Saiba como presentear de forma consciente no fim de ano

Foto: Arquivo Pessoal

A troca de presentes entre os familiares e amigos é algo que faz parte das tradições das festas de final de ano e confraternizações. O Guia de Natal da Gazeta de Vargem Grande conversou com a professora de Economia e coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (Unifae), de São João da Boa Vista, Carmen Lia Batista Botelho Romano (foto), para ensinar os leitores a fazerem compras conscientes durante as festividades, a fim de não comprometer a vida financeira do início do ano.
Para ela, o primeiro passo é pensar no que o 13º significa para você: um dinheiro extra ou uma ajuda para assentar as contas atrapalhadas. Se a sua situação for a de que o dinheiro ajudaria a pagar as dívidas, a primeira coisa a ser feita é uma definição de prioridades.
Se for um dinheiro extra, é hora de pensar o que poderia estar adquirindo em benefícios para si mesmo, como viagens, compra de perfume e, inclusive, presentear as pessoas especiais de forma consciente.
Para gastar de forma consciente e presentear sem estourar o orçamento, você deve saber qual é o seu orçamento e, dele, quanto pode ser gasto com presentes. “Faça uma lista de quais pessoas que você gostaria de presentear e o que você gostaria de dar para cada um. Depois, veja quem pode ser retirado da lista e analise quem deveria receber um presente mais elaborado ou uma lembrança”, disse.
Após, segundo a professora, é hora de olhar se as coisas que você gostaria de dar cabem no orçamento para não precisar parcelar as compras, pois o valor da parcela interfere diretamente no seu orçamento. “Trabalhe dentro da realidade. O que que eu posso? Tem muita gente que gasta por impulso, se enrolando para o resto do ano, às vezes muito mais. Então não posso dar um anel de brilhante, mas posso te dar um outro tipo de presente que seria tão bom quanto”, comentou.
Carmen falou que para aprender a administrar os gastos é preciso aprendizado. “É difícil, porque a pessoa pensa que está com um salário a mais, mas ele só vem uma vez por ano. Então você tem que pensar nos gastos do início do ano, como o IPTU, IPVA, matrícula escolar, novos uniformes e materiais. Existem alguns gastos que não tem como você escapar. Então, a pessoa tem que se acostumar com a vida dentro do salário que ela recebe”, pontuou.
A educação financeira, segundo a profissional, deve ser explorada desde a infância. “É preciso ver quanto vai repercutir os seus gastos, se passar no cartão para o próximo mês, você compromete o pagamento da mesma forma e apenas empurra com a barriga. Eu defendo a educação financeira desde pequenininho para aprender o que você pode gastar e o que você não pode, que se você fizer uma conta, você vai ter que pagar e que existem gastos que são imprescindíveis, como um plano de saúde”, falou.
Com o orçamento apertado, fazer uma reserva mensal, mesmo que pequena, pode ser a solução. “É preferível você ter um pouquinho de dinheiro que vai te ajudar na hora do gasto maior, do que não ter nada. A administração dos gastos é algo essencial e não é só administrar o dinheiro e sim o investimento desse dinheiro. Quando você paga um plano de saúde, você está investindo, quando você paga uma especialização, você está investindo, então isso não é gasto, é investimento. As pessoas precisam começar a pensar nisso”, completou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui