Em tempo de pandemia, como diferenciar infecção de alergia

Fernanda é médica alergista e imunologista. Foto: Arquivo Pessoal

Dra. Fernanda Coracini Morandin Bombini

A chegada do outono e inverno traz consigo o aumento da prevalência de algumas doenças respiratórias, como o resfriado comum, a gripe e as pneumonias. No entanto, também é a estação onde há um aumento da incidência de algumas doenças alérgicas, como a rinite alérgica e a asma. O ar seco e frio dessa época do ano age nas vias respiratórias como um irritante e, no caso das alergias, as vias aéreas que já estão inflamadas, ao entrar em contato com o ar seco e frio, manifestam sintomas respiratórios. Dessa maneira, é extremamente importante diferenciar se o quadro apresentado pelo paciente se trata de causa infecciosa ou alérgica. Não é infrequente a confusão dos sintomas, sendo comum o paciente pensar estar sempre resfriado ou com infecção de repetição, quando na realidade pode tratar-se de uma doença alérgica que não esteja controlada.
A rinite alérgica não é contagiosa, não causa febre. Entre os sintomas mais comuns estão espirros, prurido, obstrução nasal e coriza. Algumas pessoas podem apresentar também sintomas oculares associados, como olhos vermelhos, lacrimejamento e fotofobia (a sensação de sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz). Os desencadeadores da doença podem ser vários como poeira doméstica, ácaros do pó doméstico, pelo de animais e polens, entre outros.
A asma causa uma inflamação dos brônquios, provocando falta de ar, chiado e/ ou dor no peito, tosse e opressão torácica. Não é transmissível e os sintomas costumam ser desencadeados por infecções respiratórias, exercício e exposição a alérgenos assim como na rinite alérgica.
O tratamento específico é individualizado, orientado pelo médico especialista. Como medidas gerais, para prevenir as alergias do outono/inverno, orienta-se evitar locais fechados, grandes aglomerações, lavar as mãos com frequência, usar álcool gel, vacinar-se contra a gripe e fazer o controle ambiental como a retirada de possíveis objetos que podem acumular ácaros, como cortinas e tapetes, encapar colchão e travesseiro com capa impermeável, deixar o ambiente iluminado e bem arejado, evitar exposição à fumaça de cigarro e à mudanças abruptas de temperatura do ar.
FONTE: ASBAI
Dra. Fernanda Coracini Morandin Bombini é médica Alergista e Imunologista. CRM 116806 / RQE 37452

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