Com seis casos de dengue, mutirão continua nesta semana

Dados da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCI) do Estado de São Paulo mostram que Vargem Grande do Sul está com seis casos registrados de dengue. Na última segunda-feira, dia 27, teve início o mutirão da Prefeitura Municipal, a fim de evitar que a cidade sofra uma epidemia de dengue, como no ano passado, quando Vargem somou mais de 3.200 casos da doença e um óbito.
O Mutirão e Arrastão contra o mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, segue até a sexta-feira, dia 7, percorrendo todos os bairros do município conforme cronograma divulgado. O Departamento de Saúde pede aos moradores que deixem os materiais que possam acumular água nas calçadas de suas casas.
A prefeitura ressaltou que o material deve ser colocado somente um dia antes do caminhão passar, todos aqueles que não servem mais para uso e podem acumular água, como pneus, garrafas, móveis quebrados, entre outros. Não serão recolhidos restos de material de construção, folhagens e restos de poda de árvore.
Na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, os bairros que terão mutirão são Vila Santana, Jardim América, Jardim Paraíso I e Nossa Senhora Aparecida. Na terça-feira, dia 4, será na Vila Santana, Jardim São Luiz, Jardim São Joaquim, Jardim Itália e Jardim Plaza de España.
Na quarta-feira, dia 5, o mutirão passará pelo Centro, Jardim Pacaembu, Jardim Morumbi e Jardim São Paulo I e II. Na quinta-feira, dia 6, será no Jardim São Lucas, Jardim Bela Vista, Vila Polar, Jardim Santa Luzia e Jardim Manacás. Na sexta-feira, dia 7, no Jardim Fortaleza, Jardim Redentor, Jardim Petúnia, Jardim Verona, Jardim Colina e Cohab II.

Ações da prefeitura
Além do mutirão, a prefeitura tem realizado diversas ações para alertar a população sobre os potenciais criadouros de dengue, principalmente com as chuvas frequentes, e estudado diversas estratégias para controlar a doença. Entre elas, o Departamento de Saúde e Medicina Preventiva e Vigilância Sanitária e Epidemiológica realizou recentemente uma reunião com os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias, a fim de tratar sobre detalhes das ações e organizar as rotas de visita em todas as residências do município.
O Departamento de Saúde e Medicina Preventiva está realizando através da Vigilância em Saúde os trabalhos junto às equipes de Agentes de Saúde e Endemias através do controle de criadouros e busca ativa nas residências. Também foi realizada a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que mede o índice de larvas no município.

Fotos: Prefeitura Municipal

Vítimas fatais no país
Em todo o país, o total de casos prováveis no país foi de 139 mil para 169 mil casos, com aumento de 21 para 37 mortes em três dias, conforme o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. Os óbitos em investigação no Brasil eram 160 na segunda-feira, dia 27, e eram 200 na quinta-feira, dia 30.
O Ministério da Saúde atribuiu o aumento dos casos à circulação do sorotipo 3 da dengue, em expansão desde julho do ano passado. “Segundo o secretário adjunto da SVSA, essa variante do vírus tem sido determinante no aumento do número de infecções, especialmente em São Paulo e, em menor escala, no Paraná.”, explica a pasta, em nota.

População deve colaborar
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos e que se desenvolve em condições quentes e úmidas, tornando-a mais prevalente durante padrões climáticos de altas temperaturas e chuvas. “O ovo do mosquito Aedes aegypti consegue sobreviver por mais de um ano, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos, por essa razão é importante manter a higiene e evitar o acúmulo de água parada todos os dias”, informou a prefeitura.
A colaboração da população para eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito para evitar a doença, segundo a prefeitura, é imprescindível. “A dengue pode levar a quadros graves de saúde, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue e até a morte nos casos mais graves. Fique atento aos sintomas, como febre alta, dor de cabeça e manchas na pele, e busque atendimento médico ao perceber qualquer sinal. É preciso unir forças para o combate ao Mosquito! Proteja a sua família”, completou.

Sintomas
A dengue pode apresentar sintomas como febre alta repentina; dor de cabeça; dores musculares; dor nas articulações e atrás dos olhos; fraqueza; vermelhidão no corpo; e coceira.
A diferença para a dengue hemorrágica é que pode haver também confusão mental, agitação ou insônia; perda de consciência; sangramento na boca, nas gengivas e nariz; boca seca e muita sede; dificuldade de respiração; fortes dores abdominais e vômitos intensos; pele pálida, fria e úmida; e pulso fraco.

Terrenos limpos e sem água parada
A prefeitura ressalta que é importante manter os terrenos sempre limpos, sem nenhum tipo de material que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Além disso, manter os terrenos limpos também colabora para a não aparição de escorpiões.
“Além da limpeza dos terrenos e descarte dos materiais inutilizáveis, é importante manter as lixeiras sempre fechadas e o lixo dentro de um saco plástico; cuidar dos vasos de plantas que possuem pratinhos, para que não acumulem água, por isso, é importante furá-los, para que a água escoa, ou enchê-los de areia; é importante também não deixar água da chuva parada sobre a laje; tampar tonéis, caixas d’água, ou qualquer vasilhame que contenha água; outro cuidado é lavar com frequência os potes de água dos animais de estimação”, alertou a prefeitura.
Segundo o informado, é importante a colaboração da população para eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito. “A dengue pode levar a quadros graves de saúde, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue e até a morte nos casos mais graves. Fique atento aos sintomas, como febre alta, dor de cabeça e manchas na pele, e busque atendimento médico ao perceber qualquer sinal. Proteja a sua família, todos no combate ao mosquito”, disse.

Como se Proteger
O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas de proteção individual, como proteger as áreas do corpo em que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas.
É aconselhado o uso de repelentes à base de DEET (N N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. Segundo o informado, o uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. “Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo uma das três substâncias acima são seguros para o uso durante a gravidez, quando aplicados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia”, disse.
Outra sugestão importante é a utilização de mosquiteiros sobre a cama, a instalação de telas em portas e janelas e, quando disponível, o ar-condicionado também é recomendado.

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