Comércio de Vargem segue apostando nas vendas online

Pouco antes da quarentena, Franciani Benaglia havia inaugurado a loja Maria Clara Boutique. Ela pontuou que em situações como essa, é necessário buscar outras alternativas.

As vendas online e as entregas por delivery continuam sendo uma grande aposta dos empresários de Vargem Grande do Sul nesse período de isolamento social imposto em todo estado por conta da expansão da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Desde que foi decretada a quarentena, supermercados, lojas e lanchonetes apostaram nas vendas online para que os clientes não precisem sair de casa.
A Gazeta de Vargem Grande entrevistou diversos empresários para saber como está a procura por esta modalidade de vendas nos estabelecimentos.

Maria Clara Boutique

Pouco antes da quarentena, Franciani Benaglia havia inaugurado a loja Maria Clara Boutique. Ela pontuou que em situações como essa, é necessário buscar outras alternativas.
“No momento dessas crises os empresários precisam se reinventar, e a partir do instante que isso acontece, vão surgindo alternativas para que os clientes continuem sendo o centro das atenções”, explicou.
Francine acredita que com o atendimento e vendas online, o cliente está sendo recepcionado da melhor forma possível e com todos os cuidados que devem ser tomados.
Ela explicou como as vendas online funcionam na loja. “O atendimento está sendo online, e para aqueles que querem, montamos sacolas de acordo com os gostos da pessoa, isso tudo com muita cautela e muita higiene”, disse.

Varanda

A procura pelo serviço delivery Varanda Restaurante e Pizzaria, segundo Luís Gentina, aumentou em cerca de 50%. Ele contou que estão servindo todos os pratos do cardápio no sistema delivery, mas que pizzas e filés representam 80% dos pedidos.
“Há mais de 20 anos o restaurante Varanda já oferece aos seus clientes o serviço delivery, a única adaptação foi a contratação de mais um entregador para atender a demanda”, explicou.

Supermercado Estrela

Paula Ferri, do Supermercados Estrela, contou que as vendas online aumentaram bastante. “Nós fizemos uma parceria com nosso sistema e estamos começando a introduzir essa modalidade. No supermercado, nós trabalhamos, e muito, com as vendas pelo WhatsApp e telefone. Essas duas formas estão muito requisitadas, pois muitas pessoas, por serem do grupo de risco ou que desejam evitar aglomerações, estão pedindo as compras nestes meios”, comentou.
A empresária explicou que esse serviço já existia na loja, mas para atender ao crescimento da demanda, teve que realocar alguns funcionários para esta área. “Eu já tinha uma funcionária responsável por isso, mas agora para dar conta da demanda, que aumentou demais, colocamos funcionárias da frente de caixa, que são empacotadoras, para ajudar nesse serviço, e como não podemos servir nada dentro do estabelecimento a lanchonete está desativada, realocamos a funcionária de lá para fazer as compras”, disse.
No total, quatro funcionários agora fazem o serviço de compras online. “No entanto, quando estamos muito apertados, todos ajudam e se dispõem a ajudar para que não demore tanto as entregas depois”, falou.

Supermercado Ideal

No Supermercado Ideal, de acordo com Mário Malagutti, a partir do momento que foi decretado esse estado de quarentena, as vendas online triplicaram.
Ele contou que já tinham esse serviço nas lojas de Casa Branca e São José do Rio Pardo, onde já vinham trabalhando com vendas online, mas em uma situação diferente. “Era oferecido o mesmo serviço, e lógico que as pessoas que utilizavam era mais por comodidade, era mais em horários alternativos como domingo à noite ou em horários mais calmos”, explicou.
“E a partir do momento que foi decretado esse estado de calamidade, passou a ser uma necessidade. Então, além daquelas pessoas que faziam porque gostavam de fazer compras sem ir na loja, veio mais uma corrente de clientes que estão fazendo por necessidade. Ou seja, aumentou muito”, completou.
Segundo Mário, não foi necessário fazer adaptações por já terem esse serviço. No entanto, a partir da quarentena, todas as lojas das outras cidades passaram a oferecer o serviço, como Vargem, São Sebastião da Grama e Divinolândia. “Então, as lojas que tiveram um pouco mais de adaptação foram essas que ainda não tinham esse trabalho. Naquelas onde já existia, só aumentamos a quantidade de pessoas que ficariam no sistema e fazendo as compras para quatro ou três. Nas cidades que iniciaram nesse momento de maior dificuldade também tiveram dois funcionários separados em cada loja pra atender essa demanda”, disse.
Mário explicou que para comprar, a pessoa entra no sistema, faz o cadastro, inclusive com possibilidade de pagar pelo cartão. Após isso, o consumidor acessa o sistema do mercado, como se estivesse na loja, com foto e preço dos produtos. “A pessoa vai clicando e colocando no carrinho. A compra que a pessoa fez a gente recebe na empresa, imprime e um funcionário faz a compra, efetivamente indo aos corredores”, disse.
Após pegar as mercadorias, que podem até mesmo ser hortifrúti ou carne, que podem ser compradas de meio em meio kg, e colocar no carrinho, o funcionário confere os pedidos e passa as mercadorias nos caixas. “A compra pode ser finalizada em cartão ou dinheiro, e a pessoa tem a opção de retirar com hora marcada ou entregamos e levamos a maquininha de cartão na casa do cliente ou ele paga em dinheiro. É bem tranquilo. Quando acontece da pessoa fazer um pedido e chegar na hora e não tem aquele produto, entramos em contato e substituímos, dá para se virar bem”, disse.
Além das compras pelo site, Mário contou que recentemente passaram a atender por WhatsApp. O número é uma central e qualquer pessoa de qualquer cidade pode fazer um pedido nesse WhatsApp, que será distribuído para a loja de cada cidade que a pessoa pediu. “Essa é uma alternativa a mais que estamos tentando oferecer para o cliente nesse momento de dificuldade”, completou.

Walter Lanches

Segundo Walter Bueno, do Walter Lanches, a procura está boa, tanto pelo aplicativo como pelo telefone. As vendas na lanchonete, de acordo com ele, hoje chegam a 50% delivery e 50% balcão. “Houve um aumento de 20% a 30% no delivery, nós fizemos um programa de incentivo não cobrando a entrega para que os clientes fiquem em casa”, disse.
Segundo ele, o atendimento no momento está sendo feito via entrega e poucas retiradas no balcão. “A praça à noite está um deserto, graças a Deus, nunca imaginei que gostaria de ver ela assim”, comentou, se referindo à Praça da Matriz, onde a lanchonete está localizada.
Par dar conta dos pedidos, Walter comentou que aumentaram mais dois entregadores para dar conta dos pedidos. Ele comentou que já tinham um programa muito bom de higiene, mas com a situação de pandemia, reforçaram os cuidados, seguindo as recomendações da Vigilância Sanitária.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui