“Ressuscitou como disse: aleluia!”

Diácono Lucas dos Santos Janucci, da Paróquia São Francisco de Assis - Catalão (GO). Foto: arquivo pessoal

Diácono Lucas dos Santos Janucci – Paróquia São Francisco de Assis – Catalão (GO)

Para nós cristãos católicos esta semana é diferente de todas as outras, pois, vivenciamos a chamada Semana Santa, onde celebramos os últimos dias da vida terrestre de Jesus, que ingressa solenemente em Jerusalém, acolhido como Rei, na celebração do Domingo de Ramos; a instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e do Mandamento do Amor com a celebração da Última Ceia e o Lava-pés; sua Paixão e morte redentora e sua gloriosa Ressureição, no Domingo de Páscoa.


É uma semana sublime que renova em nós os desejos de sermos também igualmente ressuscitados com Jesus, para uma vida melhor, mais santa, mais plena, liberta de pecados e vícios antigos que nos prendem a coisas que não nos eternizam e não nos fazem bem.


Para tanto, podemos nos pautar justamente na Liturgia que ouviremos neste Domingo da Páscoa nas celebrações que participarmos, onde nos é pedido este impulso novo de revivificação por meio do que diz São Paulo em sua carta à comunidade de Colossos, a saber: “Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por buscar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai as coisas celestes e não as terrestres” (Cl 3, 1-2).

Ou seja, fica-nos claro que, se acreditamos no dom pascal que celebramos, precisamos desejar com Ele as realidades mais elevadas até que Ele volte uma vez mais para reunir todo aquele que estava disperso.


Páscoa é isso! Desejar as coisas do alto, porque sabemos que aquele que se entregou na cruz por nós e morreu, não ficou preso no sepulcro, mas ressurgiu para uma vida nova, para onde nos atraiu. “O Rei cativo é morto, mas reina vivo!” cantamos na sequência pascal. Reina vivo na Igreja, reina vivo em nossas comunidades, reina vivo na vida digna do povo, no serviço honesto de seus governantes, na entrega da vida ao mais necessitados, doentes, enlutados, reina vivo onde há esperança, reina vivo dentro de nós! Não pode haver divisão entre a vida proposta por Ele e a mancha da maldade que ainda carregamos. Nós vimos o “Cristo ressuscitado e o túmulo abandonado”, como então desejar ficar preso neste lugar de morte se a festa da vida acontece fora dele?


É um milagre que precisamos optar por realizar internamente, fruto da conversão que tanto buscamos no tempo quaresmal e que agora qual planta viçosa precisa frutificar. Permanecer em uma mesma vida, depois de celebrar a Páscoa, é não acreditar que a vida venceu a morte. E a morte não é o fim; não foi para o Cristo e nem o será para nós, desde que nos abramos a confiança de nos lançarmos a este novo que não quer nos tirar nada daquilo que nos perpetua, mas nos quer dar, gerar e firmar em algo que jamais perecerá.
Que possamos ter um abençoado e frutuoso Tempo Pascal capazes de fazer valer o que na Vigília Pascal renovamos: nosso batismo, por meio do qual desejamos ser lavados em Cristo e fortificados em seu discipulado, como também a renúncia de toda força do mal ao qual nos opomos para abraçar uma nova existência.

 

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