Reabertura da quarentena deixa empresários otimistas

Comércio de Vargem já funcionava com medidas restritivas

A reabertura da quarentena no estado de São Paulo teve início na segunda-feira, dia 1º, após decreto do Governador João Doria (PSDB). O comércio de Vargem Grande do Sul tem voltado às atividades seguindo as restrições do Ministério da Saúde.
A Gazeta de Vargem Grande contatou o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Vargem Grande do Sul, Marcelo Terra, para saber como ele vê a questão da retomada das atividades comerciais com a flexibilização da quarentena. Para ele, isso é uma notícia muito boa, uma vez que sem faturamento, as empresas e o comércio fecham. “O dinheiro volta a circular e uma coisa leva a outra. Isto é, a economia volta a engrenar”, avaliou.
Sobre as perdas financeiras ocorridas neste período de isolamento social, o presidente explicou que isso foi uma coisa particular de cada setor. “Mas pelo que vimos e lemos, a coisa está difícil para todo mundo. Alguns setores têm mais e outros menos, mas a maioria está passando grande dificuldade”, lamentou.
Ele comentou que a ACI, como todas as outras entidades e setores tiveram que seguir o decreto e as normas ditadas pelo Governo Estadual e até a semana passada todas estavam fechadas, com exceção das atividades consideradas essenciais. Marcelo pontuou que a ACI tem esclarecido os direitos de seus associados neste momento. “Também em parceria com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), várias propostas estão sendo analisadas para ajudar e fortalecer nossos associados. Estamos à disposição de todos para auxiliar a esclarecer o que precisarem. Peço a todos que confiem em si mesmos, continuem trabalhando e o resultado aparecerá”, completou.

Comércio
A reportagem ainda entrou em contato com alguns empresários da cidade para saber como foram essas últimas semanas. Wilson Secco, da Opção Móveis e Eletrodomésticos, observou que ainda é cedo para fazer uma avaliação exata, mas pelos primeiros dias de portas abertas, o movimento estava acima do normal.
Segundo ele, isso se deve porque existe uma demanda reprimida por todo este tempo que trabalharam com mais restrições. Wilson contou que os clientes estão respeitando todas as medidas de prevenção. “Não temos encontrado dificuldades no atendimento aos clientes, e pelo tamanho da loja, não existe aglomeração, então fica fácil de trabalhar”, disse.
Ele pontuou que os clientes, na grande maioria, já se acostumaram com o uso de máscaras e quando eles não têm, a loja fornece, e o distanciamento é controlado, se necessário.
O empresário comentou que devido as medidas de restrição, sentiram uma queda bastante significativa nas vendas, porque mesmo trabalhando com mídias sociais, os resultados ficaram muito aquém do esperado. Wilson contou como acredita que será nas próximas semanas. “Acreditamos que será de intenso movimento, primeiro porque existe a demanda reprimida por todo este período de restrição, e segundo, tem mais dinheiro circulando face ao auxílio emergencial do governo, então fica a esperança de poder recuperar um pouco as perdas que tivemos”, completou.
A empresária Adriana Nogues Beloni, da Armazém Boutique, contou que as pessoas continuam comprando, mas o movimento caiu. Ela explicou que na loja, todas as funcionárias usam máscaras o dia todo e que as clientes só podem entrar no ambiente com máscara e após higienizar as mãos com álcool gel.
“Adotamos o distanciamento de dois metros e as clientes estão respeitando as regras, e nós também evitamos ficar com muitas pessoas dentro da loja ao mesmo tempo”, contou.
Adriana contou que acha que as pessoas diminuíram um pouco o consumo de roupas e sapatos, porque estão receosas e poupando o gasto de dinheiro. “Porém não estão deixando de comprar. Até entendo que as clientes têm conscientização de que se pararem de consumir, não vai ser bom pra ninguém, pois terá mais desemprego, por exemplo”, disse. A empresária disse que também percebeu que comprar roupas e sapatos novos acaba sendo um auto agrado, em um momento tão difícil, o que ajuda na auto estima. Ela crê que o comércio está apenas começando a melhorar e que logo estará tudo normal.

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