Com o término do Com o término do contrato dos seguranças nas escolas da Rede Municipal de Ensino chegar ao fim em maio e com o caso da agressão à médica no Posto de Pronto Atendimento (PPA), que chocou a cidade, o assunto ‘segurança’ tem sido debatido.
A Gazeta de Vargem Grande questionou a Prefeitura Municipal sobre as duas situações, perguntando se havia possibilidade de estender o contrato dos seguranças nas escolas e também se seria possível que a Guarda Civil Municipal fizesse plantão no PPA, a fim de que o caso de agressão à médica não volte a se repetir.
Sobre a questão dos seguranças nas escolas, ao jornal, a prefeitura informou que em pesquisa realizada em outros municípios, foi constatado que Vargem Grande do Sul era uma das únicas cidades que ainda mantinha contrato de contratação para manter os vigias nas escolas. Contudo, o contrato que era de um ano foi mantido até seu término.
“Todas as escolas mantêm seus portões fechados e só autoriza a entrada de pessoas mediante autorização e identificação. Contamos ainda com o excelente serviço de segurança pública prestado pela Guarda Civil Municipal que intensificou as rondas escolares e atendem prontamente a todos os chamados das escolas e creches, não havendo necessidade de manter a contratação de vigias na Rede Municipal de Ensino”, disse.
Quanto ao assunto do plantão da GCM, explicou que há mais de 45 dias já foram convocados quatro GCMs, que estão realizando curso e capacitação. O objetivo, conforme a prefeitura, é que com a inauguração da reforma do prédio do PPA Alfeu Rodrigues do Patrocínio, os guardas já estejam aptos para prestar serviço 24 horas no local de forma fixa, sendo um plantão a cada 12 horas.
O assunto, que havia sido abordado na sessão da Câmara Municipal no dia 21 de maio, voltou a ser discutido na última sessão ordinária, que aconteceu em 4 de junho.
No dia 21, um requerimento de autoria do vereador Paulo César da Costa, o Paulinho da Prefeitura (Podemos) foi aprovado por todos os vereadores que estavam presentes. O documento questionava onde foram instaladas as câmeras de segurança no município e se todas estavam funcionando. Quanto ao caso da médica agredida, havia perguntado porque não é designado Guarda Civil Municipal para exercer suas funções e manter a segurança não apenas do prédio público, mas também dos médicos, funcionários e pacientes que estão no PPA.
O requerimento pontuava que vários requerimentos e indicações já haviam sido feitos pelos vereadores atendendo pedido da população sobre segurança. E, por fim, nos termos do artigo 22 da Lei Orgânica do Município, através do requerimento, Paulinho convocou o diretor da Guarda Civil Municipal, Rogério Bocamino, para comparecer na Câmara Municipal na sessão do dia 4 de junho, para esclarecer a respeito de segurança.
O diretor compareceu na sessão e tirou várias dúvidas dos vereadores sobre o tema. Diversos vereadores parabenizaram e agradeceram o trabalho realizado pela GCM, que é fundamental. Na ocasião, disse que, a cada ano, GCM vem aumentando sua gama de trabalho e que havia um problema de efetivo, que será solucionado após o término do treinamento dos guardas que foram chamados recentemente. Quanto a colocar um guarda de plantão no PPA, contou que já conversavam sobre isso e também viam a necessidade, mas com o problema de efetivo não conseguiam tirar quatro guardas para colocar no PPA.
Disse que o que aconteceu no PPA foi, de fato, um absurdo, mas que se tivesse GCM no PPA isso infelizmente não teria sido evitado, pois a agressão foi feita dentro do consultório da médica.
Rogério informou que as câmeras do Cemitério da Saudade já haviam sido compradas e seriam instaladas na entrada, no velório e também no interior, provavelmente ainda em junho. Sobre o Parque das Acácias, explicou que a câmera do velório funciona e a do cemitério precisava que a Elektro passasse um cabo de energia. Informou que para instalar câmeras, há necessidade de internet, cabo de energia e software para gerenciar.
Pontuou que o monitoramento não resolve todos os problemas e que por isso a GCM continua com as rondas e patrulhamento, principalmente à noite com furtos e pichações pela cidade. Disse que toda vez que alguém é detido por furto a cemitério ou pichação, como é crime de menor potencial, no outro dia a viatura cruza com o rapaz na rua de novo, mas que seguem trabalhando para monitorar os cemitérios com câmeras e ronda.
Quanto a presença de pessoas na Praça Capitão João Pinto Fontão, comentada por Paulinho, Rogério disse que há um problema social, porque há a Casa de Passagem que oferece pouso e alimentação, que o Departamento de Ação Social faz seu papel e oferece a essas pessoas o mínimo de dignidade possível e que a GCM, enquanto segurança pública, tem feito seu trabalho, mas não pode fazer uma abordagem ríspida.
Informou que a GCM tem estacionado na Praça da Matriz e também no PPA. Paulinho questionou sobre a Praça Nossa Senhora Aparecida e Rogério explicou que o problema que tem acontecido é que quando a GCM bate muito na Praça da Matriz, as pessoas vão à Praça Nossa Senhora Aparecida e quando o trabalho é feito lá, vão à Praça da Bíblia, o que exige uma solução mais profunda ao problema, mas que a GCM trabalha de acordo com o que a lei permite fazer.
Sobre as câmeras instaladas em alguns pontos da cidade, comentou que o sistema é mais complexo, que as câmeras foram instaladas, estão energizadas e com internet. Após, as câmeras seriam configuradas no servidor da GCM, trabalho feito provavelmente neste mês. Informou que o sistema não faz autuação e nem multa, mas que é apenas para monitoramento de segurança, pegando carros de produto de furto, por exemplo. Afirmou também que a GCM tem um compromisso muito grande com o patrimônio público e que todos são monitorados por alarme na GCM.
Quanto ao término da segurança nas escolas, pontuou que a cidade foi a última a parar com o trabalho e que todos os dias a GCM faz passagem escolar, com vistas na segurança de trânsito e que durante todo o plantão é feito ronda escolar no entorno da escola.
Questionado sobre a segurança à mulher pela presidente da Câmara Danutta de Figueiredo Falcão Rosseto (Republicanos), Rogério disse que fizeram reunião com a promotora e que a GCM se comprometeu em fazer a patrulha Maria da Penha, atendimento por parte da GCM às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e que tenham medida protetiva determinada, e que a mesma se comprometeu a conseguir o curso necessário para aprender a abordar a mulher que foi agredida ou violada. Disse que agora estão aguardando para iniciar o curso e que vão se adequando, pois a patrulha seria importantíssima e que há mulheres na GCM que poderiam ajudar neste trabalho.