Nenhum candidato a provedor se apresenta no Hospital

Prevista para ocorrer na terça-feira, dia 26, a eleição para a provedoria do Hospital de Caridade e dos membros do Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo não contou com nenhuma chapa inscrita. Assim, como no dia 31 encerra o mandato emergencial que os atuais dirigentes concordaram em seguir, mais uma vez o hospital corre o risco de ficar sem comando neste ano.
Atento à gravidade da situação, em que ainda se soma a dívida de R$ 4,5 milhões já divulgada pela Gazeta de Vargem Grande recentemente, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), informou que tem feito o possível para encontrar uma saída para a situação do Hospital de Caridade e fez um apelo ao empresário Jair Gabricho, que tem intermediado uma solução para a entidade, para que ajude a prefeitura nessa missão.

Histórico
A Mesa Diretora do Hospital de Caridade, cujo provedor até o dia 31 de dezembro de 2020 era o empresário Wagner Vilela Cipola, atendendo ao pedido do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), vai permanecer até o dia 31 de janeiro. Também os membros do Conselho Deliberativo, que era presidido por Cássio Abrahão Dutra e o Conselho Fiscal, presidido por Aparecido Giácomo Ranzani, falecido recentemente, concordaram em ficar até este domingo, dia 31.
Após a primeira tentativa de eleição realizada no final do ano passado já não ter sido realizada por falta de candidatos, a prefeitura foi avisada conforme determina o regimento interno do Hospital, para que o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) nomeasse um interventor.
Após reuniões entre prefeito e mesa diretora, foi combinado que os atuais dirigentes da entidade iriam permanecer até o dia 31 de janeiro e uma nova eleição seria realizada. Como esta nova tentativa também não prosperou, a prefeitura voltou a ser informada para que o prefeito nomeasse um interventor.

Prefeitura faz apelo a empresário para que conduza entidade

A Gazeta questionou a prefeitura sobre a gravidade da situação e sobre a nomeação de um interventor para o Hospital de Caridade. “A situação é gravíssima, pois além de não ter ninguém interessado em administrar o Hospital, a situação é agravada pela dívida que supera R$ 4,5 milhões”, observou o prefeito Amarildo.
“Somos sabedores da importância do Hospital de Caridade e estamos fazendo o possível para que nosso Hospital não feche suas portas, embora infelizmente essa possibilidade exista. Estamos em reuniões constantes com pessoas da sociedade buscando encontrar alternativas para ver se é possível montar uma diretoria provisória”, explicou.
“O empresário Jair Gabricho, que já foi provedor do Hospital, está colaborando conosco no levantamento de informações sobre os detalhes da atual situação administrativa e financeira da entidade, e na verdade estamos implorando ao Jair que nos ajude nesta tarefa, pois sem dúvida nenhuma ele é a pessoa mais qualificada que temos no município para essa difícil missão”, disse Amarildo.
O prefeito destacou a necessidade da união de toda a cidade para que o Hospital não feche suas portas. “Precisamos neste momento da união de toda sociedade vargengrandense, pois caso contrário nosso Hospital poderá sim fechar, a exemplo de Hospitais de cidades vizinhas. A prefeitura vem aumentando consideravelmente o repasse mensal ao Hospital e mesmo assim o problema financeiro só aumenta”, comentou. “O Hospital de Caridade é importantíssimo para nosso município, a prefeitura não medirá esforços para mantê-lo de portas abertas, mas sem ajuda da sociedade isso será praticamente impossível”, finalizou o prefeito.

Estudando
Procurado pela Gazeta de Vargem Grande, o empresário Jair Gabricho, sócio administrador do Grupo Fuzil, confirmou que esteve nesta sexta-feira no Gabinete com o prefeito Amarildo e o vice Celso Ribeiro (Podemos), que expuseram novamente ao empresário toda preocupação sobre a situação do Hospital de Caridade, cuja diretoria provisória entrega o cargo neste domingo.
Também o agravamento que a pandemia do coronavírus causa na saúde do município deve ter sido mencionado na pauta da reunião. Amarildo e Celso fizeram um apelo para que Jair assuma a direção do Hospital até que novas soluções sejam encontradas.
O empresário disse que de fato fez vários levantamentos junto ao Hospital, conversou com membros da diretoria, médicos e a gerência da unidade e que levou os dados e algumas sugestões ao prefeito e que quanto ao apelo feito pelo chefe do Executivo de assumir a direção do Hospital de Caridade, ficou de neste final de semana estudar o pedido e dar uma resposta ao prefeito.

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