
O feijão é um dos principais produtos da mesa do brasileiro, que juntamente com o arroz, faz a dobradinha campeã que fornece todos os aminoácidos que o corpo humano necessita. O produtor Edvaldo Soquete, que já plantou arroz de várzea, batata e outros produtos, hoje se dedica à produção do feijão da variedade “carioquinha dama”.
Casado com Maria de Fátima Galbier, que vem a ser filha de João Bil e neta de Pedro Bil, planta atualmente na propriedade que é de sua família e do genro, localizada também nas terras que já foram da antiga Fazenda Barreirinho, na estrada que liga Vargem a Itobi e faz vizinhança com a propriedade dos Galbier.
Neste local, Edvaldo planta em 7ha, mas tem plantações de feijão também em outras propriedades arrendadas em Vargem Grande do Sul. Em cada uma das plantações, o feijão está em um estágio de crescimento.
Explica que o feijão leva em média 90 dias para ser colhido, e o que a reportagem visitou, na estrada de Itobi, deve estar pronto para a colheita dentro de 45 dias. A “ranca” do feijão é manual, demandando um bom número de trabalhadores, mas que em um dia fazem um bom trabalho.
Depois da colheita, explica que tem de deixar o produto secando e aí “bate” o feijão com o uso de maquinário. A depender do preço, o feijão pode ser vendido logo em seguida ou ser armazenado até que os preços estejam melhores.
A expectativa de Edvaldo é colher entre 40 a 45 sacos de 60kg por hectare. Mas, ressente que atualmente o preço da saca de feijão não está bom, devendo colher e segurar a colheita até que os preços melhorem um pouco mais.
Indagado sobre a agricultura familiar, afirmou: “Vejo com muita satisfação poder colher um produto para consumo dos brasileiros. Venho de família de agricultores familiares, meus pais eram meeiros, plantavam arroz de várzea para a família do sr. Arlindo Carmineti”, lembrou.
A esposa Maria de Fátima Galbier Soqueti, embora já tenha ajudado ele no passado, trabalhando muito na lavoura, inclusive na irrigação que era manual – hoje ele utiliza pivôs, atualmente cuida mais da parte financeira da empresa familiar, também atuando na compra de insumo, na venda dos produtos e lidando com a parte bancária, o que não deixa de ser uma evolução da agricultura familiar nos tempos atuais.