Aumento dos combustíveis reflete em Vargem Grande

Litro da gasolina em Vargem varia de R$ 3,99 a R$ 4,49. Foto: Arquivo

Os constantes aumentos dados pela Petrobrás nos combustíveis desde o início do ano, tiveram reflexos também nos postos de combustíveis de Vargem Grande do Sul, conforme pode apurar a reportagem da Gazeta.
O posto que comercializava a gasolina comum mais barata na cidade, a R$ 3,999 no início do ano, agora está cobrando R$ 4,499 o litro. Ainda continua sendo o local onde se pratica o menor preço de combustíveis na cidade, com o etanol a R$ 3,29 o litro e o diesel a R$ 3,999 o litro. Nos outros estabelecimentos os preços variam um pouco, sendo que no mais caro, a gasolina comum está a R$ 5,199, o litro do etanol comum a R$ 3,899 e o diesel a R$ 4,599.
Segundo apurou o jornal, desde o início do ano, a Petrobras fez vários reajustes de preços de combustíveis, com o diesel e a gasolina já acumulando alta de, respectivamente, 27,5% e 34,8% em 2021. Foi o quarto reajuste da gasolina e o terceiro do diesel do começo do ano até agora e a tendência é de mais aumentos.
Os constantes aumentos dos combustíveis, principalmente do diesel, acabaram por refletir junto ao Planalto, com o presidente Bolsonaro se manifestando a respeito devido à pressão sofrida principalmente dos caminhoneiros, importante base de apoio à política do presidente da República.
No dia 12 de fevereiro, Bolsonaro encaminhou ao Congresso uma proposta que altera a cobrança do ICMS sobre combustíveis, medida criticada pelos secretários de Estado, que tem neste imposto um dos principais recursos dos estados. Também o presidente disse que irá zerar por dois meses a partir de março, os impostos federais que incidem sobre o diesel.
Mas, a atitude mais polêmica de Bolsonaro foi a substituição do presidente da Petrobrás, Roberto Castello no último dia 19, pelo general Joaquim Silva e Luna. Esta interferência de Bolsonaro na empresa fez com que a petroleira perdesse R$ 102,5 bilhões em dois dias no seu valor de mercado.
Outra atitude de Bolsonaro para tentar conter o aumento dos preços dos combustíveis, foi o decreto por ele assinado que vai obrigar os postos de gasolina a apresentarem aos consumidores o valor de impostos que incidem sobre os combustíveis. Os postos deverão exibir informações como preço de referência para cobrança do ICMS, valor do PIS/Cofins e valor da Cide, além de valor médio regional, deixando tudo exposto aos consumidores.
A Petrobras orienta sua política de preços pelo Preço de Paridade Internacional (PPI), sistema adotado desde 2016, fazendo com que os preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha variem de acordo com as cotações em dólar do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional, mesmo sendo produzidos no Brasil, com petróleo brasileiro.
Com endividamento ainda muito alto, em torno de US$ 75,5 bilhões, majoritariamente em dólar, em recente entrevista, Castello Branco que ainda é o presidente da petroleira, afirmou que o petróleo é uma commodity como outros produtos, que são cotados em dólar e seguem a lei da oferta e demanda global.
Quando a Petrobrás não seguiu a paridade dos preços nos governos do PT, a empresa perdeu US$ 40 bilhões e ainda hoje sustenta esta enorme dívida contraída por não subir os preços dos combustíveis no Brasil. Na sua gestão, a dívida da estatal foi reduzida em US$ 36 bilhões e na quarta-feira, a estatal apresentou um lucro líquido recorde de R$ 59,9 bilhões no quarto trimestre de 2020.
A Venezuela, que é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, quando seus dirigentes, a começar por Hugo Chaves, começaram a intervir na estatal de petróleo PDVSA, levou a que era uma das mais prósperas empresas da América do Sul no ramo, a fase quase falimentar que vive nos dias de hoje. Quando Chaves interviu na empresa, também nomeou um general para tomar conta da mesma.

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