiu um poço semiartesiano no Jd. Santa Marta que estava com uma boa vazão de 30 mil litros por hora, abastecendo também o Jd. Dolores e a água que sobrava estava sendo canalizada para atender a Vila Santa Terezinha.
Em 25 de dezembro de 1985, a Gazeta de Vargem Grande noticiava que parte das reformas da ETA estavam prontas. “A água proveniente do Rio Verde recebeu o sulfato de alumínio passando pelas chicanas, sendo levadas em seguida ao decantador de onde saiu quase cristalina”, informava a matéria.
Uma empresa de saneamento havia construído um novo floculador (chicanas) para limpeza da água e restaurado o antigo decantador com sucesso, deixando o prefeito satisfeito com os resultados ao ver que a população vargengrandense passaria a consumir novamente uma água potável e cristalina. A última etapa das reformas realizadas por Alfeu, seriam a construção de novos filtros e a reforma da parte hidráulica.
Mas, o crescimento da cidade preocupava e somente no mês de novembro daquele ano, cerca de 50 novas ligações de água foram feitas e a construção do novo reservatório de um milhão de litros se fazia urgente. A ETA tinha aumentado sua capacidade de tratar a água, mas à noite as bombas eram desligadas pois não havia lugar para estocar a água tratada que não era consumida e não tinha onde ser reservada. A previsão era de construir em 1986 o novo reservatório de um milhão de litros, o que acabou acontecendo.
No final da sua administração, Alfeu construiu um novo decantador de água junto à ETA do Pacaembu, com capacidade de tratar 80 litros de água por segundo, perfazendo quase 7 milhões de litros por dia, conforme noticiou a Gazeta de Vargem Grande na sua edição de 1988.
Devido ao alto consumo de água, a falta do decantador fazia com que a água chegasse nas casas com a cor amarelada, embora ela fosse de boa qualidade, segundo a responsável pelo setor disse ao jornal na época. Com o decantador entrando em funcionamento, melhoraria em 100% a qualidade da água consumida pelos vargengrandenses há cerca de 30 anos.
O consumo na época era de 8.280 milhões de litros de água por dia e a seca ameaçava, com a captação sendo feita ainda no Rio Verde e na represa do córrego “Laçadinha”, que com a seca, havia baixado cerca de 30% da sua capacidade.
Mas, mesmo com todas as melhorias, em 25 de agosto de 1988 foi manchete na Gazeta de Vargem Grande: “Falta água em vários bairros”. A matéria relatava que várias residências da cidade, localizadas em bairros diferentes estavam ficando praticamente sem água o dia todo. Faltava água na rua Saldanha Marinho, no Centro, em ruas da Vila Santana e principalmente na Vila Polar. A causa, conforme informação dos funcionários da ETA na época, eram defeitos nas adutoras e redes de distribuição.
Para solucionar o problema, conforme as informações obtidas, estudos estavam sendo feitos por técnicos de Campinas para adaptação de bombas injetoras na rede de distribuição, visando forçar a água dos reservatórios maiores aos pontos mais distantes da cidade.

Rossi construiu um reservatório de 1 milhão de litros
A dificuldade de se obter dados históricos sobre o serviço de água da cidade é grande, uma vez que não existe tanto na prefeitura como no SAE, um arquivo ou um local que tenha estes dados. Foi uma dificuldade grande em saber em qual gestão foi inaugurado o reservatório de 1 milhão de litros no Jd. Paulista. Depois de muito pesquisar, o jornal foi informado que o reservatório de 1 milhão de litros construído no Jd. Paulista, foi obra do prefeito José Carlos Rossi.
Também através das páginas da Gazeta de Vargem Grande, temos a manchete publicada em 7 de março de 1990, onde se lê que foi inaugurada uma nova adutora no Jd. Paulista pelo ex-prefeito Rossi.
Segundo a matéria, a falta de água nos bairros Jd. São José, Paulista, Primavera e Cohab Homero Correa Leite era um problema crônico para os moradores, pois faltava água o dia todo, chegando somente às 22hs e secando as torneiras logo no dia seguinte.
Com a aquisição da adutora de 4 polegadas na administração Rossi, com três quilômetros de extensão, o prefeito conseguiu solucioná-lo. Segundo Rossi, foi adquirido uma bomba que foi instalada na ETA para dar maior pressurização na rede, sanando definitivamente o problema de falta de água naqueles bairros.
Acredita-se que também os prefeitos José Reinaldo Martins, Denira Rossi e Locatelli tenham também investido no setor de tratamento e distribuição de água. Porém, o jornal não obteve informações de algo mais relevante que fizeram no setor, sendo certo que José Reinaldo e Locatelli construíram cada um, novos filtros na ETA do Pacaembu.

Reservatório de 1 milhão de litros construído pelo prefeito Alfeu

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui