Prefeito Amarildo é candidato à reeleição

Prefeito Amarildo é candidato à reeleição. Foto: Arquivo Gazeta

O prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) afirmou na quarta-feira, dia 15, durante entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande, que é candidato à reeleição este ano. A entrevista tinha sido iniciada na terça-feira, com Amarildo falando sobre a administração dos três últimos anos e seus planos para 2020, que será objeto de matéria para a próxima edição e a questão da reeleição foi abordada, mas só na quarta a reportagem obteve a palavra final.

Durante a entrevista o prefeito deixou-se emocionar em alguns momentos, ao falar sobre a responsabilidade em administrar o município, das muitas decisões que teve de tomar no início, das prioridades que elencou e de não poder atender a todas. “Pegamos a prefeitura arrasada, sem dinheiro, com dívidas e tínhamos de fazer escolhas entre contratar um médico ou comprar remédios, por exemplo. Foi um período de angústia, que nos tirou o sono por longas noites”, afirmou.

Também se emocionou ao citar o cidadão que entrou no gabinete com a ajuda de uma pessoa e só então ele entendeu que o mesmo não enxergava. Tempos depois, com a implantação do programa de cirurgia de cataratas no município, recebeu a visita de uma pessoa em seu gabinete, que o olhava fixamente e perguntava se não o reconhecia. Só então ficou sabendo que era o mesmo senhor que não enxergava e após a cirurgia de catarata, estava andando sem ajuda, lendo e foi ao gabinete agradecer a Amarildo pela cirurgia realizada no Conderg de Divinolândia que lhe restaurou a visão. Ao citar o caso à reportagem, a voz do prefeito embargou.

A possibilidade de entregar a prefeitura saneada a um político sem as credenciais para administrar Vargem Grande do Sul, foi de fato o que pesou na decisão de Amarildo em disputar a reeleição este ano. Disse que conforme a população vem observando, sua equipe está recuperando o município.

“Colocamos toda a experiência que adquirimos nesses anos todos como homem público para sanear as contas municipais, pois pegamos uma prefeitura em situação catastrófica, trabalhamos muito e agora estamos recuperando a infraestrutura, a saúde, a educação, com pagamento de salários e contas em dia e muito investimento”, afirmou. “É um trabalho que está em andamento e gostaria de ter a oportunidade de dar continuidade e mostrar na prática os resultados com base na política de gestão que implantamos”, falou.

Sobre o atual quadro político da cidade, o prefeito afirmou que não está definido ainda quem são os candidatos a prefeito nas eleições de outubro. “Mas, independente disso, não podemos cometer os mesmos erros do passado. A nossa cidade está em franca recuperação, não podemos interromper este ciclo benéfico”, disse à reportagem da Gazeta.

O passado a que se referiu o prefeito, trata-se de administrações que segundo ele, se caracterizaram pelo não desenvolvimento da cidade, pelo mau uso do dinheiro público, que culminou com ações de improbidade administrativa, condenações, prisões pela Justiça, que prejudicaram de forma negativa o desenvolvimento de Vargem Grande do Sul, atingindo toda a coletividade. “Para recuperar uma cidade leva uma geração, agora para estragar tudo, basta um mandato ou às vezes menos que isto”, advertiu Amarildo.

Atual prefeito já foi eleito duas vezes

Amarildo está no seu segundo mandato junto à prefeitura de Vargem Grande do Sul e na última eleição ocorrida em outubro de 2016, derrotou o candidato Celso Itaroti (PTB) obtendo 19.372 votos, ou 87,67% dos votos junto ao eleitorado vargengrandense na eleição de 2016. Seu oponente na época, o prefeito Celso Itaroti que buscava a reeleição, obteve 2.724 votos, o que representou 12,33% dos votos.

Em outubro de 2008, Amarildo saiu candidato a prefeito pela primeira vez tendo como vice o então vereador Antônio Sérgio da Silva, ambos do PSDB. Ele foi eleito prefeito com 8.936 votos, totalizando 40% dos votos. Amarildo, que durante muitos anos foi diretor financeiro da prefeitura, teve o apoio do então prefeito Celso Ribeiro e derrotou os candidatos Celso Itaroti, cujo vice era o dr. Ranzani, e obteve 5.926 votos, 26%; o candidato Zé da Kibon (PSB), cujo vice era o dr. Paulo Cossi e obteve 4.326 votos, 19%; o médico Marco Antônio (DEM), que tinha como vice Rogério Marti e a dupla obteve 2.682 votos, 12% e o candidato do PT Ronaldo Gutierrez, cuja vice era a professora Maria Aparecida e obteve 379 voto, representando 1% do eleitorado.

Ao término dos seus quatro anos no cargo, Amarildo era candidato à reeleição em 2012, mas uma disputa interna dentro do PSDB entre ele e o ex-prefeito Celso Ribeiro, levou a decisão de quem representaria o PSDB à convenção do partido, que na época votou em Celso Ribeiro. Ele disputou então a eleição contra Celso Itaroti (PTB) que sagrou-se vencedor, se elegendo prefeito tendo como vice Zé da Kibon, com 11.921 votos, 53,07% e Celso Ribeiro (PSDB) que tinha como vice José Carlos Buscarioli e buscava seu terceiro mandato como prefeito de Vargem Grande do Sul, obteve 10.541 votos, 46,93%.

Outros candidatos

Até o presente momento, somente o prefeito Amarildo Duzi Moraes declarou que é candidato à reeleição. Embora ainda não tenha dito a algum órgão de imprensa que é candidato, o ex-prefeito José Carlos Rossi (PSD) tem se postado como candidato a prefeito nas eleições municipais que ocorrerão em outubro. Tem feito campanha nas ruas, visitados casas e estabelecimentos. Nesta semana, postou na rede social, uma fala sobre a necessidade de cursos profissionalizantes em Vargem.

O nome do ex-prefeito Celso Ribeiro também é muito lembrado, mas até a presente data ele não se manifestou se é candidato ou não. Também até agora o ex-prefeito que durante muitos anos foi filiado ao PSDB, não se filiou a nenhum partido ainda. Caso queira disputar em outubro, ele terá de filiar a um partido até o dia 4 de abril de 2020.

Novas regras da legislação eleitoral

Desde o início de janeiro deste ano já está valendo o calendário eleitoral e os candidatos a um cargo nas eleições que acontecerão no dia 4 de outubro devem seguir as diretrizes do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, aprovado no final de dezembro de 2019.

Quem quiser disputar as eleições em outubro, tem de estar filiado a um partido político até o dia 4 de abril, ou seja, no mínimo seis meses antes da eleição. A escolha dos candidatos em convenções partidárias e a deliberação sobre coligações deverão ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto. Nas eleições municipais de 2020, as coligações para vereadores serão proibidas, mas os candidatos a prefeito poderão formar coligações com outros partidos para disputar a prefeitura.

Os partidos e coligações devem solicitar à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos, após a escolha em convenção, até as 19h do dia 15 de agosto do ano eleitoral.

Dentre as proibições previstas, estão que os órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, não poderão exceder o gasto com publicidade além da média dos gastos no primeiro semestre dos últimos três anos.

Também a administração pública fica proibida de distribuir bens, valores e benefícios de forma gratuita, como programas sociais, a partir desta data. As únicas exceções são de casos de calamidade pública, de estado de emergência ou programas sociais já autorizados por lei e que tenham sido criados em anos anteriores.

Além disso, a legislação eleitoral proíbe que pré-candidatos executem atividades vinculadas a ações sociais a partir desta data. O interessado em se candidatar também não poderá ser responsável por entidades sociais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui