Wasps divulga a prática de Airsoft em Vargem Grande

Time irá receber brasões neste domingo. Foto: Arquivo Pessoal

Correção: A Gazeta de Vargem Grande inicialmente divulgou o time como sendo o primeiro a praticar o esporte na cidade, o que não é correto. Pelo erro, pedimos desculpas. Em contato com a redação do jornal, a equipe Frogman’s informou que vem praticando a modalidade em Vargem desde 2007. O equívoco ocorreu apenas no título da matéria, e no restante do texto, não havia nenhuma referência sobre o Wasps ter sido o primeiro time do município.

Segue a reportagem publicada no última sábado:

 

Um jogo esportivo que simula um combate, usa armas de pressão que disparam projéteis plásticos e parecem reais, o Airsoft vem ganhando adeptos desde sua criação no Japão entre as décadas de 70/80. Em Vargem Grande do Sul, foi criado recentemente o Wasps, que significa Vespas em inglês, por um grupo que começou a se interessar pelos combates com táticas militares e no próximo domingo, dia 28 de junho, realizará a entrega de brasões aos fundadores do time.

Em entrevista à Gazeta de Vargem Grande, André de Andrade, 54 anos, 3ºsargento da PM aposentado e um dos fundadores do Wasps, falou sobre os jogos e também como foi a criação do time. “Comecei a jogar no início de março deste ano com o pessoal de Vargem. Como só tínhamos um campo, tomei a iniciativa de arrumar um local e chamei outros colegas e veio a ideia de formamos um time”, explicou.
Segundo André, a inspiração do nome veio do local onde foram formar o campo, com muitos marimbondos. Daí surgiu a ideia de associar o brasão do time aos insetos, e como a vespa era um dos mais agressivos, optou-se em chamar o time de Wasps. Neste domingo, somente os fundadores do time, 10 ao todo, receberão o brasão que será entregue no campo da equipe.
O jogo simula um combate, explicou André, exigindo dos adeptos uma formação de bom caráter e honestidade, pois depende de cada um dos jogadores confirmar se foi atingido ou não e que deverá se declarar morto, deixando o embate. “Isso traz muita união entre os jogadores, formam-se boas amizades. É um esporte em que a honra do jogador é fundamental e que se destaca pelo realismo”, disse.
Para participar dos jogos, os participantes têm de possuir as armas próprias utilizadas neste esporte. “O designer das armas são bem reais, por isso a exigência delas terem um ponta vermelha ou laranja para diferenciar das reais e defini-las como equipamentos de airsoft. O projétil é uma esfera plástica de 6 mm, mas não causa danos aos jogadores”, afirmou André.
O airsoft tem uma legislação própria, as armas são todas numeradas, exigindo-se nota fiscal para o transporte das mesmas e exige-se dos jogadores todo um equipamento de segurança, visando proteger principalmente o rosto. “Apesar de não ser obrigatório, usamos luvas e uma farda camuflada”, comentou o militar aposentado.
Desde a sua fundação, o time de Vargem já fez quatro jogos, enfrentando convidados de Mococa e São João da Boa Vista. André explicou que nestes tempos da pandemia de Covid-19, todos os cuidados são tomados, mas ressaltou que é um jogo que não tem contato físico. “Só tiros”, brincou.

Para vencer os combates, é preciso estratégia

André explicou como funciona os combates simulados. Foto: Arquivo Pessoal

“A finalidade dos combates é conquistar o objetivo e para tanto, são montadas as estratégias de combate, para vencer o inimigo, tirando-o do jogo. Ganha quem conseguir atingir o objetivo, que pode ser a conquista de um território (bandeira) ou o desarme de um explosivo simulado. É como se fosse um game Counter-Strike”, disse, se referindo a um dos jogos on-line mais disputados no mundo atualmente. O embate pode ser vencido pelo time que tiver menos baixa.
Apesar de ser um jogo de predominância masculina, o time de Vargem já conta com duas mulheres e dele participam pessoas de várias profissões e está aberto a quem quiser disputar e tiver vocação, falou André.
Apesar de ser que exige armas e equipamentos de segurança, ele é acessível para muitas pessoas e segundo André, há uma parceria em Vargem com a empresa O Bonzão, que fornece armas e equipamentos com um bom desconto aos membros do time Wasps.
“Estamos estruturando o nosso time e já temos dois locais de jogos, o Colmeia I, que é um campo de Epq (combate em edificações) e o Colmeia II, que é um campo de floresta, onde se exige um combate mais tático”, explicou. O Wasps também se preocupa com o lado social e tem arrecadado alimentos para famílias carentes durante a realização dos jogos. Dados do time podem ser encontrados no seu perfil no Instagram.
Finalizando sua entrevista à Gazeta, André se disse muito entusiasmado com a criação do Wasps, pois o airsoft é para ele um jogo estimulante, onde corre muita adrenalina, chegando bem perto de um combate real, exigindo dos participantes muita concentração, várias táticas e conhecimento. “Principalmente, o jogo exige respeito, caráter e honestidade dos participantes, que têm de respeitar o comando para atingir o objetivo. Tem de ser um trabalho em grupo, onde a vitória vem da equipe. Não é um jogo individual”, afirmou.

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