Unifeob apresenta primeiros resultados de pesquisa com batata

Pesquisa realizou experimentos com enfoque em adubação, irrigação e fitossanidade. Fotos: Unifeob

A Unifeob apresentou, no dia 9 de junho, os primeiros resultados de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida pelos estudantes do curso de Engenharia Agronômica sobre batata. A pesquisa é fruto de uma parceria com a Associação dos Bataticultores de Vargem Grande do Sul (ABVGS) e apontou uma produção mais eficaz e com mais lucros.
De acordo com a Unifeob, cerca de R$ 500 mil foram investidos no experimento, que está sendo desenvolvido em uma área de 2,5 hectares. Dezenas de produtores de toda a região e até de outros estados, como Goiás e Minas Gerais, estiveram presentes para conhecer as novidades descobertas por meios das pesquisas.
À Gazeta, a ABVGS lembrou que o Dia de Campo, foi inspirado no projeto Nutri Batata realizado em 2017. “A ideia é que os estudantes e professores do curso de Agronomia da Unifeob desenvolvam experimentos de acordo com necessidades reais presentes no dia-a-dia dos produtores e que os resultados sejam apresentados a curto prazo. Portanto, os experimentos serão de extrema importância para os associados que poderão, através do resultados, aumentar sua produtividade e reduzir os custos”, informou a associação.
“A ABVGS busca sempre formas de fortalecer os seus associados e o projeto Dia de Campo é mais um auxilio aos produtores da nossa região para que consigam cada vez mais espaço no mercado nacional e até mundial, aplicando novas tecnologias para uma produção rentável e sustentável nós vamos alimentar o mundo”, ressaltou.
“O objetivo é que as pesquisas sejam desenvolvidas com base em dúvidas e dificuldades levantadas pelos próprios produtores, portanto 100% dos resultados poderão ser aproveitados e aplicados nas propriedades de nossa região e o melhor, a curto prazo”, explicou a ABVGS.

Pesquisa

Segundo o coordenador do curso de Engenharia Agronômica da Unifeob, Paulo Lazzarini, foram desenvolvidos 13 experimentos na área, com enfoque em adubação, irrigação e fitossanidade. “A nossa proposta é estudar diversos nutrientes para adequar ao manejo. Sair de uma receita que o produtor geralmente usa e entender qual seria o melhor manejo para trazer maior produtividade e usar o menor número de insumos agrícolas, como defensivo, fertilizante e água”, explicou o professor.
Assim, com o conhecimento revelado pela pesquisa, Paulo aponta que o produtor ficará mais eficiente na sua produção e terá mais lucro. “Ele aumentará a produtividade e terá mais lucro, porque ele reduzirá o custo de produção usando menos insumos. E quando nós somos mais eficientes, além de aumentar o lucro para o produtor, também causamos menor impacto ambiental, pois estamos usando menos fertilizante, menos água e a produção fica mais limpa”, comemorou.

Etapas

Paulo Lazzarini diz que no Dia de Campo foram apresentados apenas os dados preliminares e que o resultado completo será levado aos produtores no segundo semestre. “Hoje, nós compartilhamos os dados preliminares. A batata ainda não completou o ciclo, ainda não colhemos. Então, fizemos uma biometria no pico de desenvolvimento da batateira para ter um direcionamento de como os tratamentos estão se comportando. Mas, o resultado efetivo, teremos na colheita, dentro de 30 dias. Faremos o estudo completo, com análise estatística, dados fundamentados e científicos dignos de compartilhar com os produtores”, detalha.
O coordenador do curso ressaltou que o grande diferencial da pesquisa deste ano foi a participação da ABVGS, que representa cerca de 160 produtores de batata. “A Unifeob entra como um braço de pesquisa e extensão para a ABVGS. Nós testamos no campo as dúvidas que o produtor tem no dia a dia e compartilhamos os resultados para que ele coloque essas informações em prática de forma mais pragmática”, disse.
Segundo Paulo, o objetivo é aproximar a pesquisa ao produtor para que ele consiga realmente mudar o manejo. Para se ter uma ideia dos resultados dessas pesquisas, apenas em 2017, os produtores da região alcançaram em torno de R$5 milhões de economia com a diminuição de fósforo na produção. “Pensando em apenas um nutriente, é algo bem significativo. O produtor é ávido por informação, principalmente esse tipo mais prático”, comemora o professor.
Marcelo Ismael Cazarotto, presidente da ABVGS, afirmou que a parceria entre a entidade e a Unifeob será um divisor de águas para a cultura da batata. “Eu tenho absoluta certeza de que isso representará muito lucro posterior aos produtores. Tem coisas que eu já estou percebendo que aumentará a produção, economia de água, de energia, a parte de irrigação está bem bacana”.
Para Marcelo, esta é uma parceria que durará anos. “Eu sempre tive dificuldade de achar informação na parte nutricional para a batata. E esse tipo de informação, o produtor vem atrás e é bem proveitosa. Tanto que dois produtores enormes, um de Cristalina (GO) e um de Perdizes (MG), estão acompanhando e demonstrando interesse no evento”, comemora.
A abertura do Dia de Campo foi feita pelo Reitor da Unifeob, João Otávio Bastos Junqueira, que reforçou o compromisso do Centro Universitário com a sociedade por ser uma fundação e uma Instituição Comunitária de Ensino. O Reitor ainda disse que o Unifeob continuará sendo parceira dos produtores, pois, para João Otávio, eles são os responsáveis por “manter o Brasil” em pé durante a crise.

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