Vargem também produz rosas de qualidade

Produção de Rosas

O Dia do Agricultor é comemorado no dia 28 de julho. Quem passa pela Rodovia João Batista de Souza Andrade (SP 215) no trajeto que liga Vargem Grande do Sul a São Roque da Fartura, logo depois da Fazenda São Bento, depara-se com um grande número de estufas brancas. O agrônomo Guilherme Swart, 27 anos, sócio proprietário da empresa Swart Rosas, planta algumas variedades de rosas nos 4,5 hectares (45mil m2) cobertos por estufas.

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Quem passa pela Rodovia João Batista de Souza Andrade (SP 215) no trajeto que liga Vargem Grande do Sul a São Roque da Fartura, logo depois da Fazenda São Bento, depara-se com um grande número de estufas brancas, que chama atenção pela quantidade e a primeira pergunta que vem à mente, é: O que está sendo plantado nesta vastidão de estufas?

“São rosas”, respondeu à reportagem da Gazeta de Vargem Grande, o agrônomo Guilherme Swart, 27 anos, sócio proprietário da empresa Swart Rosas. No local denominado Sítio Córrego Raso, são plantadas algumas variedades de rosas nos 4,5 hectares (45mil m2) cobertos por estufas.

Muito solícito, este jovem descendente de holandeses conta um pouco da história da família e como escolheu Vargem Grande do Sul para o plantio de rosas, que são fornecidas todas as semanas à Cooperativa Veiling Holambra. A produção de Vargem é integrante do Grupo Swart, referência nacional no cultivo de rosas de corte e de kalanchoes.

Sua família de imigrantes holandês veio para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial se instalando em Holambra-SP. O patriarca Wilhelmus Swart escolheu os gladíolos (palmas de Santa Rita), nos anos 1970, para lançar-se no mercado de flores. Segundo Guilherme, a família chegou a ter propriedade em Venda Branca, distrito de Casa Branca, onde plantava outras culturas também.

Em 1993, a família vendeu a propriedade em Venda Branca e comprou terras na serra de Andradas-MG, passando a cultivar rosas desde o início para a sua comercialização na Cooperativa Veiling Holambra. Explicou que antigamente, cultivava-se muitas rosas em campo (céu aberto), nas décadas de 80, 90, e também em estufas, na cidade de Holambra.
Com o passar do tempo, os clientes passaram a ser mais exigentes, procurando produtos com maior qualidade e os produtores começaram a migrar para regiões mais altas, de serra, cuja maior altitude é um fator que influencia no tamanho das hastes e do botão floral.

Explicou Guilherme que o clima de temperaturas não tão elevadas durante o dia e amenas durante o período noturno, acabam influenciando na produção das rosas cuja procura é maior no mercado. Este conjunto de fatores está presente na área escolhida em Vargem Grande do Sul, de altitude mais elevada, mais de 1.000 metros acima do nível do mar e nas serras da Mantiqueira, com boas temperaturas para o cultivo das rosas.

Histórico da Família
O cultivo de rosas na região serrana de Andradas-MG, foi iniciado pelos irmãos Theodoro e Roberto Swart, pai de Guilherme no início da década de 90. Em 2003, começaram um novo projeto de plantio de rosas na Serra do Ibiapaba, na região de Ubajara-CE. Atualmente, Theodoro permanece com o plantio no Ceará e Roberto ficou com a produção em MG.
Em 2022, Guilherme, juntamente com o pai Roberto, compraram a propriedade em Vargem Grande do Sul. “Buscamos o estado de São Paulo por questões de logística, tributárias e por causa do clima desta região, com altitude maior, onde nossos produtos não sofressem tanto com o período de inverno como os cultivos na região de Andradas”, comentou.
O projeto inicial foi com a montagem das estufas já em 2022, com uma área coberta de três hectares, plantando as variedades Avalanche (branca), Samourai (vermelha), Ivy (pink) e Sophia Loren (cor de rosa).

O agrônomo explicou que a roseira é uma planta perene e a colheita é feita durante o ano todo, onde o ciclo entre o corte e a próxima colheita gira em torno de 45 dias. A irrigação é por gotejamento e aspersão, com água de poço artesiano. No ano passado, mais um passo foi dado e a área de plantio aumentou em 50%, passando para 4,5 ha de estufas.
“O cultivo é bem técnico, a rosa demanda muita desbrota, adubação equilibrada, irrigação na medida certa, pois é muito suscetível a doenças”, afirmou. Com a ampliação das estufas, além das variedades de rosas já citadas, foi introduzido o plantio da rosa amarela, denominada GoldenTower.

O cultivo de rosas utiliza muita mão de obra, trabalhando atualmente na Swart Rosas em Vargem, cerca de 45 colaboradores, a maior parte constituída de mulheres, muitas delas residentes em Vargem Grande do Sul.

Os bons resultados obtidos, levam Guilherme a ter projetos para o futuro, possivelmente ampliando a área de cultivo. O empresário se diz contente com os resultados. “Era o que esperávamos e a partir deste ano, já começamos a ter retorno dos investimentos que fizemos”, afirmou.
A colheita dos botões é toda manual, com os trabalhadores analisando onde será feito o corte e qual o ponto de corte da flor. Depois de colhido os botões, seguem para serem embalados e vão para uma câmara fria onde as flores são armazenadas e enviadas em caminhões próprios, refrigerados, para a comercialização na Cooperativa Veiling Holambra, duas vezes por semana.
Conforme apurou o jornal no site da empresa, o Grupo Swart produz, aproximadamente, 16 milhões de hastes de rosas, além de quase 6 milhões de vasos e cerca de 38,5 mil maços de kalanchoes de corte por ano.

Fotos: Reportagem

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