Com a chegada da última semana que antecede a Páscoa, o empresário Mário Malagutti, sócio proprietário do Supermercado Ideal, explicou à Gazeta de Vargem Grande que as expectativas de vendas com a data são sempre boas. Ele pontuou que a venda de ovos de páscoa no supermercado não deve ter um crescimento em relação aos anos anteriores. Contudo, segundo ele, algumas coisas ajudam nas vendas em geral.
Mário comentou que, nos últimos anos, o que vinha acontecendo é que as indústrias, depois da Páscoa, abaixavam o preço para que os supermercados pudessem fazer a venda de dois ovos pelo preço de um e esse ano fizeram o contrário. “Eles já cortaram um tanto de pedido, então os supermercados de maneira geral não receberam a mesma quantidade de ovos que em anos anteriores”, disse.
Com isso, o empresário comentou que acredita que até faltará o produto devido essa redução na entrega de ovos de páscoa. “Mas não vai ter igual os outros anos de chegar na Páscoa, sobrar para depois e ter promoções de ovos. Todos os supermercados estão trabalhando bem enxuto, com a quantidade que veio das indústrias esse ano”, falou.
Mário pontuou que, em relação a aumento de venda, não deve ter muito este ano, mas sempre tem um aumento significativo na procura geral. “Em anos anteriores mais, porque as famílias se reuniam na Páscoa, agora esse ano não sei bem como será. Mas sempre aumenta, em questão de colombas pascais também, o bacalhau, porque muita gente procura peixe nessa época, e nos dias da Páscoa, na Semana Santa, em especial o bacalhau, que é um produto de valor agregado alto. As vendas devem crescer em torno de 10 a 12%”, calculou.
Ele lembrou que no ano passado, a Páscoa já foi celebrada em meio a pandemia da Covid-19, embora ache que tenha sido com características um pouco diferentes da que vivemos este ano. “Ano passado estava começando, o pessoal ainda tinha uma boa reserva e estava entrando um dinheiro também, porque o governo já tinha antecipado o 13º dos aposentados, era uma situação diferente”, comentou.
“E também tinha a expectativa que mais um mês, um mês e meio, dois meses, acabava essa pandemia. Então, eu acho que esse ano o dinheiro está mais curto, as pessoas estão mais com medo, mais apreensivas e nesse momento está bem perigoso, as pessoas não estão reunindo, nem mesmo famílias”, ponderou.
Cautela
Embora a situação seja diferente, Mário contou que acredita sim, que terá um aumento de vendas, mas não comparado aos últimos anos. “Preparamos as lojas com os itens que normalmente se consome para esse período, mas eu acho que as vendas não serão tão boas quanto os anos anteriores, em função da pandemia. E esse ano o povo já está bastante esgotado com essa situação de comércio fechado, muita gente perdeu emprego e o pior é que a expectativa para o futuro que não está clareando nada ainda. Torcemos muito para que as vendas correspondam, mas também não tem uma grande expectativa de grande diferença não”, disse.
O empresário explicou que, como todo ano, o maior período de procura é exatamente nesta última semana. Ele avaliou que há algumas pessoas que fazem encomendas logo que o supermercado pendura os ovos na área de venda e alguns outros produtos, mas, segundo ele, principalmente ovo de páscoa é na última semana que a clientela procura mais.
“O pessoal procura quando chega na quarta, quinta, no sábado que antecede a Páscoa, que é o maior dia de procura. E acho que esse ano não será diferente, mas esse ano não tem muitos ovos sobrando não. Nós só temos uma empresa fornecedora que é a Kinder, que manteve a mesma quantidade de pedidos que a gente tem feito nos anos anteriores. Já as outras empresas como Nestlé e Lacta, teve uma redução de pedido por parte da empresa, do fornecedor”, finalizou.
