A Gazeta de Vargem Grande segue com as entrevistas com os três candidatos a prefeito de Vargem Grande do Sul, José Carlos Rossi (PSD), que tem como vice o empresário Juninho Ranzani, Celso Ribeiro (Republicanos), cujo vice é o engenheiro Guilherme Nicolau e Magalhães (PL), que tem como vice o pastor Juliano.
Nesta edição, os três candidatos foram questionados sobre a Saúde, uma das áreas que mais preocupam os moradores e também os prefeitos municipais, por ser essencial na vida dos cidadãos. Mesmo sendo a pasta que mais verba recebe, os gastos nunca estão à altura da demanda e sempre há queixas dos usuários.
As perguntas foram iguais aos candidatos a prefeito, sendo que cada um e sua equipe respondeu de conformidade com o que acham, pensam e pretendem fazer caso sejam eleitos. Nas próximas edições, outras áreas serão abrangidas pelos candidatos.
Rossi fala sobre a saúde atual e conta seus planos para a área
Como analisa o departamento de saúde municipal no atual momento?
Não é exagero nenhum quando se diz que a Saúde em Vargem está na UTI. A situação atual é muito crítica, basta olhar nas redes sociais as queixas quase que diárias a respeito da precariedade em que se encontra a Saúde no município. Tivemos recentemente a morte de um bebê após ter um diagnóstico errado no PPA. Ainda temos a notícia de uma paciente que estava há dois meses indo no PPA com fortes dores e, como nada foi resolvido, agora ela está com um quadro grave de pancreatite! Será que a atual administração está esperando mais uma morte ocorrer para tomar providências? Vargem tem muito o que melhorar na Saúde!
Não podemos deixar de citar ainda os problemas no transporte de pacientes. Na minha gestão, o paciente será pego na porta de casa e deixado na porta de casa. E outra coisa: vamos acabar com esse problema de pacientes serem esquecidos ou deixados em outras cidades!
Qual o valor do orçamento municipal deste ano destinado ao setor de saúde municipal?
O Orçamento Municipal deste ano foi de R$ 209.837.700,00. Deste montante, R$ 28.582.316,00 são destinados ao Departamento de Saúde.
Acha que o mesmo é suficiente para fazer frente à demanda? De onde tiraria mais verbas para fazer investimentos na saúde?
Eu acredito que se esse valor fosse mais bem distribuído e aplicado, o resultado seria muito melhor e, certamente, a população não enfrentaria tantos problemas como os que ocorrem atualmente. Infelizmente falta um olhar mais atencioso e humano para a Saúde. Para investir mais neste departamento, eu pretendo buscar recursos junto aos governos federal e estadual. Além disso, outra medida que pretendo implantar é fazer com que a prefeitura não banque mais festas trazendo cantores famosos. Pretendo terceirizar esses eventos, pois assim iremos economizar dinheiro e investir na Saúde, que é uma das nossas prioridades. De que adianta fazer festas com artistas caros e o povo precisar ir para a UPA de São João da Boa Vista quando necessita de algum atendimento? Na minha gestão, nós iremos trabalhar para sermos referência na área da Saúde!
Aproximadamente quantos servidores municipais estão lotados no setor de saúde e se são suficientes para atender ao público?
Como não estou dentro da prefeitura, não tenho acesso ao número de servidores lotados nesta área. Contudo, a rede municipal conta com nove postos de saúde, além de outras unidades e setores, o que mostra a dimensão deste setor. Diante disso, entendo que, pelos problemas que a população tem enfrentado nos últimos anos, mais funcionários serão necessários para garantir um atendimento melhor.
Tem conhecimento do número de médicos contratados pelo poder público municipal para atender a saúde? Acredita que este número é suficiente?
Como não faço parte desta atual gestão, não tenho acesso a essa informação. No entanto, sabemos da falta de médicos, especialmente em pediatria e especialidades como neurologista, cardiologista, urologista, entre outros. Ao meu ver, temos que ter mais médicos especialistas atuando na rede municipal de Saúde.
Qual área da saúde vargengrandense estaria mais precária e precisando de uma intervenção maior do poder público. Caso eleito, o que e como faria isso?
O pronto atendimento ao meu ver é o setor onde a situação é mais grave. Diante dos problemas que estão ocorrendo no PPA, eu pretendo reativar a UPA. Essa unidade presta atendimento resolutivo e qualificado a pacientes com condições clínicas graves e não graves, além de prestar o primeiro atendimento a casos cirúrgicos e traumáticos. Quando um paciente chega a uma UPA, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Também é feita a análise da necessidade de encaminhamento do paciente ao hospital ou de mantê-lo em observação por 24 horas. A UPA oferece atendimento a urgências pediátricas, clínicas e odontológicas. Também faz acolhimento, classificação de risco, exames laboratoriais e de raios-X, além de observação individual. Cada unidade possui salas vermelhas, voltadas ao atendimento de casos mais graves, e leitos de observação pediátrica e clínica. Com a reabertura da UPA, a população não vai precisar mais ir até São João da Boa Vista em busca de um atendimento digno.
No seu entender, onde deveria haver mais investimentos, na prevenção junto aos postinhos de saúde, ou no atendimento de pronto-socorro, como o PPA, por exemplo?
Para que a população tenha menos necessidades do pronto atendimento na futura UPA que vamos reativar, nós pretendemos investir mais nos postinhos. Se trabalharmos mais na prevenção e no médico da família, teremos uma demanda menor de pessoas que necessitam de pronto atendimento, principalmente de pediatra.
Qual seu plano para melhorar o atendimento médico no PPA? Se eleito, o que faria para garantir esse melhor atendimento?
Esse atendimento será na UPA, a qual não deveria ter sido desativada jamais. Se essa unidade estivesse funcionando, não estaríamos enfrentando problemas tão graves na Saúde, como o paciente ser encaminhado para casa sem que se faça os exames necessários.
Outra coisa que quero deixar claro: não teremos mais esse protocolo desumano que dificulta a transferência dos pacientes para o Hospital de Caridade. Se o médico constatar a necessidade de encaminhar para o hospital, o paciente será transferido diretamente para lá. Não teremos mais essa dificuldade e a população será tratada com o devido respeito!
Como analisa a atual situação do Hospital de Caridade? Se eleito, o hospital continuaria com um interventor ou conseguiria como prefeito influenciar para que uma nova diretoria fosse eleita para dirigir a entidade?
O Hospital de Caridade necessita urgentemente de um gestor. E nós vamos colocar uma pessoa devidamente qualificada para administrar a instituição, pois estamos lidando com vidas! Nós também iremos acabar com esse protocolo de não aceitar os pacientes do PPA ou da futura UPA. Além disso, vamos trabalhar para trazer mais médicos e não atrasaremos mais o salário dos funcionários, como tem ocorrido recentemente.
Se eleito, tem algum plano especial para o Hospital de Caridade?
Além de repassarmos mais recursos ao Hospital de Caridade para que possa atender melhor a população, vamos trazer mais médicos para que os poucos profissionais que atuam lá não fiquem sobrecarregados. Trabalhando dessa maneira, poderemos realizar muito mais cirurgias eletivas. Outra meta é colocar fisioterapeuta e psicólogo para acompanhar os pacientes.
No seu plano de governo, que ação de impacto está prevista para o departamento de saúde?
A primeira medida será colocar um novo diretor no Departamento de Saúde. Paralelo a isso, iremos reativar a UPA, contratar mais profissionais de especialidades, fortalecer os postinhos e o médico da família. Também vamos garantir medicamentos à disposição da população 24 horas, o que não ocorre atualmente. Isso é um direito do cidadão e que precisa ser cumprido pela administração municipal! Outra iniciativa é fornecer o kit lanche para todos os pacientes (e seus acompanhantes) que necessitarem realizar exames e demais procedimentos em outras cidades, o que muitas prefeituras da região estão fazendo e, infelizmente, a administração vargengrandense ainda não faz.
Também está nos nossos planos a criação do Centro de Referência em Autismo. Esta iniciativa firmará o compromisso da nossa administração com a saúde e o bem-estar de todas as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Será um espaço especializado, que oferecerá tratamento gratuito aos autistas, um passo significativo para a inclusão e o cuidado especializado. O centro também será um local onde as famílias poderão encontrar apoio, informação e cuidados adequados para seus entes queridos.
Na sua opinião, os problemas relacionados com o atendimento médico no PPA teriam mais a ver com o atendimento do profissional da saúde, no caso o médico, ou com a administração pública municipal? O que faria para melhorar?
Ao meu ver é com a administração pública. Para mudar essa situação teremos que reativar a UPA. Não vejo outra alternativa! A UPA é resolutiva, funciona 24 horas, tem mais médicos, realiza exames e oferece muito mais praticidade à população.
Enquanto a UPA não é reativada, vamos reformular o atendimento do PPA, colocando dois médicos e um pediatra 24 horas, além de acabar com o protocolo que dificulta as transferências de pacientes para o Hospital de Caridade.
Se eleito, o que faria para melhorar o controle de doenças endêmicas no município, como a dengue por exemplo?
Eu faria ações preventivas mais eficazes contra a dengue, o que infelizmente não foi feito nos últimos anos. E a maior prova disso foi o número alarmante de casos registrados em Vargem recentemente. A ideia é realizar campanhas de conscientização junto à população, intensificar as visitas nas residências, além de fazer nebulizações e mutirões para a remoção de entulhos, lixo e materiais que possam servir de criadouro para o mosquito transmissor da doença. Somente promovendo ações preventivas e conscientizando a população é que iremos combater a dengue com eficácia.
Acha suficiente a estrutura que o município tem na área da saúde ou pretende construir mais algum postinho, por exemplo?
Vargem conta com nove postos de saúde, inclusive a UBS “Dr. Natalino Lopes Aliende”, no Jardim Dolores, foi eu quem construí. Ainda temos o PPA, que também construí durante minha gestão, além do Centro de Saúde, SASP, CAPS, Centro de Especialidades Médicas, Centro de Atendimento à Mulher, Centro de Especialidades Odontológicas, o Setor de Vigilância em Saúde e a Farmácia “Márcia Coracini”. Além de reativar a UPA, uma das minhas metas é reativar a Unidade Básica de Saúde “Dr. Ítalo Quirino Stoppa”, na Vila Polar, que foi fechada pela atual administração. Com o crescimento da cidade, vamos estudar a implantação de novos postos de saúde em pontos estratégicos. No entanto, acreditamos que se essa estrutura atual funcionar com médicos e demais profissionais suficientes, teremos uma melhora significativa no atendimento à população.
O que sabe sobre a informatização dos prontuários médicos dos pacientes na rede de saúde municipal? O que fará se for eleito?
Quero deixar claro que quando eu estiver na prefeitura, a rede municipal de saúde será integrada totalmente entre a UPA e os postinhos. Isso vai facilitar para que o médico possa entrar no prontuário do paciente e saber como está sendo tratado, o que infelizmente não é feito. Também pretendo implantar o acompanhamento eletrônico dos pacientes que precisam ser transportados para fazer exames e demais procedimentos fora de Vargem. Assim, vamos acabar com o problema de esquecer pacientes em outras cidades, o que infelizmente tem ocorrido atualmente.
O que faria para diminuir as filas de exames médicos e das cirurgias eletivas?
Na minha gestão, eu pretendo trazer mais médicos para efetuar essas cirurgias, tendo em vista que nosso Centro Cirúrgico é um dos melhores da região. Vale lembrar que este centro foi possível graças a uma emeda parlamentar destinada pelo ex-deputado federal Nelson Marquezelli. Além disso, a prefeitura também tem condições de contratar esse serviço junto ao Conderg – Hospital Regional de Divinolândia e também na região. Também poderíamos terceirizar exames nos demais laboratórios da cidade, o que garantirá mais rapidez nos resultados. O que não pode mais acontecer é as pessoas morrerem por falta de atendimento. Temos um exemplo recente, onde deixaram de fazer uma cirurgia na vesícula de uma paciente e agora ela está com um quadro gravíssimo de pancreatite, correndo risco de morte. Na minha administração, nós vamos zerar a fila de cirurgias eletivas, o que não fizeram nesses últimos oito anos. Esse é meu compromisso!
Qual seu plano para a questão da dificuldade em se contratar pediatras para o setor municipal de saúde?
Basta a prefeitura pagar o valor justo para a categoria.
Magalhães analisa problemas na saúde e fala sobre soluções
Como analisa o departamento de saúde municipal no atual momento?
Na vereança nestes últimos 3 anos e alguns meses não há outra análise a ser feita senão ouvindo a própria população. Ao ouvi-la, sentimos que há a necessidade urgente de reformular e reestruturar o departamento. Este é o ponto de vista diante do que nos coloca a população, que está muito aquém do mínimo necessário.
Qual o valor do orçamento municipal deste ano destinado ao setor de saúde municipal?
Acha que o mesmo é suficiente para fazer frente à demanda? De onde tiraria mais verbas para fazer investimentos na saúde?
O orçamento votado e aprovado está nos “sites” da própria prefeitura, da câmara municipal e publicado no diário oficial do município. Com isso, conseguimos ampla cobertura por este veículo de imprensa. Como já dito anteriormente, há que se fazer planejamento pois, no primeiro ano sabemos que iremos trabalhar com um orçamento desenvolvido pela atual gestão, e que aprovado pela câmara deve ser respeitado. Quanto a tirar de algum lugar, sabemos que outros departamentos já estão espremidos, portanto, iremos nos dedicar ao planejamento para execução com responsabilidade dos projetos.
Aproximadamente quantos servidores municipais estão lotados no setor de saúde e se são suficientes para atender ao público?
Não tenho conhecimento do número exato de servidores, e, considerando que existem cargos de confiança e etc…na transição iremos constatar isso e aí poderemos afirmar se são suficientes ou não. Somos sabedores que cumprem seu papel com maestria, mas também iremos trabalhar com planejamento.
Tem conhecimento do número de médicos contratados pelo poder público municipal para atender a saúde? Acredita que este número é suficiente?
Não, não tenho conhecimento do número total de médicos, também com planejamento, chegaremos ao número ideal.
Qual área da saúde vargengrandense estaria mais precária e precisando de uma intervenção maior do poder público. Caso eleito, o que e como faria isso?
O departamento de saúde necessita urgente de uma remodelação e reestruturação. Iremos trabalhar em conjunto com técnicos na área, pois, a saúde como um todo necessita de agilidade, mas iremos elencar as prioridades que será levantado por esse corpo técnico e trabalhar de forma efetiva.
No seu entender, onde deveria haver mais investimentos, na prevenção junto aos postinhos de saúde, ou no atendimento de pronto-socorro, como o PPA, por exemplo?
São coisas distintas. Os postinhos trabalham com a prevenção, atendimento básico e encaminhamentos. Portanto, no que tange a prevenção, devemos olhar para os postinhos. O PPA, no que o próprio nome já diz, é para o atendimento a urgências e emergências, portanto, ambos devem ter um olhar diferente, mas ambos necessitam de investimentos.
Qual seu plano para melhorar o atendimento médico no PPA? Se eleito, o que faria para garantir esse melhor atendimento?
Como dito na resposta anterior, o PPA é procurado para casos de emergência e urgência. Se colocássemos na linguagem popular, seria um local de primeiros socorros, como a própria nomenclatura já traduz, então, ali não pode haver espera de horas conforme temos relatos inclusive nestes últimos dias. A integração desde o atendimento na recepção, pré consulta até o médico ou médica, deverá seguir um protocolo de agilidade.
Como analisa a atual situação do Hospital de Caridade? Se eleito, o hospital continuaria com um interventor ou conseguiria como prefeito influenciar para que uma nova diretoria fosse eleita para dirigir a entidade?
Se eleito, tem algum plano especial para o Hospital de Caridade?
Estando como vereador, sempre fui favorável aos projetos encaminhados pelo executivo seja em repasse de receitas ou qualquer outro projeto que alavancasse nosso hospital. Seria ideal que tivéssemos sempre a inscrição de chapas, mas caso isso não ocorra e é de responsabilidade do executivo indicar um interventor para que a população não seja prejudicada, o faremos.
No seu plano de governo, que ação de impacto está prevista para o departamento de saúde?
O maior plano de impacto é aquele que atende as necessidades da população: atendimento ágil e humanizado, especialidades atendendo com eficiência, transporte planejado, medicamentos disponíveis, farmácia 24 horas, atendimento de igualdade. Esses são alguns planos simples, mas eficazes.
Na sua opinião, os problemas relacionados com o atendimento médico no PPA teriam mais a ver com o atendimento do profissional da saúde, no caso o médico, ou com a administração pública municipal? O que faria para melhorar?
Meu ponto de vista é de que desde a abertura de um processo licitatório, elaboração desse processo, tem que ser feito com a presença de técnicos. O que se exigir? O que pode-se extrair ao máximo em um edital? E após isso tudo, decidido empresa que vai prestar esse serviço, o gestor do contrato deverá estar atento diuturnamente na execução com excelência do serviço.
Se eleito, o que faria para melhorar o controle de doenças endêmicas no município, como a dengue por exemplo?
Prevenção. Não há o que se falar nisso sem efetivamente combater preventivamente. O combate e prevenção devem partir através de campanhas mais efetivas de conscientização, como por exemplo, com auxílio da educação, sabemos que um grande elo com isso são as nossas crianças. Uma criança hoje, por exemplo, repreende um adulto por jogar um papel de bala em via pública.
Acha suficiente a estrutura que o município tem na área da saúde ou pretende construir mais algum postinho, por exemplo?
Não, não é suficiente. Apesar da reforma, podemos notar que o PPA não é suficiente para o atendimento da população. Além de novos postos de saúde, devemos estudar a necessidade de um novo PPA, é simples, só notarmos o crescimento da população. Talvez criar uma estrutura mais ampla junto as UBS’s do Jardim Paulista, Jd. Dolores, Santa Marta, Santo Expedito…várias probabilidades que estão em nosso radar.
O que sabe sobre a informatização dos prontuários médicos dos pacientes na rede de saúde municipal? O que fará se for eleito?
A tecnologia está aí, e deverá ser utilizada em favor da população. O intuito é de tornar o processo totalmente digital e interligado. O cidadão deve ser atendido no local mais próximo de onde se encontra. A pessoa reside no Jardim Santa Luzia e trabalha no Jardim Santa Marta, porque faremos sair do trabalho para ir a uma consulta na Vila Polar sendo que está a alguns metros de uma unidade que poderia atendê-la? Não vejo necessidade e nem lógica nisso.
O que faria para diminuir as filas de exames médicos e das cirurgias eletivas?
Estando vereador constatei inúmeros questionamentos de meus pares no poder legislativo, assim como também o fiz no sentido de que; o que falta para que o nosso hospital atenda a população. Assunto que iremos procurar nos aprofundar já a partir de 07/10/2024, pós-eleições. O que realmente “breca” isso? Considerando que a prefeitura faz vultuosos repasses, o que mais falta? Pode-se fazer mais, para que a população tenha um mínimo de dignidade em momentos difíceis que é a necessidade de um atendimento? Estando sempre dentro da legalidade, não iremos nos privar disso.
Qual seu plano para a questão da dificuldade em se contratar pediatras para o setor municipal de saúde?
Como já dito anteriormente, dezenas de questionamentos têm sido feito através do poder legislativo. Infelizmente, muitos destes questionamentos, não respondidos. Portanto, a partir de 07/10/24 onde já se dará início a um processo de transição, estaremos focados em entender ao máximo todos os departamentos da prefeitura, suas dificuldades e confrontá-los com a expectativa e necessidade da população. Não podemos perder tempo, pois Vargem Pode mais e isso terá que ser notado a partir de 01/01/2025.
Celso Ribeiro diz que saúde é uma de suas prioridades
Como analisa o departamento de saúde municipal no atual momento?
Se compararmos com o que tinha em 2016, houve um avanço extraordinário, mas vamos continuar investindo e muito, pois a Saúde tem uma procura muito alta, isso não só em Vargem, mas em todas as cidades e a pouca destinação de recursos do SUS – Sistema Único de Saúde, faz com que os gastos maiores fiquem com os municípios que têm pouca arrecadação. Para se ter uma ideia, em 2016 o município tinha apenas 9 médicos concursados, hoje são 22.
O município tinha em 2016, conforme informado, 4 especialidades médicas no total, hoje são 14 especialidades médicas apenas no CEM, sendo que nessas 14 especialidade são 20 médicos especialistas: 1 nefrologista, 1 alergologista (sendo que esses dois começam nos próximos dias), 2 Ortopedistas, 2 Dermatologistas, 1 Urologista, 1 Reumatologista, 2 Cardiologistas, 1 Vascular, 2 Neurologistas, 2 Pequena Cirurgia, 1 Neuropediatra, 1 Endocrinologista, 2 Gastroenterologistas e 1 Geriatra.
O PPA que no finalzinho da administração passada (2016) foi transferido para o prédio onde hoje funciona o CEM, sem o mínimo de estrutura, o que culminou pelo fechamento do mesmo pela Vigilância Sanitária do Estado em março de 2017, por inúmeras irregularidades. A atual administração realizou a adequação do prédio, construiu muro no entorno entre outras estruturas mínimas para o funcionamento do prédio e no local instalou o CEM. Atualmente na estrutura da saúde Municipal existem: 11 ESF – Equipes de Saúde da Família, PPA, Farmácia do Centro de Saúde II permitido “Dr. Gabriel Mesquita”, Farmácia de Alto Custo, Farmácia da UBS do Jd. Dolores, Farmácia do PPA, CAM – Centro de Atendimento à Mulher; Vigilância em Saúde (sanitária e epidemiológica) CEO – Centro de Especialidades Odontológicas, CEM – Centro de Especialidades Médicas, SASP e CAPS; Clínica Veterinária Municipal; 2 salas de fisioterapia (PPA e no Jardim Dolores) RT– Residência Terapêutica entre outros.
Em 2016 a rede municipal de saúde tinha apenas 4 Fisioterapeutas, atualmente são 12, e, esse número precisa ser ainda maior para atender a demanda, também foi aberta a nova sala de fisioterapia no Jardim Dolores e mais uma terceira sala de fisioterapia será aberta na Posto de Saúde “Dr. Edward Gabrioli” na Vila Polar.
Em 2016 eram 14 médicos atendendo por dia na rede municipal de saúde, atualmente o dia da semana que tem menos médicos atendendo no município são 26 médicos. No PPA em 2016 eram 2 médicos clínicos geral por plantão, atualmente de segunda, terça e quarta-feira no período diurno são 5 médicos por plantão de 12 horas, nos demais dias da semana são 4 médicos.
Dos médicos que já citamos acima, ainda atendem 9 médicos do programa Mais Médicos, mais 2 médicos efetivos de 40 horas semanais, 4 clínicos geral de 20 horas semanais, 4 pediatras atendendo nos postos, 3 ginecologistas no CAM e 1 infectologista na Vigilância Sanitária. A contratação de médicos é sempre uma questão difícil, mas vamos continuar investindo nesta questão.
Também a oferta de medicamento em quantidade e qualidade aumentou e muito, pois em 2016 foi investido R$ 620 mil e em 2023 mais de R$ 6 milhões (quase 10 vezes mais). Com exames em 2016 foram investidos 550 mil em 2023 mais de 6 milhões de reais (novamente mais de 10 vezes mais).
A fila de espera para cirurgia de catarata que era de 1290 pessoas está “zerada”, atualmente, praticamente não existe fila para cirurgia de catarata. Tínhamos mais 300 pacientes aguardando aparelho auditivo, hoje a fila está “zerada”, isso em razão de mutirões pagos pela Prefeitura Municipal junto ao Conderg.
No tocante a cirurgias eletivas gerais nesses quase 8 anos foram realizados mais de 10 mil cirurgias eletivas, a maior parte delas pagos pela Prefeitura Municipal, zerando ou reduzindo a fila de espera.
Também o SASP e o CAPS que fazem a saúde mental, tiveram um grande incremento com 3 psiquiatras e 7 psicólogos. Falando no SASP, é bom lembrar que em 2017 a obra de reconstrução do SASP foi encontrada paralisada e foi retomada, terminada e entregue à população.
Também não podemos esquecer a frota da Saúde que transporta pacientes para tratamentos em outros centros. Há alguns anos vimos o sucateamento destes veículos que são primordiais para os pacientes, deixando a Saúde sem transporte. Hoje temos 46 veículos trabalhando pela nossa população, temos a melhor frota da saúde da região.
Mas, como disse, Saúde é prioridade e precisamos continuar investindo e vamos fazer isso para avançar.
Qual o valor do orçamento municipal deste ano destinado ao setor de saúde municipal?
O orçamento de 2024 para saúde é de aproximadamente R$ 50.000.000,00 e pela legislação, os municípios devem aplicar no mínimo 15% nas ações de Saúde e o valor que Vargem Grande do Sul investe em Saúde é muito superior ao que pede a legislação, atualmente o município investe no mínimo 32% do Orçamento na saúde.
Acha que o mesmo é suficiente para fazer frente à demanda? De onde tiraria mais verbas para fazer investimentos na saúde?
Como colocado anteriormente, a demanda de saúde é grande e com a pandemia só tem crescido a procura pelo atendimento. Muitas pessoas também deixaram de pagar o plano de saúde e buscam o atendimento público, gerando uma demanda maior ainda.
O investimento na Saúde de Vargem, como demonstrado, utiliza-se no mínimo 32,5% do Orçamento Municipal, mas saúde é uma necessidade e vamos continuar esse investimento e se possível incrementar.
Aproximadamente quantos servidores municipais estão lotados no setor de saúde e se são suficientes para atender ao público?
A Saúde tem 360 funcionários e 8 estagiários, que estão divididos em todos os postos de atendimento que já citamos. A Saúde tem uma grande demanda, que aumenta ainda em alguns períodos específicos e precisamos continuar investindo nestes profissionais.
Tem conhecimento do número de médicos contratados pelo poder público municipal para atender a saúde? Acredita que este número é suficiente?
Já citamos a equipe médica anteriormente e é essencial a continuidade de investimento para atender a demanda de saúde.
Qual área da saúde vargengrandense estaria mais precária e precisando de uma intervenção maior do poder público. Caso eleito, o que e como faria isso?
A dificuldade que se enfrenta na saúde, é encontrar profissionais que se habilitem para trabalhar no serviço público, haja vista a incansável busca por pediatras para preenchimento do quadro. Vamos trabalhar em soluções viáveis para o município para essa demanda em todos os setores da saúde.
No seu entender, onde deveria haver mais investimentos, na prevenção junto aos postinhos de saúde, ou no atendimento de pronto-socorro, como o PPA, por exemplo?
A prevenção é um ponto essencial da saúde. Vamos investir para expansão do trabalho dos agentes de saúde que fazem um trabalho importantíssimo com conhecimento que têm das famílias. Desenvolver programas e projetos voltados para prevenção e manutenção do tratamento e controle de doenças crônicas. Com relação ao PPA é um local de atendimento de urgência e vamos continuar investindo para o trabalho naquele local.
Qual seu plano para melhorar o atendimento médico no PPA? Se eleito, o que faria para garantir esse melhor atendimento?
Se eleito, quando assumirmos iremos analisar e incrementar o atendimento do PPA sempre que necessário.
Como analisa a atual situação do Hospital de Caridade? Se eleito, o hospital continuaria com um interventor ou conseguiria como prefeito influenciar para que uma nova diretoria fosse eleita para dirigir a entidade? Se eleito, tem algum plano especial para o Hospital de Caridade?
O Hospital de Vargem Grande do Sul a exemplo da totalidade dos hospitais brasileiros, em função da baixa remuneração da tabela SUS, passa por sérias dificuldades financeiras. A Prefeitura vai repassar quase R$ 6 milhões ao nosso Hospital. Precisamos junto com a sociedade vargengrandense encontrar meios para viabilizar nosso Hospital financeiramente e, é claro, promover as melhorias necessárias.
No seu plano de governo, que ação de impacto está prevista para o departamento de saúde?
Vamos buscar informações junto aos responsáveis pelas unidades de saúde, ouvir servidores da área e outros profissionais da saúde para identificarmos as medidas que serão necessárias implantar, buscando sempre melhorar o atendimento em todos os equipamentos de saúde do município.
Na sua opinião, os problemas relacionados com o atendimento médico no PPA teriam mais a ver com o atendimento do profissional da saúde, no caso o médico, ou com a administração pública municipal? O que faria para melhorar?
Não devemos fazer pré-julgamentos de uma coisa ou de outra e sim analisar com critérios e informações seguras e verdadeiras para promovermos melhorias no atendimento do PPA, mas sempre é possível melhorar e estaremos atentos nesse sentido.
Se eleito, o que faria para melhorar o controle de doenças endêmicas no município, como a dengue por exemplo?
Faremos um trabalho preventivo junto à população, bem como naquilo que é de competência exclusiva do Poder Executivo.
Acha suficiente a estrutura que o município tem na área da saúde ou pretende construir mais algum postinho, por exemplo?
Acreditamos que precisamos ampliar algumas unidades de saúde e também construir novas unidades, pois a cidade conta hoje com 86 bairros. Vamos, com certeza, terminar e entregar as obras iniciadas e buscar recursos para novos postos. Algumas obras terão início ainda esse ano e caberá ao novo prefeito terminar esses investimentos.
O que sabe sobre a informatização dos prontuários médicos dos pacientes na rede de saúde municipal? O que fará se for eleito?
Pelas informações que temos, a Prefeitura já deu início a essa informatização. Acreditamos na importância da informatização pela agilidade que requer a saúde e isso vai melhorar muito não só para os pacientes, como também para os profissionais, por isso vamos investir ainda mais nesta questão.
O que faria para diminuir as filas de exames médicos e das cirurgias eletivas?
Pelas informações, Vargem Grande do Sul é uma das pouquíssimas cidades da região cujas cirurgias eletivas que não necessitam de UTI para sua realização, ou estão zeradas ou próximo de zerar. Vamos trabalhar intensamente e buscar zerar as filas daquelas que ainda existem e, manter o trabalho com as demais, evitando que as pessoas fiquem na espera, pois sabemos que, embora cirurgias eletivas não sejam procedimentos de urgência, elas devolvem qualidade de vida aos pacientes.
Qual seu plano para a questão da dificuldade em se contratar pediatras para o setor municipal de saúde?
Não é um problema exclusivo de Vargem Grande do Sul, algumas especialidades médicas possuem poucos profissionais no mercado, como é o caso do pediatra. Buscaremos meios para viabilizar a contratação desses profissionais.