Um ano de tristezas

A semana foi particularmente dolorosa. Na quarta-feira, a notícia da tragédia ocorrida em Suzano, onde dois jovens entraram atirando contra alunos chocou o país. E na sexta-feira, dia 15, mais um crime bárbaro: um atirador matou dezenas de pessoas que oravam em uma Mesquita, na Nova Zelândia.

Dois crimes chocantes, que pelo curto espaço de tempo em que ocorreram, só fizeram minar ainda mais o ânimo das pessoas, já abaladas por tantas tragédias recentes no Brasil, como o rompimento da barragem de Brumadinho, as enchentes que mataram dezenas de pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A série de notícias ruins, de crimes bárbaros, de pessoas perdendo a vida em situações trágicas expõe a necessidade cada vez maior de se praticar o amor, o respeito e a empatia na sociedade moderna. A humanidade está desaprendendo a viver em comunidade. Parece que tudo o que se avançou nos últimos anos em promoção da igualdade, em tolerância aos diferentes, em respeito ao próximo foi se perdendo com o acirramento do pensamento individual e do egoísmo.

E pelas redes sociais, o discurso de Deus acima de tudo parece ficar apenas nas palavras vazias. Pois é justamente no meio virtual que as pessoas estão cada vez mais sedentas do olho por olho. No tribunal on-line, cada internauta é o juiz e executor da sentença da execução sumária da dignidade alheia. Basta uma única postagem para que seu autor seja classificado de comunista, petralha, feminazi, machista, gayzista, fascista. Toda a complexidade do ser humano, todo contexto de uma vida são jogados fora.

É preciso com uma emergência cada vez mais aguda cessar esse movimento negativo. Praticar o amor, o respeito e a empatia é uma necessidade urgente. Entender diferenças, tratar bem o próximo, estender a mão a quem precisa é o que deve nortear uma sociedade. Ainda há tempo. O ano está apenas no começo.

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